Jojo’s Bizarre Adventure: Guia para iniciantes e novos públicos
O mangá Jojo’s Bizarre Adventure, de Hirohiko Araki, recentemente entrou em sua nona parte, que contará a história de um novo protagonista, Jodio Joestar e como ele se tornou um multimilionário. E não é difícil perceber o quão em alta essa série está, não só atualmente, mas já há muitas décadas.
Obviamente, quando algo está em alta, chama atenção e desperta a curiosidade do público. E aí entra uma questão bem importante: Devo ou não dar uma chance? Se você está na dúvida se deve ou não embarcar no mundo de Jojo’s Bizarre Adventure, então talvez este artigo te ofereça uma ajuda para tomar uma decisão, tanto para ler/assistir Jojo’s Bizarre Adventure, ou não.
Parafraseando o personagem Calvin Candy em Django Livre, se eu já consegui capturar sua curiosidade, me permita então tentar capturar sua atenção com este artigo (um pouco extenso) de “introdução” à Jojo’s Bizarre Adventure. Sem spoilers ou muitas opiniões sobre a obra, pois o objetivo aqui é fazer um guia breve ao estilo “o que você vai encontrar aqui”, para ajudá-los a decidir o que fazer. O intuito aqui não é convencê-los ou dissuadi-los, mas simplesmente apresentar uma “sinopse geral”. Então, vamos lá!
Hirohiko Araki / Jojo’s Bizarre Adventure – O Autor e a Obra
Nascido em 7 de junho de 1960, Hirohiko Araki é o autor de Jojo’s Bizarre Adventure, sendo um mangaká muito premiado e cultuado. Ele iniciou a publicação desta obra em 1987 na revista Weekly Shonen Jump, a mais famosa e tradicional publicação de mangás do Japão, de onde surgiram praticamente a maioria dos mangás e animes que nós brasileiros conhecemos muito bem, como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, One Piece e muitos outros.
O mangá tira inspiração de muitas fontes, de atores como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger e seus filmes de ação, a artistas e pintores famosos da história e, principalmente, de músicas e filmes. Jojo’s Bizarre Adventure é, literalmente, uma imensa referência musical, com personagens, capítulos, localidades, quase tudo tendo como inspiração músicas, álbuns e artistas musicais. E é bem fácil de perceber isso conforme se consome a obra.
Nascida como um mangá Shonen, a série é recheada de batalhas e violência, mas conforme foi avançando na história, passou a abordar temas mais sérios, de sentimentos, a traumas, terror, religião, drogas, sexualidade, suicídio e etc. Mas não se trata de uma obra “séria”, abordando esses temas de uma forma analítica ou psicológica. Jojo’s Bizarre Adventure possui muito humor, e um humor de alta qualidade, desde sacadas inteligentes até mesmo situações puramente ridículas e absurdas, que se mesclam à seriedade dos temas.
Atualmente, e desde o ano de 2004, a série é publicada na revista Ultra Jump, estando na categoria Seinen – mangás voltados para o público masculino adulto. Ou seja, não é recomendado para menores de idade, mas não deixou sua essência de lado mesmo com essa mudança em seu público alvo. Na verdade, essa mudança permitiu que a obra evoluísse sem restrições, o que contribui muito para seu sucesso mundial.
Sobre o que é a história de Jojo’s Bizarre Adventure?
Esse é um ponto complexo. Se você perguntar sobre o que é Dragon Ball, a resposta é simples: É a história de Goku, explorando o mundo atrás das Esferas do Dragão e enfrentando diversos inimigos com o objetivo de sempre ficar Mais forte. Ou então explicar que One Piece é a história de Monkey D. Luffy, um jovem que deseja se tornar o Rei dos Piratas.
Jojo’s Bizarre Adventure não tem uma resposta assim, pois ele não possui uma única história. Ou, melhor dizendo, ele possui uma gigantesca história que engloba uma linha do tempo de mais de 100 anos, contando as aventuras de diferentes protagonistas – as famosas “Partes” do mangá.
O mangá atualmente está em sua parte 9, mas há um detalhe importante aqui. A história de Jojo’s Bizarre Adventure é linear, começando na Parte 1 e terminando na Parte 6. Da Parte 7 em diante, acompanhamos um universo alternativo, com versões diferentes dos personagens das partes 1-6, além de novos personagens. Isso pode soar confuso (e é), mas não se preocupe, mais adiante darei breves detalhes sobre cada uma dessas partes.
