Análise Arkade: Hidden Through Time é o “Onde Está Wally?” do mundo dos games
Lembra dos livros da série Onde Está Wally? Estes clássicos marcaram a infância de quem cresceu nos anos 90 e nos colocava para examinar páginas “poluídas” de ilustrações em busca do personagem que dá nome à obra e sua turma.
Pois bem, se você sente falta deste tipo de atividade lúdica que exercita tanto a visão quanto a concentração, vai gostar de saber que acaba de ser lançado um game com a mesma temática: o simpático Hidden Through Time!
Busca histórica
Hidden Through Time é essencialmente, um Onde Está Wally? (não licenciado) para videogames: o jogo nos levas por um passeio por diferentes momentos da história — do tempo dos dinossauros ao Velho Oeste, passando pela era medieval — e cada fase é um imenso diorama repleto de elementos, no qual devemos encontrar uma série de itens escondidos.
Não tem muito segredo, nem o que falar: simplesmente passeie pela tela, esquadrinhando cada detalhe em busca dos objetos/criaturas que estão listados no rodapé da página. Aproxime a câmera para poder avistar coisas muito pequenas (como ovos ou chaves que, sim, fazem parte dos objetivos) e boa sorte!
Onde Está Wally? teve um desenho animado nos anos 90 que se comportava basicamente da mesma maneira: uma imagem recheada de elementos surgia na tela, e o espectador tinha um tempo cronometrado para encontrar Wally no meio daquela bagunça.
Aqui a coisa é um pouco mais light: por mais que tenhamos diversos objetivos em uma mesma fase, não há timer, você leva o tempo que quiser. Além disso, se algum desafio estiver muito cabeludo, você pode colocar o cursor sobre o objeto em questão (no rodapé da tela) para receber uma dica. É bacana que as dicas não entregam de bandeja os objetivos: são textinhos um tanto enigmáticos, que dão um panorama geral de onde pode estar aquele objeto.
A interatividade que só os videogames podem oferecer
Outro detalhe interessante, que é impraticável em um livro ou desenho animado, é o fator interativo. Tudo em Hidden Through Time se move ou emite algum som. Clicar nos objetos e criaturas para ver o que essa interação gera é um detalhe que concede um charme extra ao game, e também expande as possibilidades de gameplay de maneiras bem criativas.
Por exemplo: há muitos objetivos que estão escondidos dentro de cabanas, casas e outras construções. Ao clicar sobre elas uma vez, um recorte nos permite ver o interior daquele ambiente e (quem sabe) encontrar um dos objetivos.
Indo ainda mais longe: em determinada fase, eu precisava encontrar uma escultura de pedra, mas ela não estava em absolutamente lugar nenhum. Havia um grupo de escultores em um canto, e o objetivo definitivamente tinha que estar por ali. Após quebrar a cabeça um pouco, descobri que, ao clicar repetidas vezes nos blocos de pedra diante dos artistas, era possível “esculpir” o bloco, e um deles acabou tornando-se a escultura! Criativo, né?
E, já que estamos falando de interatividade, não podemos deixar de mencionar o robusto Editor de Mapas do game, que permite que os jogadores criem suas próprias fases e compartilhem com outros players online.
O jogo mal saiu e já temos centenas de opções, o que sem dúvida deve manter a comunidade ativa.
Conclusão
Esta análise acabou ficando meio curta, mas é só porque Hidden Through Time é um jogo que vai direto ao ponto: não há história, nem sidequests, nem nada do tipo. Acho que ele talvez seja mais um passatempo do que um jogo propriamente dito, mas isso não o torna menos interessante.
Então, vamos ao veredicto, tão sem enrolação quanto o game em si: se você curtia Onde Está Wally? e está em busca de algo que estimule sua concentração, Hidden Through Time é uma ótima pedida. Só não espere nada muito elaborado, pois ele é exatamente o que você pode ver nas imagens acima (e no vídeo abaixo):
Hidden Through Time foi lançado em 12 de março, e está disponível para PC, Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch. O game possui menus e legendas em português brasileiro.