Análise Arkade: diversão e pancadaria com as garotas de Valkyrie Drive: Bhikkhuni

19 de novembro de 2016

Análise Arkade: diversão e pancadaria com as garotas de Valkyrie Drive: Bhikkhuni

Está procurando um hack n’ slash competente para o Vita em que todas as protagonistas são mulheres que se transformam em armas quando excitadas e vão perdendo a roupa enquanto lutam? Então pegue o seu Vita, se tranque no quarto e confira nossa análise de Valkyrie Drive -Bhikkhuni!

Antes de mais nada

É válido deixar uma coisa bem clara: esse jogo possui muitas garotas com pouca roupa, peitos saltitantes, interações que beiram o lesbianismo, vestimentas destrutíveis e fan service com alto teor erótico.

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Se isso lhe incomoda, não recomendamos esse jogo para você.

Agora sim, vamos ao jogo

Dos mesmos criadores de Senran KaguraValkyrie Drive é uma nova franquia que engloba este jogo para Vita, um anime para TV e um jogo social para celulares. Neste universo, algumas garotas entre a adolescência e o começo da vida adulta começam a contrair um vírus misterioso chamado V-Virus. Este vírus transforma o corpo delas temporariamente em armas (?!), o que é perigoso tanto para elas quanto para a população em geral. Enquanto uma suposta cura é estudada, e para manter a segurança da população, são criadas 5 ilhas artificiais de quarentena, para onde as garotas infectadas são enviadas.

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A ilha de Bhikkuni.

O jogo se passa na ilha de Bhikkhuni, que é para onde as irmãs infectadas Kagurazaka são enviadas. Nesta ilha, é “tratada” uma variação especial do vírus, chamada de VR-Virus, que permite que a portadora possa virar uma arma ou empunhar uma arma (que na verdade é uma garota transformada em arma). Para controlar o vírus, as garotas devem lutar em duplas, sendo uma delas a Liberator, que é quem luta utilizando a arma e Extar, que é a garota que se transforma na arma.

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A transformação em arma é conhecida como Drive, que é ativada com uma troca de carícias entre duas lutadoras (?!). Logicamente, quanto mais íntima a relação entre as duas e mais “quente” a troca de carícias, maior é o poder do Drive.

O Modo História

No modo história você começa com as irmãs Rinka e a Ranka, que chegam na ilha sem saber como as coisas funcionam e cumprem aquela função de ir aprendendo as regras junto com o jogador. Conforme a história avança, mais personagens vão sendo liberadas, totalizando 7 garotas jogáveis, cada uma com seu estilo de combate distinto.

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As irmãs Rinka e Ranka.

As duplas de cada episódio da história são fixas na primeira vez que você joga, o que te obriga a jogar com várias combinações de Liberator e Extar, deixando o gameplay mais variado e fazendo com que você se acostume às mecânicas e particularidades de cada personagem.

Cada episódio do modo história começa com um diálogo entre as garotas, que muitas vezes é bem longo, e sempre acaba culminando em uma luta, seja por brigas entre elas, para treino ou por causa dos torneios obrigatórios.

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A história começa leve e cheia de diálogos bobos, mas vai ficando mais séria com o tempo, pois como já era de se esperar, nem tudo são flores nessa ilha. As personagens também vão evoluindo conforme a história progride, mudando de opinião e atitude, ganhando mais empatia do jogador e protagonizando momentos emocionantes mais para o final da história.

O modo história é bem longo, possuindo 2 finais e levando cerca de 40 horas para ser terminado. O final depende do seu desempenho no andar da campanha e felizmente o jogo te informa o que é necessário para ver o final verdadeiro quando você faz o final normal.

O combate

Na parte de combate há momentos em que você enfrenta o inimigo principal diretamente, mas na maioria das vezes você começa em uma linha de largada e vai avançando pela dungeon, enfrentando inimigos robôs, até chegar em uma arena final onde enfrentará o inimigo principal.

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Dentro dessa dungeon, além dos inimigos, você pode ter alguns itens para coletar e uma fase secreta. A fase secreta geralmente é fazer alguma tarefa com tempo limitado, como encontrar todos os itens dentro de uma área, acabar com todos os inimigos ou até mesmo cortar grama.

O combate em si é um hack n’ slash bem fluido e viciante onde cada garota tem armas, combos e skills diferentes. Ele possui profundidade o suficiente para sustentar o jogo durante toda a campanha, liberando novos movimentos conforme você progride na história e sobe de nível. Um ponto de destaque são os ataque phantom, que ao dar uma investida você leva o inimigo junto no ar e começa a dar combos aéreos nele, também ganhando um bônus temporário de ataque que vai aumentando conforme encadeia mais ataques phantom.

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Além disso, conforme você vai acertando os inimigos, uma barra de ataque é preenchida, e cada barra dessas você pode usar para ativar o Drive ou usar uma skill poderosa. Ao ativar o Drive, a Extar que está com você se transformará em uma arma, aumentando significativamente o seu poder de ataque e também liberando novos combos. O Drive possui 4 níveis, que mudam o design da arma, a animação da transformação (sim, cada vez mais “caliente” e com menos roupa) e aumentam o seu poder de ataque.