Em resumo, o mangá acompanha as aventuras da família Joestar, com cada parte sendo protagonizada por um descendente desta família, com todos eles marcados com uma mancha em forma de estrela entre o pescoço e o lado esquerdo de suas costas. Todas as partes (da 1 a 6, e atualmente da 7 a 9) acompanham as consequências de eventos passados, tanto de forma direta quanto indireta. A hexalogia original tem como “plot global” – um elemento que encaixa todas as histórias – o vilão Dio Brando e as consequências de todos os seus atos, que influenciam a vida de cada um de seus seis protagonistas tanto direta quanto indiretamente. Já as partes 7-9 seguem uma nova linha do tempo da família Joestar, com eventos do passado tendo consequências futuras, mas, em geral, sem um “plot global” por trás de tudo.
Os Poderes e os famosos Stands
Talvez o ponto que cause mais confusão no público é em relação aos personagens e poderes que são mostrados na história. Você já sabe que cada parte da história é protagonizada por membros da família Joestar. Cada novo personagem é descendente, ou pelo menos parente próximo do protagonista da parte anterior.
Já quanto aos poderes, basicamente existem 3 principais que são mostrados: O Hamon, os Stands, e o Spin. O Hamon é o principal poder apresentado nas partes 1 e 2, sendo traduzido como o poder da “Onda”. Explicando de forma breve, o Hamon é uma forma de poder proveniente da respiração. Ao obter controle total de sua respiração, um usuário é capaz de gerar uma energia que se assemelha às ondas de luz do sol. Com esse poder, um usuário pode retardar o próprio envelhecimento, adquirir força e elasticidade corporal, bem como interagir de diferentes formas com o ambiente a sua volta, como conseguir andar sobre a água, redirecionar ataques e muito mais. Essa técnica foi especialmente criada para ser usada contra vampiros e os “Pillar Men”, uma antiga raça de super-humanos vulneráveis ao sol.
Os Stands, que surgiram na Parte 3 e se tornaram o principal poder da série, estando presentes em todas as partes subsequentes, são manifestações do espírito, ou alma de um usuário. Essas manifestações são chamadas de Stands pois normalmente elas aparecem literalmente paradas de pé ao lado ou atrás de seus usuários. Os Stands são divididos em três grupos principais: Curta-Distância, Longa-Distância e Automáticos. Eles se manifestam como uma projeção de uma qualidade, defeito ou filosofia de seu usuário, podendo apresentar-se como seres humanóides musculosos, na forma de flores ou vinhas com espinhos, hordas de pequenas criaturas semelhantes a insetos, e até mesmo na forma de objetos, como um avião de brinquedo, uma pedra redonda, ou uma arma de fogo – além de muitos outros tipos. Cada Stand possui normalmente um ou dois poderes especiais que variam enormemente, desde super-força, parar o tempo, prever o futuro, envenenar, controlar o ar e etc. Os poderes que um Stand pode ter são literalmente inúmeros.
Por fim, o Spin, que aparece somente na Parte 7, é na verdade um conceito físico real. O Spin é uma propriedade de partículas subatômicas estudada pela física quântica. Ele é, explicando de forma muito simplificada, o momento angular de uma partícula, ou, de forma mais simplificada e leiga ainda, a forma como tais partículas giram. O Spin é usado na parte 7 em conjunto com a teoria de Fibonacci como uma forma de usar o giro de objetos, inclusive partes do próprio corpo, para os mais diferentes objetivos, seja para causar dano e destruição, como para curar e aliviar dores.
Personagens e Vilões
O mangá se chama Jojo’s Bizarre Adventure (As Aventuras Bizarras de Jojo) não por acaso. Cada parte conta uma aventura genuinamente bizarra! Para se ter uma ideia, a história vai de lutas contra vampiros para serial killers, máfia italiana, o fim do mundo, corrida de cavalos e etc. Mesmo com cada parte estando conectada à anterior, cada história é “fechada” em si mesma, com suas muitas excentricidades.
Vamos então falar agora dos personagens da história, com alguns pequenos spoilers difíceis de se evitar para explicar cada um deles, então, siga tendo consciência de que verá SPOILERS ADIANTE!
