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Análise Arkade: Dragon Ball FighterZ e suas incríveis batalhas com cara de anime - Arkade | Arkade

Análise Arkade: Dragon Ball FighterZ e suas incríveis batalhas com cara de anime

5 de fevereiro de 2018

Análise Arkade: Dragon Ball FighterZ e suas incríveis batalhas com cara de anime

Após muitos anos se aventurando na pancadaria em 3D, Goku e seus amigos receberam um novo e muitíssimo aguardado game de luta puramente 2D na forma de Dragon Ball FighterZ, produzido pela Arc System Works, uma das maiores produtoras de games de luta da atualidade! Então pegue algumas Sementes dos Deuses e venha com a gente conferir nossa análise completa do game!

Uma nova Saga dos Androides

Análise Arkade: Dragon Ball FighterZ e suas incríveis batalhas com cara de anime

Nos mangás e animes, atualmente Dragon Ball se encontra na fase Super, ambientada anos após o fim de Dragon Ball Z e contando novas histórias com novos e cada vez mais poderosos inimigos em uma briga que literalmente afeta todo o multiverso.

FighterZ está ambientado na fase Super, mais especificamente após a saga da ressurreição de Freeza, trazendo um velho conhecido de volta a vida junto de uma nova personagem e uma trama bem intensa. O modo história do game mostra o surgimento da Androide Nº 21, uma nova e misteriosa personagem que faz sua apresentação em meio a uma nova crise assolando a Terra.

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Clones dos heróis e vilões de Dragon Ball surgiram ao redor de todo o planeta e começaram a causa muita destruição. Além disso, os grandes vilões do passado: Nappa, Forças Especiais Ginyu, Freeza Cell ressuscitaram. E se isso já parece ruim, ainda fica pior: todos os guerreiros e vilões perderam seus poderes. E no meio de tudo isso está você, no controle de uma misteriosa alma humana que de repente se encontra dentro do corpo de Goku. Cabe agora a você a ajudar todos a recuperarem seus poderes através de intensas batalhas para botar um fim nesse novo perigo e desvendar os mistérios que envolvem a Androide Nº 21.

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Normalmente, games baseados em Dragon Ball possuem histórias bem simples: Sejam recriações das sagas da série Z, ou histórias originais mas simples como em Xenoverse 1 2. Mas aqui temos uma história muito interessante, a melhor história original de Dragon Ball que não faz parte dos mangás ou animes! Dividido em 3 diferentes arcos, focados em três grupos de personagens, o game conta diferentes histórias que apesar de paralelas entre si, mostram diferentes possibilidades dentro de um mesmo perigo: A nova Androide e os clones.

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Um dos pontos altos do modo história são as interações entre personagens. Escolhendo diferentes personagens para ir para as batalhas geram diferentes diálogos. Como por exemplo ao colocar Goku Vegeta para enfrentar Freeza. Gerando um diálogo em que os dois Saiyajins começam a discutir sobre quem vai lutar primeiro, fazendo Freeza perder a paciência e xingar e ambos. Além é claro de todas as cutscenes do game, simplesmente belíssimas e que parecem até cenas de anime.

 Lobby e modos de jogo

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Dragon Ball FighterZ funciona de forma semelhante com a série Xenoverse. Ao entrar no game, o jogador é colocado em um Lobby, uma pequena sala para até 64 jogadores simultâneos, onde todos podem interagir entre si, lutar uns com os outros e acessar os diferentes modos de jogo.

O modo história possui um funcionamento bem particular, ele funciona como uma espécie de jogo de tabuleiro. O jogador tem 20 movimentações que podem ser feitas nos mapas, com pontos interligados entre si contendo ou não eventos. Os eventos disponíveis são lutas comuns, tutoriais, missões de resgate, batalhas contra o Kid Boo e batalhas contra chefões. Esse modo é dividido em três arcos com 9 capítulos cada, e cerca de 15 mapas (tabuleiros cada).

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O objetivo é avançar pelas casas desses mapas até o chefão, que dará seguimento da história e abrirá um outro mapa. É um sistema simples, mas que pode se tornar cansativo bela grande quantidade de mapas e de inimigos em cada um deles. O jogador pode sempre pegar o caminho mais curto até o chefão, mas ao explorar tudo poderá habilitar novos lutadores para sua equipe, evoluir seus personagens e destravar novos diálogos.