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Ativando o Drive com um beijo.

Mais para frente você pode também utilizar o Connect, habilidade que finalmente lhe transforma em uma carnavalesca Valquíria, temporariamente aumentando o ataque e sugando rapidamente sua barra de ataque. O visual é incrível.

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“Na tela da TV no meio deeesse povo”. ♪♫

Ah, e conforme as personagens apanham, suas roupas vão se rasgando, com você podendo ficar somente de lingerie ou até mesmo pelada (calma, ficam umas nuvem tapando as partes). Obviamente (ou não) quanto menos roupa, menos defesa, o que não chega a ser um problema, pois você invariavelmente vai rasgar muito mais as roupas das oponentes do que elas rasgarão as suas.

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Jogando na dificuldade normal o jogo não apresenta muita dificuldade, com exceção dos professores, que são robôs gigantes que você enfrenta para passar de nível no treinamento. A dinâmica de combate muda um pouco ao lutar contra eles, pois você precisa ir quebrando a blindagem de cada membro enquanto desvia dos ataques corporais e das armas de fogo, o que torna o combate muito mais aéreo.

Cafeteria

A cafeteria é um dos poucos locais da ilha onde o combate é proibido. Portanto, todas as garotas costumam se encontrar ali para comer e bater papo. Acessando a cafeteria pelo menu, você pode escolher uma das personagens para ir conversar com as outras, o que se resume a comentários do que está acontecendo na parte da história em que você está. De tempos em tempos, um coração vai aparecendo na cabeça de cada uma, e tocando neles você aumenta o nível de romance delas.

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Conforme esse romance vai aumentando, você vai liberando diálogos extras entre cada par, que são basicamente textos narrados e em alguns casos há uma imagem ilustrando a cena. Os diálogos em sua maioria são engraçados e frequentemente possuem algum teor sexual, que assim como o resto do jogo, nunca chegam aos “finalmentes”, se limitando no máximo a um banho juntas.

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Aqui vemos Ranka perguntando se o “outro cabelo” da Viola também é loiro. XD

Este diálogos são importantes porque aprofundam as personagens, contando seus hobbies, gostos e amores nem sempre correspondidos.

Vestiário

Ah, o vestiário…

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Se você já jogou algum jogo da série Senran Kagura, saiba que o vestiário é idêntico. Nele você pode alterar a roupa, lingerie, cabelo e acessórios das personagens. Senti uma falta de variedade de roupas, pois há apenas 2 ou 3 variações da roupa padrão das personagens. Já na parte de lingerie, a quantidade de opções é bem grande, indo dos modelos mais “comportados” até alguns mais ousados. As opções de cabelo são somente usar o estilo de uma em outra. Existe uma enorme quantidade de acessórios, tais como orelhas de gato, rabo de coelho, óculos, pulseiras, colares, etc.

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Outra coisa que é possível fazer no vestiário é “interagir” com as garotas. Além de dar zoom, girar e até mesmo mandar um vento por baixo da saia, você pode tocar em 3 partes do corpo delas, sendo uma a cabeça e as outras duas…bem você já deve ter adivinhado. Para tocar as partes do corpo delas você pode usar tanto a tela touch quanto botões e analógicos (oh yeah, peitos com analógicos).

Claro que elas reclamam, ficam envergonhadas e te chamam de tarado toda vez que você faz isso, mas é algo necessário para você subir o “nível de peito” delas. Conforme você sobe esse nível você vai desbloqueando roupas e lingeries, além de um mini-game de massagem:

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Neste mini-game você vai tocando nos corações que vão aparecendo na tela e a garota vai gemendo no processo. Não é nada muuuito pornográfico, mas né, jogue sozinho. Esse mini-game também aumenta o “nível de peito”, que em níveis altos deixa a garota mais solta e aberta às suas iniciativas. Hehe.

Loja

Na lojinha de itens da Echigoya você pode comprar poções de cura, roupas, acessórios e lingeries para equipar nas garotas, além de imagens, músicas e vozes para consultar na galeria.

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Um dos modos de comprar lingerie é utilizando uma impressora que fabrica elas. Basicamente, você aposta seus pontos pela chance de que a impressora fabrique algo novo. Quanto mais alta a aposta, maiores as chances.

Outros modos de jogo

Além de seu enorme modo história, o jogo também conta com uns modos extras que são o Challenge, Survival e Online.

O modo Challenge é composto de desafios geralmente com tempo limitado que exigem que você acerte um golpe determinadas vezes, elimine uma quantidade específica de inimigos, avance rapidamente por uma área, elimine todos os inimigos sem tomar dano, etc.

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No modo Survival você enfrenta ondas de inimigos, sendo o inimigo uma garota a cada 10 ondas. Ele é mais para testar sua paciência, já que o último deles são 100 ondas…

O modo Online pode ser jogado entre até 4 pessoas, formando times ou todos contra todos, em 3 modos de jogo diferentes. Os modos são Strip Battle, Liberator Battle e Melee Battle. Em Strip Battle o objetivo obviamente é destruir a roupa das oponentes. Em Liberator Battle você ganha pontos tanto por destruir as roupas, quando por acertar especiais ou derrotar as oponentes. Já o Melee Battle é basicamente um Smash Bros, e você deve jogar as oponentes para fora das plataformas.

