Análise Arkade: o dramático mundo pós-apocalíptico de The Last of Us (PS3)
O mundo acabou (mais uma vez). Desta vez, um simples fungo dizimou boa parte da humanidade. O futuro é sombrio em The Last of Us. Confira nossa análise, e descubra se o jogo merece todo o estardalhaço que anda sendo feito em volta dele.
Andam dizendo por aí que The Last of Us é “o jogo que definiu esta geração”. Talvez isso seja um pouco de exagero. Esta geração – que já passa dos 7 anos de vida, e ainda tem lenha para queimar – ainda não acabou, e segue sendo definida por muitos grandes jogos, dos mais variados gêneros, incluindo agora The Last of Us nesta lista.
O que The Last of Us faz – e este mérito é todo da competente Naughty Dog – é unir com maestria elementos marcantes de diversos games em uma história dramática e envolvente, que acompanha personagens carismáticos em sua luta diária pela sobrevivência.
História
Os incríveis primeiros 15 minutos do game nos apresentam o drama de Joel, um pai de família trabalhador que viu sua vida virar de pernas para o ar quando algo muito ruim aconteceu com o mundo: uma variação do fungo parasita Cordyceps (que pasme, faz parte de uma família de fungos que existe de verdade!) que só atacava formigas e outros insetos evoluiu ao ponto de afetar seres humanos.
Se aspirados por um ser humano comum, os esporos parasitários deste cogumelo do mal tomam posse do cérebro do hospedeiro, transformando pessoas em terríveis “zumbis”. E por zumbis, não estamos falando de mortos-vivos, mas de seres humanos que perderam total controle de suas funções orgânicas mais básicas e se tornaram violentas aberrações de corpos retorcidos e temperamento agressivo.
O pior de tudo, é que a transformação dessas pessoas não foi algo repentino, como ocorre com os zumbis (que morrem, acordam e saem por aí comendo cérebros). Ela foi gradativa da pior forma possível: suas humanidades foram sendo perdidas aos poucos, com eles conscientes de que estavam matando e comendo outros seres humanos contra a própria vontade. Tenso.
A propagação do tal fungo chegou a tal ponto que só o que a humanidade conseguiu fazer foi dar adeus ao mundo e se adaptar. Neste panorama, reencontramos o mesmo Joel 20 anos mais velho, apático e maltratado pela vida, em uma eterna luta pela sobrevivência.
Para piorar, o “fim do mundo” transformou também as pessoas que sequer foram infectadas pelo fungo. Pessoas de bem passaram a lutar com unhas e dentes pela sobrevivência e, como armas e suprimentos são escassos, formaram-se desde pequenas tribos de sobreviventes – umas mais radicais, outras menos – até verdadeiras milícias militarizadas onde humanos caçam humanos para tomar posse de seus bens.
Neste cenário desolador, Joel é incumbido (contra sua vontade) de entregar a uma destas milícias mais radicais – os Vagalumes, um dos poucos grupos que ainda acredita que há uma cura para a praga dos fungos – uma encomenda pouco convencional: Ellie, uma adolescente de 14 anos precoce e um pouco boca suja.
O motivo dos Vagalumes quererem Ellie você terá que descobrir jogando. E esta é basicamente a história de The Last of Us. Não é necessariamente uma aventura épica, e não existem grandes reviravoltas que te deixam de queixo caído (embora tenhamos muitos bons momentos de clímax). Na maior parte do tempo, você é Joel, e deve atravessar boa parte dos Estados Unidos para levar Ellie até seu destino. Simples assim.
O fim do mundo
Felizmente, esta trama ganha força no coeso mundo pós-apocalíptico que a Naughty Dog criou com maestria. E ainda não estamos falando da parte gráfica (em breve trataremos disso), mas da riqueza de pequenos detalhes que corroboram com a autenticidade deste mundo.
O mundo de The Last of Us não é oco, vazio. Podemos entrar em diversas casas e construções abandonadas, e cada um destes lugares contém resquícios dos horrores pelos quais passaram as pessoas que ali viveram.
