Outland (X360, PS3) Review: a eterna batalha entre a luz e as trevas
Se você tem um Xbox 360 ou um Playstation 3, Outland é um game que merece sua atenção. Ele não só possui um visual belíssimo, como também é um game de plataforma como a muito não se via: Outland é dinâmico, possui uma história bacana e uma jogabilidade simples, mas muito eficiente.
Lançado para a Xbox Live Arcade – a versão para Playstation 3 ainda não saiu por conta da queda da PSN, mas deve ser lançada em breve – pela módica quantia de 10 dólares (800 MS Points), o game oferece uma ótima aventura tanto para quem vai jogar sozinho quanto para quem pretende curtir o game com um companheiro online.
A história de Outland se passa em um mundo fantástico onde duas irmãs controlam as forças da luz e das trevas. Você controla um personagem que é o sucessor de um grande guerreiro, que já enfrentou as irmãs em tempos ancestrais para restabelecer o equilíbrio entre o bem e o mal.
Com o tempo, seu personagem vai adquirindo os poderes e habilidades de seu antepassado. Uma das habilidades mais legais é o controle que você tem entre a luz e as trevas: ao simples apertar de um botão, seu personagem “muda de cor”, e esta é uma das coisas mais bacanas na mecânica de jogo.
A luz é representada pela cor azul, e as trevas são vermelhas. Alternar entre as duas cores é a chave do sucesso, pois estando azul você fica imune a tiros azuis, e vice-versa. Os inimigos também possuem diferentes cores, e você só poderá enfrentá-los se estiver usando a cor oposta.
Falando assim parece simples, mas os momentos de plataforma do game se tornam bem desafiadores, pois muitos projéteis com trajetórias aleatórias de ambas as cores se misturam, no melhor estilo frenético de Ikaruga, e alguns elevadores só funcionam se você estiver com a cor certa. Muitas vezes você precisará trocar de cor em pleno ar, o que acrescenta uma boa dose de estratégia na hora de controlar seus poderes.
Embora haja uma ordem lógica de fases, você vai encontrar diversos caminhos inacessíveis, que só poderão ser desbloqueados quando você obtiver uma habilidade específica. Pode-se ir e voltar livremente pelas mapas, o que contribui bastante com o fator replay do jogo.
Além da dificuldade razoável dos puzzles, alguns chefes são praticamente versões 2D dos colossi de Shadow of the Colossus, e precisam de certa estratégia para serem derrotados. As batalhas contra estes chefões gigantes são bem empolgantes e desencadeiam novas áreas do mapa para serem acessadas.
A jogabilidade do game se destaca por ser simples e bastante dinâmica. O gameplay lembra um pouco os games da série Ninja Gaiden de antigamente, pois você pode realizar saltos entre uma parede e outra para alcançar locais elevados, bem como adquire movimentos de dash e corrida.
Os gráficos do game são fantásticos, bastante semelhantes a Patapon, mas com um toque mais artístico. Os mapas são amplos e, apesar do jogo ser todo em 2D, os cenários apresentam uma profundidade muito interessante. Tudo o que você vê dos personagens e monstros são silhuetas – como em Limbo – mas Outland é muito mais vibrante, pois a oposição das cores da luz e das trevas acrescenta bastante charme ao visual do game.
Definitivamente Outland é um game que vale os dez dólares que custa. É possível terminá-lo em cerca de seis horas, mas lembre que hoje em dia muitos jogos retail, lançados em disco, duram menos que isso. Certamente estas seis horas serão extremamente divertidas e satisfatórias para todo jogador.
Imperdível para quem estava com saudades da inventividade dos bons platformers de antigamente.
http://www.youtube.com/watch?v=sb8tpakTgbY