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Só consegui jogar online uma vez, pois é difícil achar gente jogando. Acabei apanhando feio no modo Strip Battle. E infelizmente o modo online não possui nenhum tipo de comunicação, seja por texto, emojis ou voz.

Se você também tiver problemas em achar alguém online para jogar com você, saiba que é possível colocar bots no lugar dos jogadores em todos os modos. Não é tão legal, mas quebra um galho.

Gráficos

O jogo possui gráficos 3D bem trabalhados no estilo anime, sendo bem agradáveis na tela do Vita. O destaque fica nas garotas, que são muito bonitas, expressivas e possuem uma física dedicada para os peitos (até balançar a câmera balança eles junto).

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Na parte dos diálogos temos as lutadoras em 3D e duas outras personagens em 2D em uma tela, que são Echigoya, que possui uma loja que vende de tudo e a Diretora, que administra a ilha. As animações das duas são feitas em um 2D muito bonito, que no caso da Echigoya é utilizado também na sua loja no menu principal.

Algo que pode incomodar um pouco são as animações das garotas nos diálogos, que se limitam a expressões genéricas de surpresa, felicidade, tristeza, etc. Por exemplo: Se uma garota pega no seio da outra (sim, acontece com frequência), ela vai simplesmente pular fazendo uma expressão de surpresa dizendo algo tipo “ei, não pegue no meu seio!”, com você só sabendo o que aconteceu porque a garota falou.

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Sobre as dungeons, embora sejam limitadas por muitas paredes invisíveis, elas possuem uma boa quantidade de detalhes e um tamanho bem razoável, estando um nível acima de outros jogos do mesmo porte no VitaElas se passam em lugares variados, como florestas, praias, montanhas, vilarejos, metrópoles e algumas áreas internas.

Como a quantidade de episódios na história é bem grande, você verá o mesmo local várias vezes, mesmo que seja apenas um trecho dele ou com o caminho invertido. O clima não varia durante o gameplay, com a maioria das missões se passando durante dias ensolarados, algumas a noite e pouquíssimas chuvas.

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Já os efeitos dos golpes são um show à parte quando você está com o Drive ativado, proporcionando um show de cores e explosões. Ativar o Connect e utilizar uma skill nível 2 ou 3 é como ver uma rainha de bateria coberta de leds balançando uma espada de fogo em uma festa rave. Realmente fantástico.

Som

As músicas de batalha são empolgantes, com cada personagem tendo sua música própria quando você enfrenta ela. Porém não é nada orquestrado, se limitando à guitarra, baixo e bateria. As músicas dos diálogos possuem uma variedade bem pequena, o que torna a principal delas muito repetitiva, o que até me forçou a reduzir o volume dela nas opções de áudio. Já as músicas das dungeons são agradáveis, embora nada memoráveis.

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Vale lembrar que o jogo possui legendas em inglês mas a dublagem é somente em japonês. Felizmente, é uma dublagem boa, e as vozes concedem muita personalidade às garotas, tornando cada personagem única.

Problemas

O jogo deu alguns crashes (quando o app fecha e dá opção de report) quando joguei. Notei que ocorriam logo após voltar do modo stand-by do Vita e abrir a cafeteria ou sair do vestiário. Botar em/voltar do stand-by durante o modo história nunca deu problema. Felizmente não perdi nenhum save com isso, pois o jogo salva automático frequentemente.

Outra coisa que ocorreu foi o desaparecimento de sons dos golpes e vozes das garotas em alguns momentos das fases de tutorial. Durante o resto do jogo o som funciona perfeitamente.

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Uma coisa que não é bug mas incomoda, é a câmera. Ela é livre para você controlar, porém, ela tem um sério problema com cantos, sempre aproximando o máximo possível quando você chega em um, dificultando sua visão de jogo. Seria mais esperto se a câmera fosse para cima ou se os obstáculos ficassem invisíveis.

Conclusão

Valkyrie Drive: Bhikkhuni é um jogo cheio de fan service, mas, felizmente, o fan service não é a única coisa que chama a atenção aqui. Possuindo gráficos bem trabalhados e um sistema de batalha competente, ele consegue entreter durante sua longa campanha sem se tornar maçante.

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Pessoalmente, eu estava muito empolgado com esse jogo e ainda assim ele conseguiu me surpreender. O gameplay é muito gostoso de jogar e a história depois que engrena me fez não querer mais largar o Vita. Realmente é um belo valor agregado pela campanha longa e os modos extras de jogo.

Se você gosta de um fan service, vá sem medo que é diversão garantida. Se você é indiferente quanto a isso, recomendo dar uma chance porque o gameplay se sustenta por si só.

Valkyrie Drive: Bhikkhuni foi lançado nas Américas em 11 de outubro de 2016, exclusivamente para o Playstation Vita.

* Quem assina esta análise é o convidado Theilor Raddatz.

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