Os coletáveis do jogo incluem dezenas de diários, anotações, recortes de jornal, desenhos, bilhetes… cada um destes itens têm muita personalidade, como se fossem realmente feitos por pessoas diferentes, o que deixa o game ainda mais autêntico e imersivo.
A grande variedade de ambientes também contribui para manter as coisas interessantes: ao longo das mais de 14 horas de campanha (que conta com 4 níveis de dificuldade, cada um com seu próprio “new game +”, o que agrega muito fator replay), passamos por grandes centros urbanos, bosques, pequenos bairros residenciais, universidades, esgotos, usinas hidrelétricas (?!) e muito mais. Cada local tem sua peculiaridade, e todos são ricamente detalhados.
Porém, o que mais contribui com a imersão do game sem dúvida é a personalidade dos personagens. O jeito áspero e amargurado de Joel é brilhantemente balanceado pela tagarelice enérgica de Ellie; sem dúvida a personagem mais carismática do jogo. Sempre cantarolando, assobiando e até mesmo contando piadas (?!), Ellie traz um frescor de otimismo a um mundo que sem ela certamente seria bem mais melancólico.
Além de seu humor e sua rebeldia, Ellie também é muito útil no decorrer do game: ela está sempre se espremendo por dutos, sendo levantada para alcançar lugares mais altos, esfaqueando seus inimigos ou tacando pedras neles. Já vimos esta simbiose entre protagonistas em diversos games recentes – como nos excelentes The Walking Dead e Bioshock Infinite – e aqui temos mais um exemplo de parceria que deu certo.
Embora Ellie seja uma grande parceira, Joel é o nosso protagonista, e apesar de estar um pouco calejado e acima da idade dos “heróis de videogame” tradicionais, ele é um sujeito bastante atlético e forte, capaz de correr, nadar, mergulhar, se pendurar, saltar, escalar, andar agachado “em modo stealth” e, claro, esmurrar malfeitores violentamente com muita desenvoltura.
Jogabilidade
A jogabilidade de The Last of Us lembra um pouco o que já vimos em Uncharted, mas com menos escaladas e muito mais exploração: a busca por suprimentos é uma prioridade no game, pois (felizmente) não temos auto-regen, e quase tudo o que utilizamos – de kits médicos à bombas de fumaça – deve ser produzido “artesanalmente” com a matéria-prima que é coletada nos cenários.
E prepare-se para produzir muitos itens: a mochila onde Joel guarda suas armas, suprimentos e itens é de vital importância. Para aumentar ainda mais o nível de realismo do game, mexer na mochila não pausa o game, ou seja, se no meio de um tiroteio você precisar criar um kit médico ou um coquetel molotov, terá que fazer isso em tempo real, com o tiroteio comendo solto ao seu redor. Nessas horas, rapidez é tudo.
Como já dito, no mundo destruído de The Last of Us os recursos são escassos, o que significa que a munição é contada nos dedos. Mesmo na dificuldade normal as balas são muito escassas (muito mesmo), ao ponto de ser um luxo termos mais de 10 tiros para uma mesma arma.
Felizmente, na falta de balas, Joel pode se valer de seus punhos e de armas brancas: garrafas vazias, tijolos, bastões de madeira, canos de ferro e até enormes machetes podem ser tomados de inimigos mortos ou encontrados nos escombros. Mas não pense que estas armas farão milagres, pois elas possuem um “prazo de validade”, e irão se quebrar após alguns golpes.
Até mesmo as facas são confeccionadas artesanalmente (misturando uma tesoura quebrada com um pouco de fita adesiva), e além de serem excepcionalmente eficientes em assassinatos stealth, elas ainda são úteis para abrir portas trancadas (que geralmente escondem boas surpresas) e podem ser combinadas aos bastões e canos, criando equipamentos ainda mais letais.
Falando nisso, vale ressaltar que os combates de The Last of Us são tão cinematográficos quanto brutais. Cabeças despedaçadas na base da paulada, desmembramentos causados por explosões, tripas saltando da barriga após um tiro de escopeta, tudo isso é muito comum neste jogo. Os combates corpo-a-corpo ainda variam conforme o ambiente: você invariavelmente vai esmagar a cabeça de um inimigo na quina de uma mesa, ou prensá-lo violentamente contra a parede, se estiver perto o bastante para isso.
