Você já descobriu quem é o cara da capa de Resident Evil 1?
Fãs mais dedicados de Resident Evil até já sabem dessa, mas sempre vale a pena contar mais uma interessante história dos games. Mas enfim:
Você sabe quem é aquele cara da capa dos EUA e Europa de Resident Evil?
Alguns dizem que o Chris Redfield, por causa de suas roupas, que lembram muito o agente da S.T.A.R.S. que adentra a Mansão Spencer para viver momentos de horror, enquanto sobrevivia dentro da “residência do mal”, com “perigo biológico”. Mas não, não é o Chris. E nem Richard Aiken. O protagonista não apareceu pra fazer a capa pois provavelmente já foi correndo para a Europa logo após o final do primeiro game.
Olha aí a capa original, em toda a sua glória (e aranhas):
O “soldado desconhecido” também aparece na capa do Director’s Cut:
Mas, Bill Sienkiewicz, o artista do jogo, resolveu há algum tempo este “quebra-cabeça”. E disse quem era o personagem da capa do jogo. E o personagem do jogo é um “ninguém”. Bom, pelo menos não é ninguém dentro do universo do game. Nenhum membro da S.T.A.R.S., nem cientista da Umbrella… ninguém.
Acontece que, de acordo com Sienkiewicz, a arte da capa foi feita antes do jogo, e o personagem é apenas baseado em algum personagem do game. O vídeo abaixo, do canal Score PN, mostra o artista afirmando que o conceito do game ainda estava se desenvolvendo quando ele criou a arte, pedindo que acelerassem o trabalho, colocando coisas como aranhas e etc…
Muito provavelmente, o artista viu algumas artes conceituais dos personagens, assim como Chris, Richard ou qualquer outro, e desenhou um policial qualquer, usando roupas parecidas com as dos personagens, e encheu de aranha “como lhe pediram”.
Situação esclarecida, agora temos de falar da icônica capa. Pois apesar de parecer mais uma capa de brucutu dos EUA armado até os dentes, o trabalho de Sienkiewicz se torna genial quando o rosto do personagem traz duas emoções: sua metade direita (pra ele) mostra um semblante corajoso, quase um Rambo. Enquanto o seu lado esquerdo mostra uma expressão assustada, que demonstra muito a sensação de explorar aquela mansão, com aquelas criaturas, e com aqueles acontecimentos.
O trabalho de Sienkiewicz, inclusive, segue muito de sua essência no mundo dos quadrinhos, algo ainda não muito comum no mundo dos games, ao menos naqueles dias. Ele tem muita bagagem nesse universo, sendo muito conhecido por seus trabalhos em Cavaleiro da Lua, Novos Mutantes e Elektra: Assassina, entre muitas coisas mais. Eis aqui uma das suas muitas artes:
E, aproveitando que você já está aqui, relembre também a capa da versão japonesa de Bio Hazard, a versão japonesa do clássico da Capcom. Para os japoneses, a ideia foi usar do minimalismo, onde um olho arregalado (cuja ideia também aparece na tela título) se mistura com o sangue da logo, dando a ideia de terror que o game quer passar:
Dali pra frente, os personagens começaram a estrelar as capas, como Jill, em Resident Evil 3, Claire, em Code Veronica, ou Leon, em Resident Evil 4. Mas a capa do primeiro game, seja pela sua história, ou pela criatividade de Sienkiewicz, fazem dela uma das mais icônicas já feitas pelo videogame. Especialmente por “enganar” muito bem, passando uma ideia de “falsa cafonice”, escondendo uma ideia tão simples, mas tão genial.