Análise Arkade – Dynasty Warriors Origins diverte muito com suas batalhas épicas de “um contra mil”

28 de janeiro de 2025
Análise Arkade - Dynasty Warriors Origins diverte muito com suas batalhas épicas de "um contra mil"

O Romance dos Três Reinos é uma peça importante da literatura mundial, pois traz ficção e um pouco de realismo em um momento muito interessante da história: o período dos Três Reinos, que durou entre os anos 220 e 280, após a queda da dinastia Han, onde hoje fica a China que conhecemos. O romance, que traz as lutas pelo poder por três clãs, é o pilar que guia a franquia Dynasty Warriors pelo longo dos anos, com seus inúmeros games, lançados para os mais variados consoles.

E, em Dynasty Warriors Origins, a Koei Tecmo junto da Omega Force, faz mais uma releitura do romance, mas desta vez tirando o foco principal dos protagonistas dos três reinos, e colocando o jogador na pele de um personagem original, que se vê em meio a tantas batalhas e buscas de alianças, para que ele possa escolher o lado que mais lhe interessa e, desta forma, ditar o seu próprio rumo em relação a vitória nos Três Reinos.

Confesso que conhecia vagamente a franquia e este foi o primeiro jogo o qual joguei para valer, do começo ao fim. E digo, sem problemas, que adorei a experiência, mesmo sem conhecer tanto o passado da série (o que farei a partir de agora) e adorando a tal experiência “Musou”. É realmente muito divertido ser um contra “cem, duzentos, ou mil”, e sair fatiando os inimigos como se não houvesse amanhã. Imagino que veteranos tenham outros pontos a abordar, mas como um marinheiro de primeira viagem, o estilo de jogo me agradou, e muito.

Especialmente quando as tropas estão organizadas para um assalto épico com direito a uma correria alucinante e berros de soldados sedentos por fatiar seus inimigos.

Análise Arkade - Dynasty Warriors Origins diverte muito com suas batalhas épicas de "um contra mil"

Mas vamos falar do game. No começo, pensava que era apenas isso, um jogo de sair fatiando os outros em missões focadas na ação desenfreada, mas logo fui entendendo que o jogo propõe muito mais do que isso. De uma forma um tanto “RPGzística”, temos um mapa para circular, onde “visitamos” cidades (na verdade só o acesso as configurações do game e lojas) e procuramos batalhas livres para upar nosso personagem. Mas também temos, nas batalhas principais, toda uma estratégia que deve ser a melhor possível para derrotar o inimigo.

Quer ir direto no líder para acabar com tudo rapidamente? É possível, mas o ideal mesmo é olhar o mapa, dominar as bases inimigas, repelir qualquer chance de contra-ataque pelos flancos e ir dominando o mapa até chegar no ponto central e, sem possibilidade de reforços, ver o nosso inimigo sucumbindo, pouco a pouco, pela nossa espada (ou qualquer uma das outras armas que o game oferece).

Pelo o que entendi ao conhecer os outros games Dynasty Warriors, Origins tem uma proposta de “reinício” da franquia, com combates um pouco mais “Souls” e menos “Devil May Cry”, o que faz, de fato, as lutas, especialmente com os líderes mais fortes dos exércitos rivais, serem mais estratégias e desafiantes. E divertidas. E, como mencionado, o enredo, um pouco mais profundo do que um jogo desta natureza pede, também foi muito bem vindo.

Nós jogamos com um protagonista que nada tem a ver com os três reinos, mas que é uma espécie de “testemunha da história” ao observar os três líderes aspirando suas conquistas, e desenvolvendo alianças, enquanto pedem pelo seu apoio. A sua escolha é que irá determinar, por exemplo, o fim do game, já que você poderá escolher um dos três líderes do game, para rumar até o final do jogo seguindo as suas filosofias e visões de liderança após seus triunfos.

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Se isso agrada ou não os veteranos da série eu não sei, mas eu gostei e achei interessante ver “de fora” a história dos Três Reinos, mesmo que a história de nosso próprio protagonista seja bem fraquinha e nada tem para contribuir no contexto geral do jogo. No entanto, é possível ver o esforço da Omega Force em ampliar neste contexto. Apenas tenho como reclamação o último capítulo, onde temos muita, mas muita conversa, bem comum em jogos orientais, do que ação. Mas nada que tire a sensação positiva que tive ao jogar o game.

Mas, de qualquer fato, é possível ver, ao acompanhar jogos passados da franquia, que Origins busca trazer novidades a uma franquia que, de acordo com os fãs, era um “mais do mesmo” há tempos. E o game, mesmo sem reinventar rodas, traz alguns elementos que valorizam mais o gameplay. Pois, se de fato o principal aqui é fatiar inimigos a todo momento, e derrotar cem, duzentos, mil, dois mil inimigos em uma batalha, ao menos também dá pra explorar o mundo do jogo, conversar com pessoas, descobrir mais sobre o universo do jogo e ter missões extras de aliados.

