F1 2020 – Veja como deixar seu carro andando bem na exigente pista da Hungria
A Hungria. Conhecida por ser a única prova da “cortina de ferro” nos tempos de Guerra Fria, e hoje por ser uma das pistas mais exigentes da Fórmula 1, o circuito tem suas histórias para contar. Em um traçado bem único, que exige uma ótima administração de recursos de um carro, é necessário atenção, e um setup que valorize a estabilidade.
Nelson Piquet foi um que desafiou a física no circuito, na histórica ultrapassagem em Ayrton Senna, que conseguiu “domar” de maneira plena o circuito. Além de ser o primeiro vencedor em Hungaroring. É comum vermos carros rodando e pilotos saindo do traçado durante suas provas.
Por isso, para lidar com um dos circuitos mais complicados de se guiar da F1, além de atenção, é necessária uma boa configuração. Para quem está começando, pode colocar nas pré-configurações mais estáveis, para pegar o jeito da pista. Mas é possível fazer uma configuração que dê força nos freios e que mantenha o carro responsivo em suas curvas. Não se esquecendo, claro, dos pneus, que aqui exigem atenção extra.
Segue uma sugestão de setup:
- Asa dianteira: 4
- Asa traseira: 9
- Diferencial aceleração ativa: 60%
- Diferencial aceleração inativa: 100%
- Cambagem dianteira: -2.70
- Cambagem traseira: -1.20
- Toe dianteiro: 0.08
- Toe traseiro: 0.29
- Suspensão dianteira: 5
- Suspensão traseira: 3
- Barra estabilizadora dianteira: 8
- Barra estabilizadora traseira: 5
- Altura frontal: 4
- Altura traseira: 4
- Pressão do freio: 88%
- Balanceamento dos freios dianteiros: 55%
- Pressão nos pneus dianteiros: 23.4 psi
- Pressão nos pneus traseiros: 21.1 psi
Hamilton vence a sua oitava corrida na Hungria, em um bom dia para Stroll e a Racing Point
A corrida “começou” antes mesmo da luz verde. Verstappen bateu sua Red Bull levando seu carro para o grid. E, o clima “chove-não-chove” trouxe o clima de dúvidas. Na largada, Bottas largou muito mal, caindo de segundo para sexto, Stroll foi para segundo e Verstappen pulou para terceiro. Isso sem falar em Latifi, da Williams, que largou bem e saiu de décimo quinto para décimo.
Com esse clima de chuva, hora de apostar em trocas. Enquanto Verstappen seguia atacando o Stroll pela segunda posição, Leclerc e Bottas colocaram pneus secos, ambos já parando para troca na terceira volta. Hamilton trocou o seu na quarta volta, logo após abrir oito segundos. Assim como praticamente todo os demais, que desistiram dos pneus de chuva para colocarem pneus secos.
Bom para a Haas, que já havia trocado os pneus de seus pilotos antes da largada, fazendo-os largarem do pit. Neste cenário, Magnussen e Grosjean foram “catapuldados” para as terceira e quarta posições. Na volta 5, Latifi perdeu os pneus, por ter saído de maneira equivocada dos boxes e ter sido atingido por Sainz. Foi para último e com cinco segundos de punição.
No meio da corrida, com os pit-stops já realizados, as posições tiveram mudanças. Hamilton “sumiu” na frente, com Verstappen seguro em segundo lugar e Bottas lutando para alcançá-lo. Stroll seguiu mantendo o bom desempenho da Racing Point, enquanto Vettel, após alguns problemas, fechava o “top 5”.
E, sem maiores emoções, Hamilton cravou sua oitava vitória no circuito húngaro. Bottas brigou pelo segundo lugar, com direito a troca de pneus no final, mas não deu o bote, ficando em terceiro. O segundo lugar ficou com Verstappen. Stroll, com a Racing Point fez um ótimo quarto lugar, com Albon em quinto. Perez, também de Racing Point, pontou, em sétimo, cravando um ótimo final de semana pra equipe. E Magnussen conseguiu resistir bem com sua Haas, ficando em nono.
A Williams, apesar de se mostrar bem na qualificação, decepcionou novamente, ficando mais uma vez com os dois últimos lugares. Assim como a Ferrari, que mais uma vez ficou longe da frente, com Vettel em sexto e Leclerc nem pontuando, em décimo primeiro.