Como energia não dá em árvore neste jogo, é sempre uma boa opção se valer da furtividade do modo stealth para dar cabo dos inimigos silenciosamente. Nem sempre é fácil fazer isso – os inimigos humanos se movem, conversam entre si, e vez ou outra até alteram seus trajetos. Se apenas um deles notar a sua presença, acabou o sossego, pois todos os outros ficarão em alerta, e manter-se oculto será muito mais difícil.
Felizmente, The Last of Us não é um jogo para ser jogado apenas em modo stealth. Se esta estratégia falhar, não se desespere. Você pode partir para o combate direto (lembre que a munição é escassa) ou (mais legal ainda) plantar uma bomba de pregos e chamar a atenção dos inimigos propositalmente, levando-os até sua armadilha. The Last of Us sempre dá ao jogador liberdade para ousar e improvisar.
Claro que os humanos são apenas uma parte do problema: temos ainda os infectados, que se dividem em algumas categorias de acordo com seu grau de infecção. Não vamos “spoilar” todos os tipos, mas falaremos dos dois mais comuns: existem os “corredores”, infectados que enxergam e ainda mantém parte de sua humanidade, inclusive ao ponto de chorarem por causa de sua condição; e os temidos “estaladores“, infectados cuja parte superior da cabeça deu lugar a uma profusão de fungos. Por conta disso, eles não enxergam, mas se valem do som (eles emitem estalidos e gemidos medonhos) para mapear o ambiente e encontrar suas presas (mais ou menos como os morcegos fazem).
Há quem torça o nariz para estes “zumbis com cabeça de cogumelo”, mas não os subestime: além de ser uma maneira original de “reinventar” os zumbis, estes infectados são ágeis, espertos e extremamente letais.
Tensão
É graças aos infectados, aliás, que chega uma das melhores surpresas do jogo: os momentos de tensão que são dignos de um survival horror. The Last of Us não foi “vendido” como um survival horror, mas possui trechos que deixam muito jogo deste gênero no chinelo.
Não estamos falando de sustos programados (embora eles existam), mas de lugares escuros e claustrofóbicos, completamente tomados pelos infectados. Nestas horas, rola uma tensão digna dos primórdios da série Dead Space: devemos caminhar da maneira mais silenciosa possível, evitando o combate direto com as criaturas. Tiros? Melhor pensar duas vezes, pois o barulho vai colocar um bando de infectados na sua cola e, por boa parte do jogo, ser apanhado por um estalador é morte certa.
Todos os tipos de infectados não ligam muito para luz, mas qualquer barulho os atrai. É possível criar distrações, atirando tijolos ou garrafas para longe, mas, antes de mais nada, é preciso ter o dedo leve no stick analógico (andar agachado mais lentamente faz menos barulho que andar) e nervos de aço para passar a poucos metros de um estalador sem chamar sua atenção.
E entrar em combate contra um bando de infectados furiosos é algo que você definitivamente não vai querer. Como já dito, eles são muito rápidos e fortes, e para piorar, não vão ficar esperando que você mire exatamente em suas cabeças para dar tiros. Sua movimentação é totalmente incerta e cambaleante, ou seja, errar tiros preciosos torna-se muito comum nessas horas.
Somado a isso, Joel está muito longe de ser um atirador de elite: para dar ainda mais realismo ao game, a mira de Joel é ligeiramente tremida, para dar aquela sensação de nervosismo e simular o movimento natural de uma pessoa comum faz ao mirar. Isso não significa que Joel é inexperiente no manuseio de armas, mas sim que ele é um sujeito comum, não um atirador de elite implacável como outros heróis de games de ação.
Mesmo com tantas qualidades, é na hora dos combates que surgem duas das (poucas) mancadas do game. A primeira delas é a audição seletiva dos inimigos (tanto humanos quanto mutantes): eles ouvem qualquer passo torto que você der, mas nem dão bola se você estrangula um inimigo a poucos passos deles.
