Análise Arkade: Desafios, Bom-humor e muito estilo retrô em Warlock’s Tower
Gosta de puzzles divertidos e desafiadores, de games com muito bom-humor e da boa e velha nostalgia dos tempos do primeiro Game Boy? Confira tudo isso e muito mais na nossa resenha do Brasileiro Warlock’s Tower!
Contextualizando
A nostalgia é cada vez mais valiosa para os jogadores, que evoluem e envelhecem com a indústria, que está cada vez mais avançada, mas que nunca esquece de quem esteve sempre junto. Games com visual retrô tem um apelo forte, especialmente quando conseguem fazer com que o jogador se sinta em outra época: Os sons, os gráficos, a dificuldade, tudo conta pontos na hora de entregar uma experiência retrô.
E, só para adiantar, Warlock’s Tower realmente transporta o player para as antigas jogatinas de Game Boy.
O Game
Em Warlock’s Tower você encara o papel de um simples e corajoso carteiro que adentra os domínios de um atrapalhado, maluco e hilário bruxo (que até mesmo fala propositalmente errado, em uma língua que os criadores chamaram de ‘Engrish‘), e para conseguir entregar suas cartas com sucesso e escapar de lá com vida deverá enfrentar mais de 100 fases que irão com certeza fundir sua cabeça, com quebra-cabeças e desafios que seguem uma progressão de dificuldade muito bem-feita.
O game, criado pelo estúdio Midipixel (composto por dois brasileiros, Ygor Speranza e Werther Azevedo) foi premiado na SBGames em 2015 por Melhor Game Design/Melhor Game em Desenvolvimento e finalista da Rio Indie Games 2016.
Jogabilidade
O desafio proposto pelo game inicia de maneira simples, mas vai ficando cada vez mais complexo e difícil, com fases que irão fazer você quebrar a cabeça com as estratégias para descobrir uma forma de escapar. A cada passo dado, um ponto de vida é reduzido (chegando a zero, o jogador é levado para o início da fase),sendo necessário encontrar novos pontos pelo cenário (que irão sobrescrever os pontos vigentes, ou seja: os pontos não se acumulam) para recuperar a vida e seguir até a saída. A premissa é simples, mas executada de maneira muito inteligente.
As mecânicas que vão sendo adicionadas durante o progresso das fases são bem interessantes: Inimigos que se movem de acordo com seus passos, esteiras, chaves para pegar, buracos, armadilhas, teletransportes, múltiplos personagens e salas simultâneas (dividindo o número de vidas), e salas com visibilidade reduzida estão entre as particularidades adicionadas aos desafios. A movimentação é feita pelos direcionais, horizontalmente e verticalmente, e o game ainda conta com funcionalidades para voltar para o início da fase e até mesmo criar checkpoints em qualquer ponto do estágio, o que aumenta o fator estratégico e auxilia o jogador a avançar no game, que é realmente difícil.
Audiovisual
O game traz uma experiência nostálgica incrível, com interfaces, sons, músicas e visual fielmente ambientados na época do primeiro Game Boy, contando com a clássica paleta de cores 8bits. A diferença entre os ‘mundos’ percorridos (demonstrados como cada área diferente da torre: Biblioteca, Fábrica, etc.) é percebida pela diferença de cores predominantes em cada um, dando um estilo particular e divertido para cada nova parte da torre a ser descoberta e vencida.
Confira o trailer do game, mostrando mais do estilo:
Conclusão
Warlock’s Tower é um jogo difícil, divertido e nostálgico, que leva o jogador para uma torre repleta de desafios, personagens carismáticos e muitos restarts de fase para conseguir achar uma estratégia perfeita para passar pelos estágios. O game é indicado para jogadores que gostam de um bom quebra-cabeça, estão interessados em um jogo com muito bom-humor e piadas e que revive perfeitamente uma época antiga.
Warlock’s Tower já encontra-se disponível para PC, IOS e Androids .