Nintendo não quer cometer o mesmo erro do Wii U com o sucessor do Switch
Após anos de domínio no mundo dos games, com o seu NES e Super Nintendo, a Big N começou a sofrer com maior concorrência com seu Nintendo 64, mas mesmo assim, garantia bons sucessos e boas vendas. Com o GameCube, continuou lançando clássicos, mas ainda sem o brilho dos anos anteriores.
O sucesso voltou com o Wii, um dos maiores sucessos da história da companhia, que tentou manter o fenômeno com o Wii U, o sucessor. Porém o que tinha tudo para ser um sucesso, foi um tremendo fracasso. A Nintendo não conseguiu explicar direito o seu console para o grande público, sua proposta de gameplay com um “controle-tablet” foi um tanto confusa, e o console se tornou um grande problema.
Que, acabou sendo contornado com outro sucesso: o Nintendo Switch. Desta vez, a Big N, além de conseguir acertar novamente o grande público com o seu marketing, também conseguiu apresentar a proposta do Wii U, mas de forma mais prática, com o seu formato híbrido, na qual o jogador pode aproveitar os games na TV ou no próprio console, como um videogame portátil.
Hoje, cinco anos após o seu lançamento, e se tornando o videogame mais vendido da história da Nintendo, com 103,54 milhões de unidades nas mãos dos jogadores até o dia 31 de dezembro de 2021, a Big N já está iniciando o processo de falar mais sobre o possível sucessor, embora até o momento nenhuma informação oficial foi apresentada.
E, para os seus investidores no Japão, a companhia fez uma sessão de perguntas e respostas na última semana, onde em meio a diversos assuntos, chegou a declarar sobre o planejamento do processo de apresentação de um novo console.
“A questão de podermos fazer uma transição suave do Nintendo Switch para a próxima geração de hardware é uma grande preocupação para nós. Baseados em nossas experiências com o Wii, Nintendo DS e outros hardwares, está bem claro que um dos maiores obstáculos é como facilmente transitar de um hardware para o próximo”, disse Shuntaro Furukawa, presidente da Nintendo.
O presidente, inclusive, trouxe uma sinceridade rara no mundo corporativo. Assumiu o grande desafio histórico de transições que a Big N costuma enfrentar. Como exemplo, podemos citar que o Wii, que foi um fenômeno em sua época, vendeu 101,6 milhões de unidades, enquanto o Wii U, seu sucessor, vendeu apenas 13,5 milhões de unidades, o que é menos do que as vendas de God of War de PS4, que já atingiu as 19 milhões de unidades vendidas.
“Para ajudar a aliviar os riscos, estamos focando em construir relacionamentos de longo termo com nossos consumidores. Enquanto continuamos a lançar novo software (jogos) no Nintendo Switch, também vamos oferecer serviços que usam as contas da Nintendo e outras IPs fora dos jogos. Esperamos que isso ajude a criar um impacto duradouro em nossos consumidores”, continuou.
A base instalada do Nintendo Switch é estimada em cerca de 100 milhões de jogadores, e recentemente, o console ganhou um pequeno update, com tela OLED. A Nintendo afirma que o videogame está “na metade de sua vida”, o que não impede o investimento na próxima geração, assim como estudar o mercado, seus consumidores e questões relevantes para que o seu próximo console não enfrente as mesmas dificuldades de seus videogames do passado.