Além disso, o foco da atenção deles é sempre no protagonista: em diversas ocasiões, pudemos ver Ellie se movendo sem o mínimo de cautela e até mesmo esbarrando em infectados e sendo levianamente ignorada por eles. Vez ou outra ela acaba sendo atacada, mas é totalmente óbvio que ela não é o alvo principal dos ataques. Isso quebra um pouco o clima as vezes, pois fica a impressão de que estamos defendendo alguém que não parece estar genuinamente em perigo.
Outro problema é a habilidade de “superaudição” de Joel: como Hitman, Tomb Raider e tantos outros games atuais, temos um recurso facilitador que aqui funciona como uma verdadeira visão de raio x, permitindo que, pelo som, você enxergue o posicionamento de inimigos mesmo através das paredes.
Quer um conselho? Antes mesmo de começar a campanha entre no menu de opções e desative este recurso (felizmente, ele pode ser desativado, independente do nível de dificuldade), pois ele não só vai contra todo o realismo visceral que o game propõe, como também deixa o jogo consideravelmente mais fácil… e mais sem graça.
Difícil entender porque as empresas insistem em colocar este tipo de recurso para diminuir a dificuldade dos games atuais. Há décadas atrás, Battletoads não tinha isso; BlackThorne também não, e nem por isso eles são menos memoráveis. Será que a ideia é aproximar The Last of Us do público casual? Mas que gamer casual encara um jogo para maiores de 18 anos com uma campanha de mais de 10 horas? Enfim, na dúvida, DESLIGUE a superaudição e seja feliz.
Verdade seja dita, The Last of Us é um jogo relativamente difícil, mas ele foi feito para ser assim, e muitas vezes a dificuldade está na sua abordagem e na sua administração dos suprimentos. No geral, a dificuldade do game valoriza o esforço do jogador e permite que, caso falhe, você teste outras abordagens para superar uma mesma situação.
A cara e o som do fim do mundo
The Last of Us é um jogo lindo em todos os aspectos. Por ser da mesma produtora de Uncharted, já era de se esperar uma qualidade acima da média, mas aqui podemos dizer que ela se superou: tanto no departamento visual quanto sonoro, The Last of Us é sinônimo de qualidade.
Já está óbvio para qualquer um que tenha visto pelo menos um trailer do game que seu visual é incrível. Com paisagens (muitas vezes destruídas) de tirar o fôlego, o fim do mundo de The Last of Us é belíssimo. Natureza e concreto se misturam com muito capricho, e são muito valorizados pela iluminação extremamente realista do game.
Além de tudo isso, é nos detalhes que o jogo realmente brilha: as animações dos personagens são muito fluidas e convincentes, e eles realizam movimentos prosaicos (como apoiar a mão na parede, quando agachados, ou escorregar antes de subir por uma beirada) com tanta naturalidade que é impossível não se impressionar.
O peso deles também é incrível: não são apenas amontoados de polígonos etéreos, tanto os protagonistas quanto os coadjuvantes têm peso. Você sente o esforço de Joel ao erguer algo pesado (ou a própria Ellie), e percebe que, em uma luta corporal, ele não se vale só de sua força, mas aplica seu peso em cada golpe, para aumentar o estrago.
Até as limitações dos personagens contribuem com a experiência: Ellie não sabe nadar, então sempre que precisar cruzar um lago ou um trecho alagado, você precisará encontrar algo que sirva de balsa e empurrá-la até a outra margem. A maneira desajeita com que ela pula sobre os inimigos para salvar sua pele também é muito bacana.
O mesmo vale para a movimentação dos infectados: eles contorcem seus corpos em ângulos grotescos e se movimentam de um jeito pra lá de bizarro, mas ainda assim é algo verossímil. Os estalidos, grunhidos e gemidos que eles emitem também é de primeira qualidade, e com um bom sistema de som (ou um bom par de fones de ouvido), você viverá uma experiência realmente perturbadora em certos momentos.
E não é só nos grunhidos que o departamento sonoro convence: as dublagens (que foram captadas junto com a captura de movimentos) são excelentes, concedendo muita personalidade aos personagens. Jogamos The Last of Us com seu áudio original (inglês), mas vale lembrar que ele possui dublagem em português, além de contar com legendas e menus totalmente em nosso idioma. Estão dizendo por aí que a dublagem em português é de ótima qualidade, se quiser descobrir, procure um gameplay em português no Youtube para tirar suas conclusões.
