Análise Arkade: Ghost of Tsushima Director’s Cut no PC é um deleite visual bem otimizado

11 de junho de 2024
Análise Arkade: Ghost of Tsushima Director's Cut no PC é um deleite visual bem otimizado

Já não é novidade pra ninguém que a Sony vem lançando seus principais jogos de PS4 e PS5 para os PCs em ports que até variam de qualidade vez ou outra. O jogo da vez é Ghost of Tsushima Director’s Cut, a versão definitiva do game de 2020 que chegou ao PS4 e PS5 em 2021. Essa versão, além do jogo base, traz também o DLC da Ilha Ikki, o modo multiplayer Legends e alguns modos estéticos opcionais como o que imita o cinema de Akira Kurosawa, famoso cineasta japonês.

Mas falando propriamente do port para PCs do jogo, temos aqui mais um exemplo de excelente otimização, principalmente quando observamos a abrangência de hardwares nos quais Ghost of Tsushima Director’s Cut consegue rodar bem, com configurações variadas. Mas além das mudanças já esperadas para uma versão de PC de um jogo da Sony, aqui temos algumas novidades, como a integração – opcional – com a PSN, além de outras coisas que vamos tratar nessa análise.

Análise Arkade: Ghost of Tsushima Director's Cut no PC é um deleite visual bem otimizado

Uma história sobre resistência e escolhas

Antes de qualquer coisa, sempre bom lembrar que já analisamos tanto o game originalmente lançado para o PlayStation 4 em 2020 como também sua versão do diretor lançada para o PS5 em 2021. Essa versão que chega aos PCs é basicamente a mesma versão que chegou ao PS5, com algumas características próprias de games para PC. Mas no que se trata de seu conteúdo, modos de jogo e enredo da jogatina, estamos falando exatamente do mesmo jogo de 2021, basicamente.

Dito isso, nessa matéria não vamos nos aprofundar tanto em pontos do jogo que basicamente já foram tratados nas duas matérias anteriores sobre o game. Assim, sobra espaço para focar nas questões próprias da versão de PC, como desempenho, compatibilidades e afins. Mas para quem nunca viu nada sobre Ghost of Tsushima Director’s Cut, podemos resumir rapidamente o enredo do game principal e sua expansão aqui.

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Em Ghost of Tsushima, assumimos a pele do samurai Jin Sakai. Membro de uma família nobre, o jovem samurai se vê no início de uma invasão à sua terra natal arquitetada pelos exércitos mongóis liderados por ninguém menos que Khotun Khan, apresentado como neto de Genghis Khan, o famoso líder histórico dos mongóis.

Após uma primeira batalha desastrosa para a ilha de Tsushima, Jin – que quase não sobreviveu – precisa reunir aliados para se tornar a resistência contra a invasão mongol. Porém, no decorrer desse caminho, ele vê a necessidade de se adaptar ao inimigo, questionando o código de honra tradicional dos samurais e passando a adotar técnicas de combate alternativas, o que acaba por lhe dar a alcunha de Fantasma de Tsushima. A DLC da ilha Ikki segue uma premissa bem semelhante, trocando os mongóis por piratas numa ilha bem menor que Tsushima, estando acessível a partir do segundo ato do jogo base.

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Otimizando o que já era otimizado

Ghost of Tsushima Director’s Cut teve um desafio e tanto a se cumprir nessa versão para PCs. Isso porque desde o jogo original de PS4, um dos principais diferenciais do game da Sucker Punch foi justamente sua otimização. Mesmo no PlayStation 4, o jogo já apresentava um dos loadings mais rápidos do console. Isso conseguiu ser melhorado ainda mais no PlayStation 5, onde o título alcançou os famigerados 60 fps. Com isso, a expectativa para a versão de PC não era baixa.

Felizmente, a PlayStation deixou a cargo da Nixxes a responsabilidade de produzir este port. Para quem não sabe, essa foi a mesma desenvolvedora que adaptou o excelente Horizon Forbbiden West para PC há alguns meses. Ghost of Tsushima Director’s Cut, tal qual a segunda aventura de Aloy, apresenta um mundo aberto extremamente competente, rico em cores e detalhes cinematográficos que conseguiu ficar ainda mais estupendo em sua versão para PCs.

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Uma boa forma de exemplificar a otimização alcançada pela Nixxes em Ghost of Tsushima Director’s Cut é quando jogamos o game em um PC de mão como o Steam Deck. Sim, o jogo já se encontra totalmente funcional no Steam Deck e outros PCs de mão. Pra não dizer que é totalmente compatível, o modo online do game tal qual sua integração com a PSN não são acessíveis pelos consoles portáteis, talvez pela incompatibilidade de sistemas de segurança com o linux.

