Análise Arkade: explorando tumbas com os amigos em Lara Croft and the Temple of Osiris

10 de janeiro de 2015

Análise Arkade: explorando tumbas com os amigos em Lara Croft and the Temple of Osiris

Lara Croft está de volta para mais uma aventura em perspectiva isométrica! Na sequência você confere nossa análise de Lara Croft and the Temple of Osiris!

Muito antes do elogiado reboot da série Tomb Raider de 2013, Lara Croft já estava de volta à ação em Lara Croft and the Guardian of Light, lançado em 2010. E esta nova aventura egípcia mantém a mesma essência, mas agrega boas novidades.

SINOPSE

Deixando de lado a Lara Croft “novata” do reboot, aqui temos aquela boa e velha Lara arqueóloga e aventureira que, de regata, shortinho e armada com duas pistolas, explora tumbas, templos e pirâmides ancestrais em busca dos mais lendários tesouros.

Análise Arkade: explorando tumbas com os amigos em Lara Croft and the Temple of Osiris

O templo em questão é o de Osiris, que Lara descobre junto com um arqueólogo “rival”, Carter Bell. Ao encontrarem um cetro místico, eles acabam “acordando” o deus Set, que já tem na manga um plano maligno para derrotar Osiris e tocar o horror no mundo.

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Felizmente, a magia do cetro também desperta algumas divindades bondosas: Isis e Horus, esposa e filho de Osiris, que irão ajudar Lara e Carter a colocar um ponto final nos planos malignos de Set. Para isso, eles precisam “reconstruir” o próprio Osiris, cujas partes do corpo estão espalhadas por diversos pontos do Egito.

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Se por um lado a história parece saída diretamente de um filme de aventura dos anos 90 e os companheiros de Lara Croft não possuem quase nenhum carisma, por outro isso é tudo de que precisamos para fazer o que o jogo tem de melhor: explorar, coletar tesouros e resolver puzzles!

GAMEPLAY COM NOVIDADES

Lara Croft and the Temple of Osiris é muito parecido com seu precursor, Lara Croft and the Guardian of Light. Vendo tudo de cima em perspectiva isométrica, você usa uma alavanca para se mover, outra para mirar. Também é possível pular, rolar, deixar bombas pelo chão e usar as habilidades de cada personagem.

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Na prática, temos basicamente “2 classes” de personagens: os arqueólogos (Lara e Carter) possuem uma corda de rappel e pistolas, e as divindades egípcias (Isis e Horus), que carregam o cetro de Osiris e podem se proteger dentro de uma esfera de energia.

Porém, jogando em modo cooperativo — o game aceita até quatro jogadores simultâneos, tanto online quanto localmente — o trabalho em equipe se torna fundamental: os arqueólogos devem “dar uma carona” para as divindades em suas cordas, e eles, por sua vez, podem usar o cetro de Osiris para interagir com o cenário, acionando plataformas e revelando passagens.

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Esteja você sozinho ou acompanhado de outros players, o grosso do jogo se resume a explorar templos e pirâmides, resolvendo puzzles e superando obstáculos enquanto coleta tesouros, armas e, é claro, elimina centenas de “múmias”, escaravelhos e outros inimigos enquanto busca as partes do corpo de Osiris, pois o poder dele será fundamental para derrotar Set.

NOVIDADES

Embora seja muito parecido com o primeiro spin off, o novo jogo possui boas novidades. A mais evidente e divertida é o multiplayer para 4 jogadores, mas temos outras novidades interessantes. Uma delas é que você pode coletar anéis e amuletos que melhoram suas habilidades e ainda lhe concedem poderes especiais quando ativados.

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Os tesouros que você coleta agora tem uma função: você precisa “pagar” para abrir certos baús que podem conter amuletos e itens mais poderosos. Como esta é basicamente a única função do loot, não se acanhe na hora de trocar seus diamantes pela “chave” de um baú.

Outra novidade muito bem-vinda são os chefes: o jogo anterior até tinha um ou outro chefe, mas aqui eles não só são mais numerosos, como também estão enormes! Você vai enfrentar escaravelhos gigantes, serpentes gigantes, crocodilos gigantes e outras criaturas muito bacanas sempre baseadas na rica mitologia egípcia.

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UM JOGO QUE SE REINVENTA

Os puzzles do game são bem engenhosos e apresentam um diferencial bacana: eles mudam de acordo com o número de jogadores que está na partida. Ou seja, jogando sozinho, você terá uma experiência um pouco diferente do que teria se jogasse com mais pessoas.

Em ambos os casos o jogo é bem divertido, mas é fato que quantos mais players, maior a diversão, visto que o trabalho em equipe é fundamental não só para superar os obstáculos e puzzles, mas também para alcançar alguns itens e segredos.

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Se você joga sozinho com a Lara, por exemplo, ela irá carregar tanto suas armas e sua corda de rappel quanto o cetro de Osiris, ou seja, ela se torna “auto-suficiente” para fazer tudo sozinha. Mas se um segundo jogador escolher Isis ou Horus, eles se encarregam do cetro, precisando da ajuda da arqueóloga e sua corda, mas ajudando ao manipular o cetro e usando sua orbe de energia como “degrau” para Lara.

A variedade de puzzles valoriza esta sinergia entre os personagens, envolvendo plataformas, explosivos, espelhos e desafios que obrigam os jogadores a misturarem suas habilidades de forma criativa e trabalharem em equipe. A maioria dos puzzles é bem criativa, e bolar a estratégia para superá-los é a melhor parte da diversão.

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O mapa do game é contínuo e até um pouco confuso, com diferentes templos espalhados por uma área relativamente grande. E além dos templos “oficiais” — onde estão as partes de Osiris — existem várias tumbas opcionais com puzzles que irão testar seu cérebro e sua perseverança. Se você é um arqueólogo que se preza, irá encarar todas!

AUDIOVISUAL

A câmera isométrica nos permite ver grande parte do cenário o tempo todo, e ele é bem bonito e detalhado, com cores bacanas e muitos elementos interativos. As pouquíssimas cutscenes podem ser tanto na engine do game (bem mais de perto, mostrando melhor os modelos de personagens) quanto em breves cenas animadas com cara de história em quadrinhos.

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As dublagens não são nenhum primor, mas cumprem seu papel, embora Lara exagere nas “piadinhas”. A trilha sonora se destaca por captar o clima egípcio e aventureiro de maneira muito competente. Ah, e boa notícia: o jogo tem menus e legendas em português brasileiro, o que deve facilitar a vida de muita gente.

Embora tenha sido lançado somente para a nova geração (e PC), é fato que o game rodaria bem de boa na geração passada. O visual é muito bonito, mas em nenhum momento passa a sensação de um legítimo “next gen”, até porque mantém o mesmo estilo do game anterior. Salvo por certos efeitos de iluminação, é fato que o PS3 e o X360 rodariam este jogo com folga.

CONCLUSÃO

Lara Croft and the Temple of Osiris está longe da aventura grandiosa e cinematográfica da série Tomb Raider, mas oferece uma excelente dose de diversão, esteja você jogando sozinho ou com seus amigos.

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A campanha dura no máximo umas 8 horas, mas estas horas são muito bem aproveitadas, mesclando ação e exploração de primeira com puzzles criativos e boss battles bem empolgantes.

Se você curtiu o primeiro game ou simplesmente está em busca de um jogo divertido e descompromissado para jogar com os amigos, mas que mantém um desafio de alto nível para o cérebro, sem dúvida Lara Croft and the Temple of Osiris é uma ótima pedida.

Lara Croft and the Temple of Osiris está disponível digitalmente para PC, PS4 e Xbox One.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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