Fora do modo história os outros modos de game são bem simples de ser acessados. Basta que você vá até os NPCs de cada área e conversar com eles. São ao todo 7 modos além da história: Loja, onde você gasta o dinheiro do game para destravar itens estéticos; Partida Mundial, em que você entra em batalhas casuais ou rankeadas online; Ranking, em que você acompanha os placares de jogadores ao redor do mundo todo; Partida Local, em que o jogador pode juntar mais amigos na frente da TV para se divertirem; Arcade, com desafios ao estilo torre, baseado no desempenho do jogador; Partida de Arena, em que os jogadores do lobby se enfrentam ente si; e Treinamento, com tutoriais e desafios de combos para cada personagem.

O último modo é o Partida de Ringue, habilitadas individualmente pelos jogadores para batalhar contra outros jogadores no Lobby, que falaremos sobre no próximo tópico.

Pancadaria online

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Dragon Ball FighterZ possui três tipos diferentes de batalhas online: Partida Mundial, Arena e Ringue. O modo mais fácil de se conseguir uma luta é na Partida Mundial, que é dividida em dois tipos: Partida Casual e Rankeada. Ao escolher um dos tipos de luta, você fica livre para andar pelo lobby até o game avisar que encontrou um adversário, restando apenas que ambos os jogadores aceitem a luta e caiam na porrada.

Os modos Arena e Ringue no entanto estão muito instáveis até o momento. O modo Arena acontece no centro do lobby, os jogadores formam um círculo na arena no meio do cenário e o game escolhe duplas para se enfrentarem, com vários combates rolando simultaneamente. E o no modo ringue um jogador abre um ringue com seu avatar no lobby, os jogadores podem então interagir com seu personagem e entrar em sua sala para batalharem, com capacidade para até 8 jogadores.

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O problema é que é muito difícil conseguir conexão nesses dois modos. Em minhas partidas no modo arena, já encontrei muitos jogadores esperando para batalhar, mas o game não me colocava contra nenhum deles. E quando conseguia, era sempre contra o mesmo jogador, de novo e de novo. E no modo ringue há o problema sério de “Nenhuma sala encontrada”. Ao tentar se conectar com outros jogadores, você interage com seus avatares e recebe essa resposta, o game não faz a conexão, mesmo que ambos estejam no mesmo lobby (pois é a única forma desses modos funcionarem).

Um problema do game é a dificuldade para que amigos joguem juntos. Não há como simplesmente convidar um jogador para uma batalha. A única forma disso funcionar é se todos estiverem no mesmo lobby e conseguirem se conectar através de um ringue ou arena, o que não está sendo muito viável com a instabilidade de se conectar em batalhas “locais” em lobbys.

Gameplay

Dragon Ball FighterZ é um game que diverte muito. Seu gameplay é bem simples e fácil de aprender, convidativo a todos os que não são muito fãs (ou muito bons) em games de luta. O sistema de lutas do game funciona com quatro tipos de golpes: Leves, Médios, Pesados e Disparos de Ki, contando com combos simples de apenas um botão.

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Os ataques especiais são feitos através das boas e velhas meia-luas, fáceis de se dominar e conectar com combos. Apesar de bem simples, o game também permite a criação de combos mais difíceis e elaborados, que misturam vários combos e golpes especiais diferentes, permitindo que jogadores mais experientes consigam criar combos que literalmente deixam os adversários sem ação.

Quanto mais se joga mais se aprende a fazer esses tipos de combos mais difíceis e principalmente a se defender deles, o que é essencial para as acirradas partidas rankeadas, onde o couro come com tudo:

Um grande foco do game está nos combos aéreos. De longe, os ataques mais perigosos que um jogador pode tomar são feitos no ar. Vários personagens podem usar ataques especiais no ar, incluindo seus ataques mais poderosos. Nas mãos de um jogador habilidoso, é possível criar combos insanos que tiram uma grande quantidade de vida.

O game usa um sistema de 3 x 3, semelhante a Marvel vs Capcom, permitindo que o jogador escolha três personagens diferentes para lutar, podendo chamá-los como assistência e até mesmo conectando seus ataques especiais em um verdadeiro show de luzes e explosões.

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O estilo de batalhas é diferentes de Street Fighter, Mortal Kombat e outras franquias de luta: Dragon Ball FighterZ tem um ritmo bem mais acelerado e explosivo, mas fácil de se aprender, ainda que só quem realmente se dedicar irá dominar as nuances de cada lutador.

