Review – X-Men Origins: Wolverine – PS3, X360, PC
O baixinho invocado tirou o ano para aparecer bem. X-Men Origins – Wolverine foi um bom filme e o jogo tambem foi muito bem concebido , mostrando um Wolverine muito mais violento que no filme. Mesmo com essa diferença da violência, os dois seguem a mesma história e fica como dica pessoal minha para quem não viu o filme: veja antes de jogar. Por incrível que pareça o jogo fica bem mais legal.
Uma curiosidade acerca do personagem é que seu nome vem de um animal que em português se chama Carcaju e em inglês Glutão, sendo Wolverine seu nome Canadense, esse animal tem garras que ficam escondidas e só aparecem quando ele precisa se defender ou atacar. O bicho possui uma coragem muito grande, pois enfrenta animais muito maiores que ele, e ainda existe uma lenda indigena que diz que ele é imortal, nada é por acaso nesse mundo de Deus (ou da Marvel).
O jogo é bastante violento e isso é um dos seus maiores atrativos , pois muitos fãs sempre quiseram ver um Wolverine mais selvagem, é uma pena para os outros que gostam do Wolverine racional que nem sempre mata tudo o que vê. A violência do jogo não se resume a ele cortando tudo com as garras, não que isso não seja interessante, mas existem vários jeitos de você matar um inimigo e uma das que mais gostei de usar foi a de jogar o inimigo em algo. No caso esse “algo”, pode ser um ventilador, um buraco ou um espeto na parede, deixando seu inimigo empalado ali, divertido não? Se você é mais tradicional, não fique triste, pois pode cortar em slow motion braços, pernas cabeça ou até mesmo só enfiar as garras no pescoço de seu inimigo. Agora basta escolher como matar seus inimigos, violência é o grande atrativo desse jogo mesmo, então aproveite-a.
Os gráficos estão bons, deixam a desejar em alguns momentos na qualidade ou em suas limitações de espaço fisico, mas não chegam a prejudicar a experiência. Só para explicar melhor os gráficos e não deixar ninguém com um pé atrás: esse jogo escolheu limitar o cenário para que o jogo fique mais leve, diferente de Crysis com aquele cenário gigante e muito pesado, então percebam que é uma escolha dificil essa, e a equipe de Wolverine optou pelo certo, pois mesmo que esteja limitado o espaço físico, não prejudicou o jogo e ainda o deixou mais leve, para que mais pessoas possam jogá-lo. Fora o fato do espaço físico limitado, alguns cenários não condizem com a qualidade gráfica do resto do jogo, o que atrapalha um pouco as vezes.
A jogabilidade foi um dos fatores mais importantes para gostar desse jogo, achei muito fácil aprender as Skills, que ao serem adquiridas aparecem na tela e ainda quando você vai matar o inimigo, tem uma chance de treina-la, pois a tela fica toda em slow motion os comandos aparecem nela e você completa com toda a calma a skill, para aprende-la corretamente. Fora esse mini tutorial cada vez que você adquire uma skill, algumas delas aparecem na tela quando você aperta a primeira tecla da sequência da mesma.O grande mérito da jogabilidade ser simples, é que você não se perde em milhares de controles a aproveita melhor sua matança, conseguindo variar facilmente os golpes sem que isso exija um extremo esforço, assim como era no Street Fighter quando você esfolava o dedão, lembra?. É preciso realmente exaltar as skills e combos disponíveis no jogo, que aliados ao bom uso do Slow Motion, deixam muito mais emocionante cada luta. Vou citar um exemplo de combo para deixar você leitor com água na boca, querendo jogar o quanto antes: aperte o botão direito do mouse perto do inimigo de modo que você dê um gancho e o jogue para cima, não faça mais nada para que ele caia no chão, estando a frente dele d6e um golpe com o botão esquerdo e complemente com um outro com o botão direito, o Wolverine pula e cai em câmera lenta encima do inimigo furando o pescoço dele com as garras, dependendo do inimigo, você precisa repetir até 3x para que a cabeça dele caia hehe. Quem gostou de Prince of Persia, irá gostar da jogabilidade de Wolverine pois os dois tem muitas semelhanças, como o fato de que você precisa pensar muito em algumas partes do jogo para poder seguir em frente, e também no modo como você controla o personagem.
A grande sacada para prender as pessoas no jogo foi a de instaurar o conceito de level(isso mesmo level) para mostrar como foi a evolução do personagem ao longo dos anos. Primeiro ele começa com garras de ossos e depois adquire as guarras de adamantium. Mas você deve estar pensando, level? Parece que isso não combina, mas pense que chato seria o Wolverine desde o início do jogo com suas guarras de adamantium fatiando tudo e todos já com toda a força disponível, isso não teria a menor graça, então a equipe teve essa grande idéia de que o Wolverine adiquire experiência ao matar inimigos e consequentemente passa de level ao alcançar certa quantidade de experiência. A cada level o Wolverine recebe pontos para aplicar em uma skill tree e atributos do personagem.
Uma parte ruim é que os inimigos se repetem um pouco, mas isso não se torna um problema quando você é um assassino criativo, afinal não importa quem aparece, mas sim como ele morre não é mesmo? Os “chefões(nomenclatura para quem é Old School)” são bem legais de derrotar, não precisa ficar dando golpes repetidos, da para fazer uma luta bastante interativa e com variedades de golpes.
O jogo não exige configurações excessivas me atrevo a dizer que ele não precisa muito mais do que um Dual Core 2.0ghz+(amd ou Intel) 2gb de ram e uma 8500GT(Nvidia) ou 2400HD(ATI), para joga-lo com tranquilidade. A palavra final é que Wolverine quebrou a regra de que jogos baseados em filmes necessariamente tem que ser ruins.