A Parte 1 de Jojo – Phantom Blood – conta a história de Jonathan Joestar, um nobre britânico do final do século XIX. Ele vivia uma vida boa e tranquila até seu pai adotar o jovem Dio Brando, após o pai dele falecer. Dio, desde o momento que coloca os pés na mansão dos Joestar, decide transformar a vida de Jonathan num inferno, chegando a extremos muito pesados para torturar Jonathan fisicamente e mentalmente. Quando adultos, Dio acaba se transformando num vampiro graças a uma máscara de pedra, e cabe a Jonathan, junto de seus companheiros William A. Zepelli e Robert E. O. Speedwagon, impedir Dio de realizar seus planos maléficos.
A Parte 2 – Battle Tendency – é protagonizada por Joseph Joestar, o neto de Jonathan, durante os anos de 1938-1939, nas vésperas da Segunda Guerra Mundial. Quatro membros de uma antiga raça de humanóides imortais, os “Pillar men”, despertaram após dezenas de milhares de anos de sono profundo, em busca de uma forma de tornarem-se invencíveis e dominarem toda a humanidade. Joseph acaba herdando a tarefa de impedir esse despertar, enquanto treina para dominar o Hamon.
A Parte 3 – Stardust Crusaders é protagonizada por Jotaro Kujo, neto de Joseph Joestar, no ano de 1988. Jotaro é um delinquente de 17 anos que um dia despertou os poderes de um Stand, e logo descobre a razão para isso: O Vampiro Dio Brando ressurgiu e também conseguiu um Stand, e sua mera existência impõe um enorme perigo para a família Joestar e o mundo. Com isso, Jotaro e Joseph, junto de quatro outros companheiros: Mohammed Avdol, Kakyoin Noriyaki, Jean Pierre Polnareff e o cachorrinho Iggy, partem em viagem para o Egito para destruir Dio de uma vez por todas.
A Parte 4 – Diamond is Unbreakable – é protagonizada por Josuke Higashikata, filho bastardo de Joseph Joestar, no ano de 1999 na cidade de Morioh, no Japão. A cidade recentemente se tornou palco de muitos eventos bizarros, com o surgimento repentino de múltiplos usuários de Stand. E, por trás de todos estes eventos, há um Serial Killer desconhecido à ativa. Josuke, junto de Jotaro, Joseph, e seus amigos Koichi e Okuyasu iniciam uma investigação para descobrir a identidade e derrotar este Serial Killer.
A Parte 5 – Golden Wind – é protagonizada por Giorno Giovanna, filho de Dio Brando e também descendente dos Joestar, no ano de 2001. Giorno é um jovem de 15 anos que vive como um ladrão na cidade de Napoli, na Itália. O jovem tem o sonho de se tornar um “Gang Star”, tornando-se chefe da Máfia italiana e usando-a para destruir a corrupção na própria organização, colocar um fim no tráfico de drogas e impedir a exploração dos pobres e dos mais fracos. Para conquistar esse objetivo, ele se une ao mafioso Bruno Bucciarati e sua gangue, composta por Mista, Abbacchio, Narancia e Fugo, com o objetivo de derrotar o líder da Passione, a mais poderosa família mafiosa da Itália.
A Parte 6 – Stone Ocean – é protagonizada por Jolyne Cujoh, a filha de Jotaro Kujo, no ano de 2011. Jolyne acabou sendo presa por um crime que não cometeu, e logo descobre que está envolvida numa poderosa conspiração orquestrada pelo padre Enrico Pucci, cujo objetivo é cumprir o maior e mais misterioso plano de Dio Brando. Jolyne, junto das detentas Hermes Costello e Foo Fighters, dos detentos Narciso Anasui e Weather Report, e do jovem Emporio Alniño, precisam fugir da Prisão do Golfinho Verde, na Flórida, para salvar a vida de Jotaro e impedir os planos de Pucci.
A partir da Parte 7 – Steel Ball Run – o mangá é ambientado em um outro universo, totalmente separado do universo original, mas possuindo muitas ligações diretas, em especial versões alternativas dos personagens. Steel Ball Run é protagonizado pela dupla Johnny Joestar (uma versão alternativa de Jonathan) e Gyro Zepelli (uma versão alternativa de William A. Zepelli) e ambientado no ano de 1890. Nesta parte, Johnny é um ex-jóquei que, após sofrer um tiro na coluna, tornou-se paraplégico. Mas ao conhecer Gyro Zepelli e entrar brevemente em contato com a energia do Spin, vê suas pernas moverem-se pela primeira vez em anos. Determinado a aprender o Spin e voltar a andar, Johnny acompanha Gyro na corrida de cavalos Steel Ball Run, que atravessará todo o território dos Estados Unidos, partindo da Costa Oeste em direção à Costa Leste.