Audiovisual

Com toda a certeza o melhor de Dragon Ball FighterZ é seu visual. A começar com os personagens, que usam o já conhecido sistema gráfico da Arc System Works, com personagens modelados em 3D (usando a sempre versátil Unreal Engine), e inseridos em um ambiente 2D.

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O resultado não deve nada aos melhores fighting games 2D de antigamente, e na verdade fica até melhor. De todos os games de Dragon Ball já criados, esse é sem dúvida alguma o mais belo já feito. Os personagens foram recriados a exatidão, tanto em seus visuais como em suas movimentações, idênticas às do anime.

As expressões faciais dos personagens são de longe as mais bem feitas em todos os jogos baseados na obra de Akira Toriyama. O game ainda recria fielmente várias cenas icônicas da série, se certas condições forem feitas. Por exemplo, ao se colocar Goku Freeza como os primeiros lutadores em uma luta, na arena de Namekusei, o game recria o momento da morte de Kuririn e a primeira vez que o Super Saiyajin aparece.

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O mesmo para Gohan contra Cell e muitos outros, tanto em introduções de lutas como em finalizações, como Nappa matando Yamcha com um Saibaiman, resultando naquela icônica pose de morte.

Um único ponto que pessoalmente acho estranho no visual do game está em suas cutscenes, essas cenas são feitas com os personagens vistos de perto, porém a forma de animação escolhida foi a mesma de animes 3D atuais, com movimentações de poucos frames que resultam em animações bem travadas.

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Não sou nenhum entendedor da indústria de animes de hoje em dia, mas sei que esse estilo tem sido muito criticado por causa de cenas horrorosas como no anime de Berserk. Pessoalmente, não gosto nem um pouco desse estilo travado na movimentação dos personagens.

Mas ao menos no que interessa, na hora das lutas, não há essa movimentação travada, e a pancadaria roda suave em 60fps constantes em todas as plataformas, e não faltam todas as explosões e exageros que são típicos dos animes!

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Na parte sonora o game também manda muito bem, com músicas que, apesar de não serem as do anime, são bem agitadas combinam com a pancadaria das batalhas. O game mantém todos os efeitos sonoros do anime, com sons de socos, de ataques com Ki e etc, essa combinação de visual e som faz parecer como se nós realmente estivéssemos “jogando” uma luta do anime.

Um ponto negativo é que infelizmente o game não possui dublagem brasileira. E ao se levar em conta que Dragon Ball Super já é exibido no Brasil com as vozes originais de seus personagens, é uma grande pena que os dubladores não foram envolvidos no projeto.

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Segundo a Bandai Namco, a razão disso foi falta de tempo para gravar essa dublagem, o que não faz muito sentido, sendo que o último game dos Cavaleiros do Zodíaco foi dublado. Vamos torcer para que em futuros games de Dragon Ball esse “defeito” seja corrigido, pois os fãs brasileiros pedem há muitos anos pela dublagem dos games por aqui!

Felizmente o game possui a dublagem original em japonês, a segunda melhor de todas (atrás é claro da icônica dublagem brasileira), salvando os jogadores de terem que encarar a sofrida e difícil de engolir dublagem americana do anime.

Conclusão

Análise Arkade: Dragon Ball FighterZ e suas incríveis batalhas com cara de anime

Dragon Ball FighterZ é sem dúvida alguma o melhor game de Dragon Ball já feito, conseguindo superar até mesmo Budokai 3 lá do Playstation 2, considerado por muitos (e por mim) como o melhor da série, até o lançamento de FighterZ. (Não está presente nessa comparação o clássico Legends do PS1, pois esse é um game transcendental e incomparável!)

Se você é fã de Dragon Ball, tem por obrigação jogar esse novo game, ele tem tudo para fazer com que qualquer fã da obra de Arika Toriyama se sinta extasiado enquanto joga e acompanha seu surpreendente modo história. E é também um game para qualquer fã de games de luta, em especial os fãs do trabalho da Arc System Works, que mandou muito bem nesse título e que por favor, trabalhem mais com a franquia no futuro!

Dragon Ball FighterZ foi lançado no dia 26 de janeiro com versões para PC, Playstation 4 Xbox One.

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Renan do Prado

Amante de Metal Gear, platinador de Soulsborne e exímio jogador online (quando o lag não atrapalha).

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