O número de estúdios de games no Brasil cresceu 3,27% em um ano
A Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais) acaba de compartilhar uma prévia da sua 2ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games. Essa pesquisa é coordenada pela própria associação em colaboração com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos). A prévia traz diversos aspectos de destaque, oferecendo insights valiosos sobre o panorama da indústria de jogos no Brasil.
Um dado notável revelado no material é o aumento de 3,27% no número de estúdios nacionais ativos no desenvolvimento de games, chegando a 1.042 em 2022, em comparação aos 1.009 em 2021. Além disso, a pesquisa revela que aproximadamente 2.600 jogos brasileiros foram publicados desde 2020, com 1.008 deles lançados exclusivamente no ano passado.
Rodrigo Terra, presidente da Abragames, comentou sobre o momento próspero da indústria de games no Brasil: “Temos motivos para celebrar o cenário atual da indústria nacional de jogos. De fato, neste ano, o Brasil recebeu uma homenagem especial na gamescom e está ganhando reconhecimento internacional como um centro importante no desenvolvimento desse setor. É uma satisfação ver o impressionante trabalho de nossos estúdios e testemunhar a evolução em vários aspectos, desde a qualidade das criações até a diversidade das produções”.
A prévia da pesquisa também traz à luz a distribuição geográfica dos estúdios pelo Brasil. O Sudeste continua liderando, abrigando 58% das empresas, seguido pelo Sul com 20%. A região Nordeste demonstra um crescimento promissor, representando 15% dos estúdios, ultrapassando as regiões Centro-Oeste (6%) e Norte (2%).
No que diz respeito à diversidade, a pesquisa aponta para um aumento de cerca de 5,9% no número de profissionais envolvidos no desenvolvimento de jogos, totalizando 13.225 pessoas em 2022, em comparação com 12.441 em 2021. Além disso, a representação feminina na indústria está em ascensão, com 14,3% das mulheres atuando como sócias de estúdios e 28,2% como colaboradoras. A participação das mulheres em cursos superiores de jogos digitais também atingiu 24%.
A pesquisa evidencia o compromisso dos estúdios brasileiros com a diversidade, com 57% deles afirmando ter colaboradores de diferentes origens, como pessoas pretas, pardas, indígenas, portadores de deficiências, membros da comunidade transexual e outras minorias.
Quanto à presença internacional, a pesquisa mostra que metade das empresas brasileiras que atuam no exterior obtiveram 70% de sua receita fora do país. Os principais mercados incluem os Estados Unidos e a América Latina, abrangendo 57% das vendas internacionais. A Europa Ocidental também ganhou destaque, ocupando agora o terceiro lugar e envolvendo-se em 54% das vendas internacionais geradas pelos estúdios brasileiros.
A pesquisa demonstra que a indústria de jogos brasileira é madura, com 81% dos estúdios superando os dois anos iniciais, considerados cruciais e desafiadores, enquanto 17% deles operam há mais de uma década. Adicionalmente, 85% dos estúdios afirmam estar totalmente formalizados.
Essa prévia da 2ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games nos ajuda na compreensão e o impulso contínuo do setor no Brasil, oferecendo uma visão detalhada do panorama atual e das tendências em crescimento. Para mais informações sobre a Abragames, acesse o site oficial.