Análise Arkade – Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe

18 de fevereiro de 2025
Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe

Quando você acha que a série Yakuza não conseguiria inovar mais, vem a Sega e anuncia Like a Dragon: Yakuza Pirates in Hawaii, uma nova aventura com temática e mecânica nunca antes vistas na série!

Pirate Yakuza é um jogo de ação e aventura que mistura beat ’n up e hack ’n slash com elementos bucaneiros — tudo dentro da já testada e aprovada fórmula de mundo aberto da série Yakuza.

O jogo conta uma nova história para a série Like a Dragon, foi desenvolvido pelo estúdio Ryu Ga Gotoku e conta com o produtor Ryosuke Horii — que trabalhou em diversos jogos da série Yakuza e Like a Dragon — e será lançado pela Sega para PlayStation 4, PlayStation 5, Steam e Xbox Series S/X no próximo dia 21.

O jogo é um spin-off: seus eventos ocorrem 6 meses após o final de Infinite Wealth. A ideia aqui é aproveitar o mapa do Havaí criado para Infinite Wealth para nos contar uma nova história de mistério envolvendo um tesouro lendário e as memórias perdidas do protagonista Goro Majima.

Um tesouro e um homem sem memórias

O jogo começa com o nosso protagonista, Goro Majima, acordanndo em uma ilha, em meio a destroços de um naufrágio. Um jovem habitante, Noah, salva sua vida, porém, Majima desperta sem lembrar-se de nada — nem mesmo de seu próprio nome. As únicas pistas sobre seu passado são a tatuagem que ele tem em suas costas e sua adaga (Tanto).

Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe

De repente, bandidos que parecem saídos diretamente da era das Grandes Navegações aparecem. Depois de lidar com a ameaça e tomar o navio para si, Majima decide embarcar em uma aventura em alto-mar para recuperar suas memórias e ajudar o jovem Noah a realizar seu sonho de conhecer o mundo.

Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe

Contudo, rumores de um lendário tesouro agitaram as águas em volta do paraíso sem lei conhecido como Madlantis. Isso, obviamente, vai resultar em treta. Assim, Capitão Majima e sua tripulação vão mergulhar com tudo em universo de pólvora, rum e pirataria.

O mundo

O mundo de Pirate Yakuza in Hawaii conta com diversos locais exploráveis: além da ilha inicial, temos Madlandis, que é um local onde a pirataria reina, Honolulu, onde iremos encontrar pessoas para fazer parte de nossa tripulação, e a Ilha Nele, onde boa parte da história se desenrola.

Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe
O mapa é subdividido com uma área principal e o restante para explorar.

Além da exploração o game oferece diversos passatempos como mini-games para descontrair, seja, karaokê, sinuca, fliperamas até corridas de Kart, elementos bem característicos da série Yakuza. Mas fique tranquilo que nenhum deles interfere no avanço da história principal. Existe até um emulador de Master System dentro do jogo! Não precisavam colocar, mas está lá, e é bem nostálgico!

Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe
Existem cartuchos para serem comprados nas lojas da cidade, então fique de olho.

Batalhas navais e exploração dos mares

Como havia dito, o jogo separa mapas para serem explorados, neles temos um local principal para a história e o restante do mapa é para batalhas navais e exploração de ilhas em busca de tesouros. Conforme avançamos e exploramos conseguimos liberar mais locais (mapas).

Onde você imaginaria pilotar um navio pirata com nitro e canhão a laser

As batalhas navais do jogo são mais simples que outros jogos que exploram essa temática (tipo Assassin’s Creed Black Flag ou Sea of Thieves), mas são muito divertidas e são essenciais para o avanço da própria história, pois temos um ranking que subirá somente quando fazemos ações relacionadas a essa nova mecânica.

Um combate frenético e uma tripulação de arrebentar

A jogabilidade em Pirate Yakuza in Hawaii é um pouco diferente dos seus antecessores (Like a Dragon e o Infinite Wealth). Aqui temos uma pegada mais ação, com ênfase na pancadaria estilo Hack’n Slash e Beat’n Up. Enquanto exploramos os mapas do jogo, podemos encontrar pessoas que estarão dispostas a nos enfrentar, então teremos que estar preparados para essas lutas.

Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe

Existem dois estilos de luta: o modo Cachorro Louco é o estilo próprio do protagonista com um combate mais ágil e foco em velocidade e agilidade. Já o modo Cachorro do Mar é um estilo de luta mais “pirata”, em que Majima utiliza espadas curtas e ferramentas bucaneiras para um combate mais dinâmico. Há também movimentos especiais para cada estilo, com direito a clones e invocações dos deuses sombrios.

Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe
Um dos 4 deuses sombrios que adquirimos durante o jogo.

Além disso podemos alternar entre os dois estilos livremente durante as lutas, o que dá mais dinamismo às lutas e permite que o jogador crie um estilo próprio. Diferente da série anterior, que era um RPG por turnos, e também da série inicial, que era um pouco mais engessadas e formulaicas na parte das lutas. Em Pirates in Hawaii, os combates são tão fluidos que quase lembram um jogo tipo Musou.

O Coliseu dos Piratas

Se quiser colocar à prova tudo o que você pode fazer em Yakuza Pirates in Hawaii, o lugar é o Coliseu dos Piratas. Lá teremos desafios mais elaborados de batalhas navais e encontros de tripulação. Se você quiser um local para melhorar seu navio, é no Coliseu que você vai querer passar um tempo.

Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe
Elas são divididas por ranking então quanto maior o prémio maior é a dificuldade.

No Coliseu, as batalhas podem seguir em sequência e é um ótimo lugar para aprender a lidar com inimigos mais poderosos. Aprender a escolher a tripulação ideal para cada tipo de situação também ajuda.

Uma prévia de como é um dos modos de batalha do Coliseu

Audiovisual

Yakuza Pirates in Hawaii ainda utiliza o mesmo motor gráfico dos últimos jogos da série, o que faz dele um jogo belíssimo e sólido. As telas de carregamento são rápidas e o jogo não tem queda de desempenho em praticamente nenhum momento, mesmo em consoles da geração anterior como o PlayStation 4. Além disso, ele já conta com um aprimoramento de desempenho para PS4 Pro e PS5 Pro.

Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe

Uma coisa que chama a atenção é como que vários NPCs no mapa conseguem ser distintos um dos outros (principalmente os que estão relacionados com a história, claro). É um capricho e tanto, visto que em vários jogos de mundo aberto isso não é tão recorrente, pois vemos muitos NPCs iguai transitando pelas ruas.

Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe

O jogo trás uma seleção de músicas re-arranjadas de outros Yakuzas além de diversas faixas de outros jogos da própria Sega, ou distribuídos por ela (incluindo títulos recentes, como Metaphor ReFantazio). São diversas músicas que podem ser compradas nas lojas, o que vai deixando a “playlist” muito mais variada e nostálgica.

Análise Arkade - Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, a inusitada mistura de Yakuza com Piratas do Caribe
Podemos criar um lista personalizada das músicas que mais gostamos

A dublagem é um show a parte: além de você ter mais de uma opção, ela são bem trabalhadas, com ótimas atuações. Eu joguei com o áudio original (japonês) e foi bem imersivo, uma vez que a sincronia labial e de interpretação é excelente.

Conclusão

Like a Dragon Yakuza Pirates in Hawaii é uma emocionante, hilária e descontraída história bucaneira protagonizada pelo amado Goro Majima. É um jogo que pega a premissa de Yakuza e mistura com Piratas do Caribe — e, pasme: essa mistura funciona muito bem!

Ainda que o game não explore tão a fundo a temática pirata, ela chega como um adendo interessante, que acrescenta elementos muito divertidos à experiência. As batalhas navais são bem divertidas e a exploração em alto-mar é gratificante e rende ótimas recompensas.

É um jogo que aproveita “o mapa” construído para o jogo anterior para contar uma história mais leve e descompromissada. Isso é bom especialmente porque não exige que você tenha conhecimento prévio da série.

Muito pelo contrário: Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii poderá ser uma excelente porta de entrada para muitos que queiram começar a se aventurar pela série Yakuza e conhecer seus personagens icônicos. É um spin off, sim, mas tem relevância narrativa e, mesmo com suas maluquices, se encaixa bem na série. E ele também não será o último da franquia.

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii será lançado dia 20 de fevereiro para Steam e no dia 21 para PlayStation 4 (versão analisada), PlayStation 5 e Xbox Series S/ X. O jogo conta com dublagens em japonês, chinês e inglês e legendas em vários idiomas, inclusive o nosso português brasileiro.

Comente nas redes sociais