Análise Arkade: A repetitiva guerra de He-man, G.I. Joe e Unicórnios em Toy Soldiers – War Chest

27 de agosto de 2015

Análise Arkade: A repetitiva guerra de He-man, G.I. Joe e Unicórnios em Toy Soldiers - War Chest

Se você brincava com seus bonequinhos quando criança, é hora de relembrar estes momentos com Toy Soldiers: War Chest. Confira nossas impressões com os bonecos nesta análise.

Lançado no início de Agosto para as plataformas PC, Xbox One e PS4, Toy Soldiers: War Chest é um tower defense da Ubisoft que conta com o diferencial de ter produtos licenciados da Hasbro: He-Man, Cobra, G.I. Joe além de… Assassins Creed.

Testamos a versão Hall of Fame para PC.

Vida de brinquedo

A premissa do game é simples: Você controla um dos exércitos disponíveis e defende sua base do inimigo seja criando turrets ou mesmo controlando heróis após ganhar pontos suficientes para tal. A campanha possui fases com história bem simples mas bem-humorada, com destaque para os loadings e narrações.

Análise Arkade: A repetitiva guerra de He-man, G.I. Joe e Unicórnios em Toy Soldiers - War Chest

Torres com super bonder

A parte de tower defense é bem simples: Você possui 3 tipos de turrets (e mais uma montaria aérea, que dura bem pouco) que poderão ser criados (Contra infantaria, blindados e veículos aéreos) com 3 tipos de upgrades a serem feitos (ataque, defesa e alcance). Destes 3, a única diferença entre os turrets dos diferentes esquadrões é a skin (que são visualmente muito legais), então não se anime com o fato de seu turret ter virado um caminhão, pois você não irá dirigi-lo.

Uma questão que torna o game muito simples são as posições que você deve alocar os turrets são fixas no mapa, fazendo cair (e muito) o quesito estratégia, pois em tower defenses básicos, a posição dos turrets é peça-chave e deve ser muito bem pensada para o sucesso de sua batalha.

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Heróis de plástico

O principal diferencial do game está na utilização dos heróis: Ao adquirir uma quantidade x de pontos em um combo de tropas inimigas derrotadas, seu herói é liberado para ser controlado, podendo circular livremente pelo cenário, apoiando suas tropas. Ou quase isso.

Isso me faz lembrar de quando anunciaram Borderlands 2, comentando que seria possível utilizar duas armas. Mesmo sendo com apenas um herói (Salvador), achei incrível a idéia, e já pensei em pegar uma shotgun com ácido e uma metralhadora com fogo. Ao jogar, descobri que utilizar as duas armas era uma questão de habilidade especial, e durava pouco. Bem pouco.

Esse é o mesmo sentimento que tive em Toy Soldiers: Inicialmente acreditava que a utilização dos heróis seria livre, que eu utilizaria o Cobra para matar o He-man do outro time, e que seria muito legal. O que acontece não é tão diferente da expectativa, acredite, mas dura pouco. Bem pouco.

Ao atingir os pontos necessários, o seu herói é liberado, mas ele tem cerca de um minuto de vida, que pode ser estendido, caso você encontre baterias no território que o alimentem. Outro ponto é de que os controles do personagem são um pouco limitados e apesar de poder circular pelo campo, o personagem não pula, e não dificilmente você se encontra trancado em uma trincheira.

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Mãe, me dá um DLC?

O pacote padrão possui 4 esquadrões: Kaiser Wilhelm, baseado no exército alemão da Primeira Guerra Mundial; Starbright possui tropas fofinhas com unicórnios, ursinhos, muitas cores e arco-íris; Phantom (um dos mais legais) com um exército espacial de mechas, lasers e canhões e por fim Darklord, com dragões, cavaleiros malvados e monstros.

Você deve estar se perguntando: “Mas espera aí, e o He-man? E o Cobra?”

Então, amigo. Sem DLC, sem produtos licenciados.

Você precisa comprar um pacote (que custa os a mesma bagatela que o jogo standard) ou adquirir a versão Hall of Fame (que custa a mesma quantia do game padrão + pacote, sem descontos) para poder jogar com os esquadrões do G.I. Joe, Cobra, He-man e Assassins Creed.

Conclusão

O game Toy Soldiers: War Chest é um tower defense simples, que oferece poucos recursos para estabelecer um fator replay sólido, e necessita de uma versão mais completa (de custo maior, claro) para proporcionar o diferencial de utilizar heróis conhecidos, apesar de serem basicamente os mesmos personagens com skins diferentes.

O visual é interessante, os sons são legais, mas a falta de músicas durante as batalhas acaba tornando a tarefa de controlar turrets e mirar em centenas de soldados um pouco maçante, não atraindo a atenção por muitas horas.

A falta de liberdade para posicionar seus turrets acaba quebrando o fator mais estratégico dos tower defenses, e torna o jogo ainda mais estático, apesar de possuir montarias interessantes, mas que duram tão pouco quanto os heróis.

Análise Arkade: A repetitiva guerra de He-man, G.I. Joe e Unicórnios em Toy Soldiers - War Chest

Com um conceito interessante e personagens conhecidos, o game poderia proporcionar mais liberdade para o jogador, libertando os heróis de um tempo pré-estabelecido (talvez tendo um tempo de respawn após a morte?) tornando as batalhas mais dinâmicas do que basicamente apenas aguardar pelos adversários e defender sua base.

Divertido, mas previsível e pouco variado, Toy Soldiers: War Chest ainda necessita da não-tão-útil UPlay para rodar no PC. É uma boa idéia que precisa ser trabalhada com mais diversidade para manter o jogador atraído até o final.

O game foi lançado dia 11 de agosto e já está disponível para PC, Xbox One e PS4.

Joao Bonorino

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