Análise Arkade: A mistura caprichada de Rock’n Roll Racing e MOBA de Heavy Metal Machines
Em tempos de criatividade no universo gamer, o Brasil continua oferecendo boas ideias, desta vez pegando dois elementos que parecem ser muito distantes, mas que unidos mostraram ser ótimos amigos. A mistura do gameplay clássico e nostálgico de Rock’n Roll Racing mais os modernos MOBAs, com seu universo de eSport e transmissões ao vivo, resultaram no divertido e caprichado Heavy Metal Machines.
Vale lembrar que jogamos a versão open beta do game e, embora muitas das ideias que fazem parte do jogo já estão lá, ainda há muita coisa para ser feita, fazendo assim com que o jogo possa sofrer algumas mudanças até o seu lançamento final, combinado?
Desenvolvido pela veterana Hoplon, que esteve por trás do vanguardista Taikodom, e mais recentemente, do jogo dos Irmãos Piologo, o jogo conta uma história pós-apocalíptica, em que os habitantes que restaram no planeta sobrevivem apenas sob a lei da loucura e do Heavy Metal. Com isso, o mundo ganhou um novo meio de resolver seus problemas: em uma arena em que carros precisam destruir uns aos outros, tal qual acontece em Mad Max, ou, no sentido da destruição, em Destruction Derby.
Tal história já leva o jogador direto para o mundo da nostalgia, pois, mais 16-bit do que isso, impossível. O “enredo”, que cabe aqui mais como uma justificativa para visuais e gameplay, já consegue chamar os jogadores mais velhos para uma partidinha, mesmo sem muita intimidade com o jeito MOBA de se jogar, mas com forte identidade e uma mecânica de jogo bastante caprichada.
Tudo isso com um visual bastante caprichado, fazendo mais uma vez a mistura de gêneros: temos em Heavy Metal Machines um pouco do visual de Rock’n Roll Racing, com seus carros exagerados, cheios de proteções e armas de ataque, mas com os detalhes de um MOBA, como placares, cores de identidade dos times e cenários caprichados e, com uma coisa que ambos os games tem em comum: a visão isométrica. E, como todo bom MOBA que se preze, o jogo consegue rodar bem até em computadores mais antigos, sendo acessível e oferecendo mais uma boa opção de jogatina online.
O gameplay, obviamente, bebe muito da fonte de League of Legends ou de Heroes of the Storm, ao colocar competidores em uma arena para combater, mas oferece um gameplay muito mais simplificado, talvez para não assustar tanto assim os jogadores que baixaram o jogo apenas pela sua cara retrô. Ao invés de chegar em primeiro lugar pelas pistas isométricas do game, temos um combate de 4v4 em que é preciso pegar uma bomba e explodir na fonte do adversário. Ao invés de tomar bases, o objetivo aqui é explodir em uma melhor de cinco as fontes dos times, ganhando quem tiver sucesso três vezes na partida.
Só isso já garante a Heavy Metal Machines um gameplay mais frenético do que os outros games do gênero, mas em nenhum momento a estratégia fica de lado. Os carros são variados e contam com atributos próprios, o que faz o jogador acabar escolhendo um carro em específico e treinar nele, para obter vantagens sobre os demais, aproveitando seus pontos fortes e protegendo os fracos. Com isso, temos uma arena bem feita e caprichada, que não assusta jogadores novatos, nem os que gostam deste gênero.
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Os controles também fazem um bom papel por aqui. Seja pelo combo teclado + mouse, ou por um controle, tudo funciona de maneira simples e divertida. Como falamos anteriormente, a simplicidade de um gameplay em um gênero tão complexo como o MOBA é uma das cartas fortes do jogo, sendo amplamente acessível, e também passível de um treino com uma opção especial oferecida pelo jogo.
Heavy Metal Machines está de graça na Steam, oferecendo ao jogador a opção de realizar compras dentro do jogo, para vários itens in-game.
Junior Candido é editor do Arkade e você pode seguí-lo no Twitter.