Criador das Meninas Superpoderosas sempre achou que o live action não daria certo
Craig McCracken, o criador de As Meninas Superpoderosas, expressou ceticismo quanto ao sucesso da série live-action Powerpuff, da CW, inspirada em sua animação. Ele chegou a alertar os produtores sobre as possíveis dificuldades do projeto.
Na versão que acabou sendo cancelada após dois anos de desenvolvimento, Lindinha, Florzinha e Docinho seriam retratadas como jovens na faixa dos 20 anos, ressentidas por terem dedicado a infância à luta contra criminosos. Mas mesmo com as questões e reflexões da fase adulta, elas teriam de se reunir novamente como super-heroínas, pois o mundo estaria precisando delas mais uma vez.
Para McCracken, o principal problema residia na transformação das personagens em adultas na nova narrativa: “Tive apenas uma reunião com eles e disse-lhes: ‘Quando vocês as transformam em adultas, elas não são mais as Meninas Superpoderosas‘. Porque se forem adultas, são apenas três supergarotas que não precisam lidar com o fato de serem crianças. Essa é uma série completamente diferente”, explicou em entrevista ao Los Angeles Times.
No elenco de Powerpuff estavam Chloe Bennet (Agents of S.H.I.E.L.D.), Dove Cameron (Descendentes) e Yana Perrault como as protagonistas. Além delas, Nicholas Podany seria Joseph “Jojo” Mondel Jr., filho do vilão Macaco Louco.
A série foi cancelada em maio deste ano, após passar por várias reformulações e nunca ter dado um sinal de que apresentaria algo que convenceria o público a conferir a série. Em 2021, o então presidente da CW, Mark Pedowitz, chegou a chamar o piloto da série de “brega”, não a considerando apta para atrair o público adulto, um dos desejos da emissora.