O único porém, para nós brasileiros, é que o jogo não está no nosso idioma, tendo que entender outros idiomas para uma boa imersão, o que atrapalha para quem quiser entender mais do enredo. Mas no geral, isso não atrapalha a campanha para quem só quer batalhar e batalhar.

Análise Arkade - Dynasty Warriors Origins diverte muito com suas batalhas épicas de "um contra mil"

As batalhas, embora envolvam o mesmo modo de se jogar, também variam, e isso é bem legal. Primeiro que você pode escolher e desenvolver sua arma favorita. E depois, é possível fazer muita coisa, como preparar esquemas táticos de ataque ou defesa, como montar uma barreira de proteção com soldados ou mandar uma cavalaria pra cima dos inimigos. Além disso, é possível melhorar talismãs que ajudam nas batalhas, e cumprir funções de batalha que podem ser um assalto a um castelo, uma retirada, uma proteção ou evacuação de pessoas de um vilarejo. Cada uma com um objetivo e um motivo de vitória ou derrota específicos.

Outra coisa legal, que eventualmente é possível fazer por aqui, é desafiar um líder no meio de uma batalha para um “X1”, quando o game vira um “jogo de luta”, onde a vitória aumenta mais a moral do seu exército e contribui para o sucesso da missão. A moral é elevada, também, ao cumprir pequenos objetivos que aparecem no meio da batalha, tomar bases ou vencer lideranças adversárias. Tudo em meio a combates que contam com toques estratégicos, como o uso de contra-ataques ou ataques especiais, que consomem pontos de bravura e servem para tirar energia ou desorientar o rival.

Isso faz com que o “aperte quadrado ou X” ainda seja essencial, mas com a ideia de somar combos e lutar de forma variada, com armas variadas, aprendendo como lidar com determinados tipos de inimigos da melhor forma possível, assim como Sekiro, ou até Ghost of Tsushima já fazem, porém de forma adaptada ao “Musou”. São pequenas novidades que foram implementadas em torno do jogo em si, não fazendo com que ele perca a identidade, mas sendo o suficiente para que deixe de ser um “mais do mesmo”, e traga novas propostas em seu gameplay.

Análise Arkade - Dynasty Warriors Origins diverte muito com suas batalhas épicas de "um contra mil"

Algumas coisas são legais, como estas ideias de combate, mas outras nem tanto, pois para upar no game, ganhar mais dinheiro e habilidades, é preciso cumprir pequenos desafios no mapa, com a “desculpa” de pacificar as regiões do game. No entanto, tais tarefas são repetitivas e genéricas, o que não se mostrou uma boa ideia para expandir o potencial do game. Mas, felizmente, vez ou outra aparecem missões mais robustas, estas sim que servem para extrair o nosso melhor no jogo.

E, se pudermos falar de visual, posso afirmar que Dynasty Warriors Origins é um jogo bem simples neste quesito. Não espere nada de especial em visual e na parte sonora, apesar de ter uma arte interessante, obviamente inspirada nos territórios e culturas de onde hoje existe a China. Mas não espere nada impressionante, já que o foco aqui é claramente o gameplay, e não a parte visual. Não impressiona, mas também não compromete. Talvez irrite apenas jogadores que são extremamente “desesperados” por aspectos gráficos, mas no geral é apenas um jogo simples em seu visual.

Análise Arkade - Dynasty Warriors Origins diverte muito com suas batalhas épicas de "um contra mil"

Como um marinheiro de primeira viagem, fiquei muito feliz de poder conhecer Dynasty Warriors, mesmo que tardiamente, em Origins. Não sou uma pessoa que está aqui para dizer que um jogo é recomendado ou não (um dos motivos pelos quais não damos notas por aqui), deixando para você, dentro de suas expectativas e preferências, dar o seu veredito final. Entretanto, como jogador, posso dizer para você que eu gostei muito da experiência. Esta coisa de “um contra mil” foi bem divertido e adorei cada batalha do game, em especial as disponíveis na campanha principal.

Como não sou uma pessoa “desesperada” por gráficos e coisas do tipo, estes elementos não me atrapalharam em nada, embora saiba que, para alguns, isso possa ser sim motivo de reclamação. Minha única reclamação, como já mencionei aqui, está na “muita conversa” do jogo, especialmente no seu fim, no enredo “fraquinho” do nosso protagonista e nas tarefas genéricas disponíveis no mapa. Mas que não tiraram, em nada, a diversão de curtir o game e aproveitar um game que, embora explore o que sempre explorou, os combates frenéticos, trouxe bastante novidades em seu gameplay, reproduzindo, dentro do contexto do game, um pouquinho de como eram as batalhas naqueles dias.

Resumindo: gostei muito de Dynasty Warriors Origins e, se você gosta do gênero, imagino que também poderá gostar do jogo.

Dynasty Warriors Origins já está disponível, para PS5, Xbox Series X|S e PC. A versão de PC, inclusive, pode ser comprada na Nuuvem, que são nossos parceiros e sempre oferecem games a preços e condições especiais.

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Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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