O Wonder é um smartphone Android que terá configurações high-end e um dock como o do Switch
Consoles que utilizam o Android já são bem comuns, após a aposta do Ouya, do Shield, ou dos microconsoles. Mas nem por isso, significa que eles precisam ser todos iguais, e não tentar nada de diferente. Desta vez, a startup Wonder é quem quer convencer os gamers de que é possível usar o sistema operacional do Google para providenciar boas experiências com videogames.
Um protótipo foi apresentado para a equipe do The Verge, que foi criado por Yves Behar, nome conhecido em design industrial no Vale do Silício. O Wonder é basicamente um smartphone como todos os outros, mas que roda uma versão personalizada do Android, chamada de WonderOS, que permite que a companhia possa fazer overclock no processador gráfico do dispositivo, garantindo que ele também possa transmitir a imagem em uma TV quando colocado em um dock, em um sistema semelhante ao que vemos no Switch.
O produto, segundo seu co-fundador Andy Kleinman, tem planos de começar a ser vendido no ano que vem, em um pacote que acompanhará um smartphone, o dock, um controle e acesso a um conjunto de serviços. O dock, assim como o Switch, vai permitir jogar jogos na tela grande, enquanto o serviço o qual o dono terá direito trará acesso a jogos originais, títulos de terceiros otimizados para o aparelho, opções de mídia e jogos via streaming, além de vários recursos que o fariam também ser uma central de entretenimento. Ah, e vale lembrar que Wonder não é o nome oficial.
O Wonder tenta buscar vencer em um terreno bem difícil. O Ouya tentou, mas não vingou, enquanto a NVidia apostou em seu Shield, que também não conseguiu convencer os gamers. A Sony, em se tratando de portáteis, também passou por altos e baixos em sua investida, com o PSP e o PS Vita, mas decidiu que, embora com o seu atual portátil faça sucesso na ásia, não irá mais dar suporte ao ocidente, como já deixou claro, não fabricando mais mídia física para ele. No mundo dos smartphones, o Razer Phone busca conquistar espaço, a Xiaomi também, mas o pessoal da Wonder se inspirou foi na versatilidade do Switch, para fazer as suas apostas.
Segundo seu criador, a ideia não é simplesmente copiar o Switch, já que ele não tem alguns elementos importantes para o sucesso da Nintendo, como Mario e Zelda. O que o Wonder quer é criar uma marca de entretenimento, com a versatilidade do console híbrido. Algumas melhorias em comparação ao seu “rival” estão sendo projetadas, como o desempenho de bateria e uma biblioteca de jogos diferente, já que o aparelho será high-end e terá Android, além, claro, de buscar apoio na comunidade que, na visão da startup, será fator fundamental para o seu sucesso.
A equipe tem muito trabalho pela frente. Além de construir o projeto, eles precisam se alinhar com fabricantes de componentes de smartphones, para produzir o melhor produto possível, com desenvolvedores de jogos, pois sabemos que consoles, por melhor que sejam, sem games convincentes fracassam — e fracassam feio — e, principalmente, com a comunidade, pois serão eles quem farão o Wonder conquistar a atenção tão desejada em um mercado tão competitivo.