Mas toda essa otimização também é representada pelos requisistos mínimos de sistema do jogo, que pedem um processador Intel Core i3-7100 ou AMD Ryzen 3 1200, placa de vídeo NVIDIA GeForce GTX 960 4GB ou AMD Radeon RX 5500 XT e míseros 8 GB de memória para rodá-lo a 30fps e 720p. Já nas configurações extremas, o indicado é um processador Intel Core i5-11400 ou AMD Ryzen 5 5600, placas de vídeo como a NVIDIA GeForce RTX 4080 ou AMD Radeon RX 7900 XT e 16 GB de memória. Isso para alcançar os famigerados 4K e 60 fps.

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O padrão das versões de PC da PlayStation

Toda essa otimização tem um certo custo: Ghost of Tsushima Director’s Cut é tão bonito quanto a sua versão de PlayStation 5, mas não vai muito além disso. Claro que não estamos falando aqui de uma característica ruim, apenas nivelando a expectativa do jogador. Com exceção da distância de renderização, o maior diferencial da versão de PC em relação ao PS5 fica realmente pela performance mais estável nas maiores resoluções.

Além disso, algumas características já tradicionais de ports de PC da PlayStation estão presentes em Ghost of Tsushima Director’s Cut também. Essa versão do jogo possui FPS desbloqueado, suporte ao DLSS3, FSR3 e Intel XeSS, Nvidia Reflex, DLAA e compatibilidade com monitores ultrawide. O pacote completo para os jogadores mais exigentes terem um desempenho acima da média ao jogá-lo. Com o DLSS 3 gerando frames, Nvidia Reflex diminuindo o input lag e vários outros recursos, fica difícil o game gargalar de alguma forma.

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Alguns detalhes que não são cruciais, mas que particularmente acho muito valorosos merecem ser citados também. Por exemplo, a possibilidade de ver as mudanças de configurações gráficas em tempo real, otimizando muito mais o processo de configuração do game. Também temos uma integração excelente com o Steam Deck. Ao ponto do controle do aparelho ser reconhecido nativamente dentro do jogo, sem ser “adaptado” como se fosse um controle Xbox.

PC e console cada vez mais integrados

Por fim, uma mudança que a Sony vem arquitetando bem aos pouquinhos em seus ports para PC é a integração com a própria PSN. Games anteriormente lançados para PCs como Marvel’s Spider-Man Remastered já possuíam uma certa integração com a PSN, mas nada obrigatório nem muito menos relevante. Já outros como o recém lançado Helldivers 2 trouxe uma obrigatoriedade da conta devido ao fator crossplay que o jogo oferece.

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Em Ghost of Tsushima Director’s Cut temos mais um passinho na direção do que parece ser uma integração total entre PCs e consoles nesse aspecto. Aqui você pode completar todo o modo história do jogo incluindo seu DLC sem a necessidade de vinculação ou criação de uma conta na PSN. Entretanto, o modo Legends, um cooperativo multiplayer online, exige uma conta PlayStation vinculada à Steam.

Isso tudo a troco de termos suporte multiplataforma entre PS4, PS5 e PC. Sendo possível inclusive convidar amigos para uma sessão de jogo pela própria PSN. Para além do crossplay no modo multiplayer, com a conta vinculada, podemos ainda coletar troféus que são válidos tanto para a Steam quanto para a PlayStation Network. Entretanto, outros usos como importação de save não estão presentes, o que considero uma bola fora.

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Ghost of Tushima no PC: um port de excelentíssima qualidade

O saldo final de Ghost of Tsushima Director’s Cut é extremamente positivo. E isso é retratado pelo excelente desempenho inicial do jogo na Steam. Que garantiu o posto de quarto maior lançamento da PlayStation Studios na plataforma até então. A premiada jornada de Jin Sakai tem em sua versão de PC uma das melhores formas de aproveitar o jogo. O jogo tem otimizações excelentes e mantém a altíssima qualidade com a qual chegou aos consoles PlayStation.

Entretanto, como se trata de um port, ele não é exatamente para qualquer tipo de jogador. Talvez para aqueles que só experimentaram o game no PS4, essa seja uma boa oportunidade de revisitá-lo. Por outro lado, se você experimentou ou possui o game no PS5, não verá coisas drasticamente diferentes aqui. O público alvo do game é de fato novos jogadores que não exploraram a ilha de Tsushima – e Ikki – nos consoles.

Ghost of Tsushima Director’s Cut está disponível desde 2021 para PlayStation 5, sendo uma “versão definitiva” do game lançado em 2020 para PlayStation 4. Nos PCs ele está disponível desde o dia 16 de maio de 2024 tanto pela Steam quanto pela Epic Games. O jogo possui dublagem e textos completamente localizados em português brasileiro.

Para esta análise, testamos o game em um PC com processador i5-12400, 16GB de memória, placa de vídeo RTX 3050 (8GB) e SSD de 450gb,. Além também de rodá-lo em um Steam Deck.

*Agradecimentos aos camaradas da PlayStation Studios, que nos disponibilizaram uma chave do game para esta análise.

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