Além de tudo isso, a trilha sonora se faz presente somente quando necessária, sendo muito bem utilizada para intensificar momentos tensos ou emocionantes. Na falta de música, temos sons ambientes claros e cristalinos, que ajudam a criar uma ambientação poderosa. O som de passos, o som da chuva caindo, os tiros, as explosões, tudo é da mais alta qualidade.
Multiplayer
Como não poderia deixar de ser, The Last of Us conta com um modo multiplayer paralelo à campanha principal. Aqui o multiplayer cumpre o papel de um extra – para você curtir depois que terminar a excelente história de Joel e Ellie – e também possui uma mini-história de fundo para manter o interesse do jogador.
Primeiramente, você deve escolher a qual clã pertence: os caçadores ou os Vagalumes. Escolhido seu time, uma pequena introdução lhe explica a sua situação: você faz parte de um pequeno grupo de sobreviventes, e deseja manter e aumentar seu grupo. Para isso, cabe a você coletar os recursos para manter todos vivos, e a maneira “mais fácil” de fazer isso é eliminando o time adversário e roubando seus pertences.
A escolha de um clã inicia um contador de 12 semanas, que é o tempo que irá demorar até que o suporte apareça trazendo suprimentos. Nessas 12 semanas, cada partida conta como um dia, e a ideia é sobreviver e coletar mais recursos até o fim de todas as rodadas. Após as 12 semanas terminarem você pode trocar de clã ou continuar no mesmo.
Existem dois modos de jogo: o Sobrevivência, é uma Team Deathmatch em turnos sem respawn onde o objetivo é ganhar o maior número de turnos matando todo o time adversário. Já o modo de Coleta de Suprimentos, é idêntico ao outro modo, mas sem turnos e com respawn dos jogadores derrubados. Aqui, quem contabilizar mais mortes e angariar mais recursos vence.
Como você deve ter percebido, o modo multiplayer não tem muita variedade, e passa a ideia que o mais importante é cuidar do seu grupo, acima até da evolução do seu personagem. A falta de outros modos de jogo deixa tudo meio repetitivo, o que nos leva a crer que, passado o hype do game, as salas de jogo devem ficar meio vazias. Caberiam aqui modos como o cooperativo Horda de Gears of War, ou mesmo uma variação do Capture the Flag, onde a “bandeira” é uma caixa de suprimentos.
O que é uma pena, pois temos algumas ideias bem criativas aqui e ali: o game permite que você conecte o multiplayer ao seu perfil no Facebook; com isso, a sua lista de amigos será importada para o game e eles se tornarão os membros do seu grupo de sobrevivência!
Isso não afeta diretamente as partidas nem os seus amigos ou a sua conta do Facebook, mas no jogo é divertido ver as fotos de pessoas que você conhece e mensagens do tipo “fulano está fritando peixes” ou “ciclano está lavando as roupas”.
Vale ressaltar que em nossas partidas, nenhum tipo de lag foi encontrado. Outro ponto positivo é que o game possui um amplo sistema de procura por partidas abertas, o que facilita a busca e elimina as terríveis mensagens de “o servidor não encontrou nenhuma partida” gerada por buscadores automáticos.
Conclusão
E aqui respondemos aquela questão do primeiro parágrafo: The Last of Us merece sim todo o barulho que anda sendo feito em volta dele. Como dissemos, é o amálgama de estilos que deixa este jogo tão bom: temos ação, aventura, tiro em terceira pessoa, survival horror, drama, exploração, violência e brutalidade… tudo isso e muito mais muito bem amarrado, em um pacote de capricho e qualidade incontestável.
Aliando personagens extremamente cativantes a uma história simples mas bem contada, a Naughty Dog criou um clássico instantâneo, que leva (novamente) o Playstation 3 ao limite e merece estar na prateleira de qualquer proprietário do atual console da Sony.
* Agradecimentos ao nosso companheiro Renan do Prado, que também mergulhou no game e contribuiu muito com a construção do texto.