O interessante port de Resident Evil para o Nintendo DS
Resident Evil foi um grande sucesso tanto como jogo original, quanto em seu remake, incluindo até ports que nunca foram lançados, como o de Game Boy. Mas um port em especial, chama atenção por ideias diferentes.Estou falando do port do primeiro Resident Evil pra Nintendo DS. O Deadly Silence, cujo “subnome” conseguiu fazer um trocadilho com o nome do sistema, ficando, simplesmente, com o nome de Resident Evil DS.
Lançado em 2006, ele é um port do primeiro Resident Evil, lançado em 1996. Comemorando os 10 anos do lançamento de uma das franquias mais queridas (e fiéis) dos videogames, o port tem os mesmos comandos, visual e mecânicas, porém com a utilização das duas telas, mais a caneta Stylus, que já mudavam bastante a experiência original. A tela de baixo era onde a ação rolava, enquanto a tela de cima, facilitava muito a vida dos jogadores, por ser o lugar do mapa.
Até em emuladores, onde dependendo do aparelho você perde alguns recursos de toque do game, o mapa exposto a toda hora deixa a navegação pela mansão (especialmente para os que não conhecem todos os cantos do lugar) muito mais fácil. Já o inventário é acessado na tela de jogo mesmo, abaixo.
Vale lembrar que não é a primeira vez que Resident Evil estrelou games portáteis. No passado, houve o Gaiden, game feito para o Game Boy Color, mas Resident Evil 2 teve, além de um port tenebroso para o Game.com, um portátil também tenebroso, uma versão não-oficial para o GBA, que foi cancelado pois a Capcom não teve interesse em continuar o projeto.
Posteriormente, Resident Evil Revelations, que saiu primeiro no 3DS e depois para praticamente todos os sistemas disponíveis, manteve a tradição “de bolso” de RE.
Voltando ao Resident Evil DS, o game trazia o modo original, e o Rebirth, onde novos enigmas e novas animações foram introduzidas, além de um modo muito interessante, onde a Stylus se tornava uma faca, com a ação acontecendo na tela sensível ao toque e em primeira pessoa. Nela, o jogador tinha que esfaquear os zumbis em uma espécie de ‘mini-game’ dentro do game.
O jogo também foi adaptado para a telinha do portátil, com sprites de personagens e inimigos. E se você não usa a faca no formato proposto, pode também jogar no game original, usando apenas o L, em esquema semelhante ao Resident Evil 4. O game ainda trazia muitas outras atrações, como um modo Versus, onde através do multiplayer sem fio, dois jogadores se desafiam vendo quem é quem mata mais zumbis. Além de um modo cooperativo, onde os jogadores se ajudam na Mansão Spencer.
Para deixar mais divertido, todos os S.T.A.R.S. podem ser selecionados no multiplayer, e este game deveria ter sido lançado para outros sistemas. Se até o GTA Chinatown Wars, que foi feito pensado no DS e sua tela de toque, foi adaptado para o PSP, este Resident Evil também poderia ter estrelado em mais sistemas, sendo mais acessível ainda hoje.
Como o game ficou “preso no DS“, é possível jogá-lo apenas no próprio portátil, ou no 3DS, que aceita os games do antecessor. Ou na emulação, onde a experiência pode não ser a mais completa, mas o game é executado. Para fãs de Resident Evil, é um game muito interessante, pois mesmo mostrando mais uma vez os horrores vividos por Jill e Chris na Mansão Spencer, há muito conteúdo adicional, que inclusive é um ótimo exemplo de como relançar games antigos, respeitando o conteúdo original, mas propondo muitas coisas novas.