A parte 8 – Jojolion – protagonizada por Josuke Higashikata (versão alternativa do personagem de mesmo nome da Parte 4), é ambientada no ano de 2011 na cidade de Morioh, que repentinamente tornou-se palco de um estranho fenômeno geológico após sofrer um terremoto e um tsunami: o surgimento das Wall Eyes, estranhas paredes com marcas ainda mais estranhas que apareceram por toda a cidade. Nesse contexto, a jovem Yasuho Hirose (versão alternativa, e do sexo oposto, de Koichi Hirose da parte 4) encontrou um jovem enterrado debaixo de uma dessas Wall Eyes. Esse jovem é Josuke, que não tem nenhuma memória de sua vida e inicia uma aventura para descobrir sua própria identidade.
Por fim, a Parte 9 – Jojolands – que estreou no dia 17 de fevereiro, é protagonizada por Jodio Joestar, um descendente da versão alternativa de Joseph Joestar deste universo. Essa parte ainda está em seu começo, e sua sinopse conta que Jojolands é a história de como Jodio, um jovem de 15 anos, tornou-se multimilionário ao embarcar em uma aventura nas ilhas do Havaí e testemunhar uma erupção vulcânica.
Cada parte da história possui um vilão principal, com cada um tendo suas próprias motivações, pontos fracos e pontos fortes. Uma coisa muito boa de Jojo’s Bizarre Adventure é que dificilmente vemos repetição, cada personagem é único à sua própria maneira. Temos vilões que desejam espalhar o caos no mundo e dominar a sociedade, até vilões com motivações mais sutis, mas não menos perigosas, como permanecer no anonimato enquanto cometem atos terríveis, e até mesmo articuladores de conspirações gigantescas.
Falar dos vilões significa soltar muito mais spoilers do que falar dos protagonistas, mas todos tem uma coisa em comum, mesmo que seus métodos e objetivos sejam diferentes: Todos são cruéis e inescrupulosos. Ainda assim, todos possuem histórias muito interessantes, mesmo quando elas literalmente sejam a descrição do caos.
A arte de Jojo’s Bizarre Adventure
Como todo mangá que existe, existiu e existirá, Jojo’s Bizarre Adventure passa por uma constante evolução em seu traço e em suas artes. Mas diferente de outros mangás em que a arte vai ficando mais refinada enquanto mantém-se a mesma estrutura, a obra de Araki passa por evoluções realmente drásticas.
Em suas três primeiras partes o mangá possui um reconhecível estilo de mangás Shonen dos anos 80: Muitos personagens musculosos, traços mais arredondados e ação desenfreada. A parte 1, inclusive, possui muita influência do clássico Hokuto no Ken, também conhecido como Fist of the North Star. Jonathan Joestar, por exemplo, tem um visual muito semelhante ao de Kenshiro, protagonista de Hokuto no Ken.
A partir da Parte 4, o traço da obra começou a drástica e gradualmente ir se transformando, com personagens musculosos deixados de lado e abrindo espaço para personagens com corpos mais esguios. Jojo’s Bizarre Adventure sempre foi inspirado em arte e moda, e a partir da Parte 4 isso fica totalmente evidente. Hirohiko Araki tira inspiração para o design de seus personagens de revistas de moda e esculturas antigas, copiando suas poses e tirando inspiração para as roupas de seus personagens.
Inclusive, é graças a essa influência vindo do mundo da moda que nasceram as “Jojo Poses”, as dramáticas poses que todos os personagens fazem constantemente. Se você alguma vez pesquisou algo sobre Jojo, ou viu alguma imagem sem querer na internet, com certeza viu algumas dessas poses (este artigo mesmo contém várias imagens delas). Saiba que para quem nunca acompanhou nada da série, elas podem parecer bem esquisitas (e são), mas depois de ler ou assistir o anime, você se acostuma e até sente falta se não ver nenhuma pose.
Aviso: Conteúdos que podem te afastar da obra
Em games, filmes, quadrinhos e é claro em animes e mangás, o fator surpresa é sempre importante. E principalmente em obras adultas é possível que existam conteúdos sensíveis, que nem todo mundo gostaria de ver. Obviamente muitos desses conteúdos estão diretamente ligados a cenas importantes, mas falarei deles sem soltar spoilers. Assim, deixarei aqui um aviso sobre alguns conteúdos sensíveis presentes na obra que podem talvez afastá-los. Para que, se você estiver pensando em dar uma chance a Jojo’s Bizarre Adventure, já ir se preparando para seus conteúdos mais pesados.
