Jogamos com o Moto Snap Gamepad, o controle para games da linha Z da Motorola

16 de novembro de 2017

Jogamos com o Moto Snap Gamepad, o controle para games da linha Z da Motorola

Desde que o celular foi descoberto como um terreno fértil para os videogames, nos tempos de Snake, ou para muitos, o jogo da cobrinha, vários projetos tentaram transformar os telefones e smartphones em videogames portáteis, dentre os quais podemos incluir o N-Gage, da Nokia, e o Xperia Play. Todos estes projetos falharam por falta de jogos, propostas desinteressantes ou design esquisito, mas os games móveis, este sempre andaram muito bem, obrigado.

Em um cenário com “celulares gamers” que sempre fracassam, mas com games que fazem cada vez mais sucesso, independente do gênero, seja ele corrida, ação ou os mais casuais, o que tem ganhado terreno ultimamente são os controles para smartphones, que se conectam de alguma forma com o dispositivo e enfim podem transformá-lo em um console portátil, com a vantagem de que o aparelho volta a ser um smartphone comum ao retirá-lo, o poupando de situações de design bizarras como o “falar de lado” com o N-Gage.

Entre as várias opções no mercado, a Motorola introduziu a sua opção em forma de snap. Aproveitando o sucesso de seus snaps já conhecidos (câmera, bateria externa, ou projetor), a empresa desenvolveu um controle especialmente para seus aparelhos da linha Z. Testamos o Gamepad, jogamos bastante nele, e agora vamos compartilhar com você todas as nossas impressões.

Mais prático, impossível

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A palavra chave do Gamepad é praticidade. Desenvolvido como um snap, não é preciso mexer com bluetooth e nem nada do tipo. É só colocar o smartphone nele e pronto, já é possível jogar. De cara, aparece um tutorial básico ensinando o essencial do aparelho, uma parceria da Motorola com a Gameloft no qual prêmios são distribuídos para quem baixa os jogos do estúdio por eles e, por fim, um prático aplicativo é instalado, com uma lista dos jogos que são compatíveis com o dispositivo. Até o momento, 276 jogos estão compatíveis, o que inclui Modern Combat 5, o Batman da Telltale, Asphalt 8 e outros jogos populares. A SEGA Forever também faz parte da esta, mas infelizmente, os games de Mega Drive, com exceção de Sonic, ficam de fora. Entramos em contato com a SEGA, que nos informou que estes games ganharão mais compatibilidade com controles em breve.

Com o snap no aparelho, o direcional também ajuda a navegar pelo Android, ajudando a abrir o jogo através do botão A, com o B fazendo o papel de voltar. Com o jogo aberto, aí fica a cargo da equipe que desenvolve cada game em extrair um bom desempenho, deste e dos demais controles, porém, em todos os testes, em geral, o controle agradou muito. Sem problemas com atrasos, já que é conectado diretamente no smartphone, tudo fluiu de maneira satisfatória. O Gamepad vem com duas alavancas analógicas, um direcional em cruz, quatro botões de ombro, estes sim, um tanto esquisitos em um primeiro momento, mas adaptáveis após algum tempo de jogatina, quatro botões de ação (A, B, X e Y), além de Start e Select.

Jogamos com o Moto Snap Gamepad, o controle para games da linha Z da Motorola

O seu design também se mostra bem prático, utilizando o padrão dos controles atuais e apresentando um visual simples, mas caprichado. Ele conta com led no botão L1 e R1, além de contar com um led traseiro, iluminando o Y da Legion, a marca gamer da LeNovo. O dispositivo tem sim cara de gamer, mas não exagera em nenhum detalhe, com poucas luzes em led, e quase que totalmente preto, com botões na mesma cor e um vermelho que se destaca apenas ao desconectar o smartphone. Os direcionais analógicos contam com um desenho o qual permite que seu dedo se encaixe levemente, melhorando a precisão em alguns momentos, e no geral, o controle inspira confiança, com firmeza na pegada e sem demonstrar fragilidade.

O Gamepad também conta com bateria própria, mas usa a bateria do smartphone quando é esgotada, além de permitir recarga via carregador Turbo, com os botões de led indicando, da direita para a esquerda, o nível de bateria. Uma vez com a bateria cheia, o smartphone, se acoplado, também recebe bateria, o que, de qualquer forma, ajuda e muito para que o “jogo não pare”. A bateria durou por cerca de um dia e meio, com jogatinas regulares neste período, cumprindo as oito horas prometidas pela Motorola. Porém mantenha a bateria do GamePad sempre cheia, pois ele suga bastante bateria do Moto Z, esvaziando um pouco mais rápido a bateria do smartphone.

