Conheça o ConnectedNES, projeto que leva o Twitter (e mais, no futuro) para a tela do NES 8-bit
Computadores pequenos e baratos, comunidades de programadores aventureiros e vontade de oferecer conteúdos diferenciados são ingredientes essenciais para conferirmos bastante coisa legal, especialmente no mundo dos games.
A novidade da vez é um Nintendo 8-bit que é capaz de apresentar tweets com a ajuda de um “modem” wireless feito com Particle Photon (pequeno computador de US$19,99), firmware personalizado e peças de um controle clássico do sistema, já que a alimentação de energia ocorre pela porta do joystick. O que temos, no final das contas, é um legítimo Twitter rodando em um NES. E, por ser open source, é possível que mais gente entre na brincadeira, mexendo nos códigos. O ConnectedNES é escrito em: Javascript, Arduino C/C++, e 6502 Assembly.
A proposta do projeto é a seguinte: ao se jogar um game de NES, pressionando os botões do controle, um sinal feito de bits é enviado para o sistema. Os bits indicam os botões pressionados (ou os que não foram pressionados), e estas informações são usadas para comandar o jogo. E como os tweets e outros conteúdos digitais também são feitos de bits, o ConnectedNES aparece para que a porta do controle seja utilizada para enviar estes diferentes tipos de dados.
Enquanto isso, o NES conta com um cartucho personalizado com um “jogo” responsável por exibir os dados recebidos. O único porém é que o 8-bit da Nintendo é limitado quanto a caracteres especiais, então, não espere por emoticons, pelo menos por enquanto.
Rachel Weil, a responsável pelo projeto, explicou em seu blog os próximos passos para o projeto: o ConnectedNES tem a ambição de contar com um código mais personalizável, permitindo o uso de outros aplicativos conectados à Internet, virando assim uma legítima plataforma web para um sistema de três décadas de história.
A programadora também avisa que não tem certeza sobre o uso do “jogo” em um emulador, já que, embora a ROM rode perfeitamente no programa, parte do sistema depende da porta de controle, e não há a certeza de que um controle USB ofereça o mesmo resultado. Além da orientação de que é muito mais divertido executá-lo em um hardware original.
E em um futuro próximo, todos poderão lidar melhor com o ConnectedNES. Rachel explica que hoje já é possível pegar o código-fonte no GitHub, mas que teremos tutoriais mais específicos em breve. Ela também já se mostrou disposta a conectar-se com pessoas das comunidades homebrew de NES e adicionar mais recursos, como a exibição de problemas no sinal WiFi.
Você pode conferir mais informações técnicas sobre o projeto no blog No Bad Memories, ou no Twitter de Rachel Weil.
Via (The Verge)