Animais sofrem demais:
Por algum motivo, sem razão aparente e, segundo o próprio Araki, não sendo por gosto próprio… qualquer animal que aparece na série sofre muito. Mas muito mesmo. Principalmente cachorros. Se você for dar uma chance, saiba que você verá cenas realmente horríveis de mortes de animais que, felizmente, deixaram de ser comuns com o avanço da obra (é sério, essas mortes são terríveis de ler/assistir e eram tão constantes que fazem qualquer um questionar a sanidade de Araki).
Porradaria geral, independente de gênero:
Isso já é óbvio, afinal estamos falando de um mangá Shonen (que depois virou Seinen). Em Jojo não há barreiras que não sejam atravessadas. Personagens de todos os gêneros e todas as idades apanham de tudo quanto é jeito.
Sexualidade livre:
É muito comum em obras dos anos 80 vermos homens musculosos e personagens femininas extremamente sexualizadas. Obviamente isso existe aqui, mas vale pra simplesmente todo mundo. Na verdade, desde a parte 1 praticamente todo personagem é sexualizado. Mulheres são bastante sexualizadas, e os homens também são sexualizados. Todo mundo é sexy em Jojo’s Bizarre Adventure. E isso é um fato.
E, só para deixar claro, não há cenas de sexo em Jojo’s Bizarre Adventure, mas a série possui algumas cenas de nudez implícita.
Araki Forgot:
Um dos maiores memes de Jojo’s Bizarre Adventure é o fato de que, de forma até que bem constante, Araki esquece alguns detalhes da história e cria algumas inconsistências ou retcons acidentais. Os detalhes mais esquecidos pelo autor são os poderes de alguns Stands e personagens, que aparecem uma ou duas vezes e nunca mais voltam a ser usados. Poderes muito úteis, inclusive, que mudariam completamente o rumo de muitas lutas nas histórias.
E, finalmente, esta é uma obra muito extensa:
Jojo’s Bizarre Adventure é uma obra longa. Afinal, ela é serializada continuamente desde 1987, com poucos hiatos durante os 36 anos desde sua criação. Então, se você quiser ir do começo ao fim, terá muita coisa para ler e/ou assistir. Felizmente, como a história é dividida em partes, fica mais fácil acompanhar tudo.
A decisão é sua!
Como expliquei lá no início, meu intuito não era convencer ninguém a ler/assistir Jojo’s Bizarre Adventure. Este não foi um review da obra, exaltando seus pontos altos e criticando seus pontos fracos. O objetivo foi basicamente apresentar a obra de uma maneira aberta e o mais imparcial possível. Sabe quando você pergunta para um amigo se vale a pena ler uma obra, jogar um game ou ver um filme? A ideia foi exatamente essa, mas deixando opiniões pessoais de fora (algumas opiniões acabaram entrando, foi difícil evitar).
Se você perguntar a um fã, receberá uma lista de 1000 motivos para seguir adiante. Se perguntar para quem não gosta da obra, terá 1000 motivos para ficar longe. Sendo assim, aqui você não tem 1000 motivos para sim ou não, apenas uma descrição simples e resumida (ainda que um pouco extensa) de como a obra é e o que ela contém.
Como Jojo’s Bizarre Adventure está em um verdadeiro pico de popularidade e isso automaticamente atrai públicos novos que podem estar um pouco receosos se experimentam ou não a obra, talvez este artigo ajude você, que está na dúvida, a tomar uma decisão.
Se você vai entrar no mundo de Jojo’s Bizarre Adventure ou ficar o mais longe possível dele, a escolha é sua! Seja ela YES! YES! YES! ou NO! NO! NO!
No Brasil, o mangá Jojo’s Bizarre Adventure está sendo publicado pela Editora Panini, atualmente na edição 11 da parte 4, com um total de 27 edições publicadas. Há ainda histórias paralelas e spin-offs publicados mundialmente, mas aqui no Brasil apenas o spin-off “Rohan no Louvre” foi publicado.
E o anime pode ser assistido na Netflix, mas infelizmente ainda não completamente. O serviço de streaming possui, por enquanto, as Partes 1 até a 4 e a Parte 6, cuja adaptação foi concluída recentemente, além de possuir o spin-off “Assim Falava Rohan Kishibe”. A Parte 5 – Golden Wind, ainda não foi lançada no serviço de streaming. O anime conta com dublagem em português brasileiro.