Vamos jogar?

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Bom, após conhecer o Gamepad, hora de jogar, não é mesmo? Para os nossos testes, escolhemos alguns games compatíveis para saber se, de fato, o controle dá conta do recado. Para uma análise honesta, temos que deixar bem claro que os games contam com suporte para controle a partir de seus estúdios, e isso pode influenciar de alguma forma a jogatina. Vamos aqui evidenciar apenas as nossas experiências com o controle em si, mas fique atento de alguns problemas que possam acontecer por um mapeamento equivocado ou outras questões de responsabilidade dos desenvolvedores, não do dispositivo.

Sonic 1 – A precisão do controle é ótima! Para um jogo de controles simples, mas gameplay desafiante como o primeiro Sonic, o controle se saiu muito bem, mas sem opção de controlar o azulão pelo direcional, apenas pelo analógico.

Gangstar Vegas O game de mundo aberto também se comporta muito bem com o Gamepad, embora vez ou outra ele fique sem acionar os comandos do botão de ação, resolvendo só desconectando o dispositivo e ligando-o de novo. Tirando isso, o game funciona bem legal com o controle que, unido a um gameplay simplificado por ser desenvolvido para telas de touch, o fazem uma ótima opção.

Modern Combat 5 – A experiência aqui foi um tanto problemática. Mesmo com o aumento da sensibilidade em 100%, o analógico direito não ajuda em nada para mirar, tornando a experiência muito abaixo do esperado. A solução que encontrei para aproveitar melhor o game foi a de mirar com ajuda da tela, com o controle e os tiros a cargo do Gamepad.

Virtua Tennis Challenge – Na minha opinião, o melhor momento com o Gamepad. O jogo se transforma com o dispositivo, ficando mais legal de se jogar com os botões do que com o formato de toque que ele tem. O game fica com “cara de Dreamcast” e muito mais divertido.

Asphalt X – Se os games de corrida, na minha opinião, foram os que melhor foram adaptados para o mundo móvel, o mesmo acontece com os controles. Asphalt fica bem divertido com o controle, com os botões melhorando a experiência e deixando-o bem divertido.

Oceanhorn – O game, apesar de ser de plataformas e beber muito da fonte de Zelda, foi desenvolvido para smartphones com foco no toque e, por isso, seu gameplay com o controle não foi 100% satisfatório. A movimentação do herói é dura, nos colocando em um muro estranho entre o controle analógico e uma movimentação “em cruz”. Não é todo de ruim e o jogo pode sim ser jogado no Gamepad, mas ele perde um pouco a sua graça com o aparelho.

Vale a pena?

Jogamos com o Moto Snap Gamepad, o controle para games da linha Z da Motorola

A Motorola aproveitou a iniciativa dos seus snaps para oferecer um “smartphone gamer” sem precisar transformar um aparelho em um monstro. Ele transforma os aparelhos Moto Z em um videogame enquanto necessário e depois volta a ser um smartphone comum, o que é bem prático, devido a sua conexão rápida. Seu design é estiloso, mas sem ser espalhafatoso demais, e cabe bem em qualquer mochila, assim como quem leva consigo no dia a dia um 3DS, um PS Vita, ou um Switch. Sua bateria dá conta de muita jogatina e a sua compatibilidade é satisfatória junto aos games da Play Store.

Os botões são suficientes para qualquer jogo ser aproveitado e contam com boa disposição, inclusive os botões de ombro que, apesar de parecer que só há um botão ali, na verdade são dois, e bem práticos. Os jogos mais curtidos pela galera conta com suporte e, com o interesse dos desenvolvedores, a tendência é a de que mais jogos ganhem suporte. O único problema está no preço. Sugerido por R$799, a intenção clara é a da venda casada com um Moto Z2 Play, já que assim os dois serão vendidos a R$2.499. Seus concorrentes, que são compatíveis com os aparelhos da linha Z contam com preços muito mais baixos, porém ele é uma ótima companhia a ser comprado junto com um smartphone, somando muito a um leque de opções que transformaram os snaps no sucesso que eles são hoje.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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