Análise Arkade: Company of Heroes 3 e suas intensas batalhas em duas campanhas

4 de agosto de 2023
Análise Arkade: Company of Heroes 3 e suas intensas batalhas em duas campanhas

No final do ano passado nós publicamos um preview de Company of Heroes 3, após jogarmos um pouquinho de suas duas campanhas single player, podendo conhecer bem o seu gameplay.

Agora, com o game enfim lançado e tirando mais um tempo para jogar, reaprender e explorar mais de seus conteúdos, é hora de conversarmos sobre como o game acabou se saindo. Então, acompanhe aí a nossa análise!

Contextualizando

Análise Arkade: Company of Heroes 3 e suas intensas batalhas em duas campanhas

Antes de seguirmos adiante, é importante falar, que, como já falamos extensivamente do gameplay de Company of Heroes 3 em nosso preview, focarei menos em “explicar” esse quesito, e mais nas diferenças entre o preview e o game final.

Além disso, comentarei um pouco mais do funcionamento da campanha dinâmica italiana, bem como um pouco mais da história das duas campanhas. Ou seja, essa análise focará em expandir o que já abordamos em nosso preview, até para não fazer um texto muito repetitivo. Sendo assim, bora lá!

As duas campanhas single-player

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O grande diferencial de Company of Heroes 3 em relação a seus antecessores é a presença de duas campanhas single-player completas, uma com um estilo tradicional, em que avançamos de missão em missão, e a outra, chamada de “campanha dinâmica”, em que jogamos de duas formas distintas: conquistando o mapa e através das tradicionais batalhas em RTS.

Vamos falar primeiro da campanha tradicional, ambientada na África do Norte, baseada em eventos reais que aconteceram no Líbano e no Egito. Nessa campanha vemos uma história sendo contada por dois pontos de vista: Os jogadores controlam a Deutsches Afrikakorps, uma divisão do exército alemão que está combatendo o exército britânico na região. E durante as cutscenes no início e fim de cada missão, vemos a perspectiva da população local, vítima de ataques de ambos os lados, tendo seus homens e até crianças sendo arrastados para a frente de batalha.

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Essa campanha segue o formato padrão da série Company of Heroes, em que você joga missões em sequência, cada uma com seus próprios objetivos, seja conquista de territórios, defesas, etc. Em cada missão, você controla um grupo fixo de soldados e veículos, tendo que gerenciá-los muito bem para chegar até o final com força suficiente para vencer as batalhas.

Esse é como se fosse o modo “introdução” ao game, em que o jogador aprende os fundamentos de gameplay, como gerenciar tropas, todos os comandos e até mesmo aprende a usar táticas para vencer as batalhas.

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E então, temos a campanha dinâmica na Itália. Essa campanha é quase como uma versão 3D do jogo de tabuleiro War, falando de forma superficial. Você controla uma divisão do exército dos Aliados, que é comandada por pelo General Norton da Inglaterra e pelo general Buckham dos Estados Unidos que definitivamente não se bicam. Sua missão é: marchar até Roma e libertar a Itália dos exércitos nazistas e fascistas.

A diferença dessa campanha dinâmica e da campanha tradicional é que aqui você deve gerenciar suas tropas dentro e fora de batalha. A guerra começa com seu exército desembarcando no sul da Itália, e a partir daí, você deve ir avançando gradualmente, libertando e conquistando cidades, expulsando os exércitos inimigos e recrutando aliados, em especial um grupo de resistência formado por cidadãos italianos vítimas da guerra, liderados por Eleonora Valenti.

Você joga esse modo em turnos. A cada turno você move suas tropas e realiza ações com eles, podendo fabricar novas tropas em certas bases. Após encerrar seu turno, os exércitos inimigos fazem seus movimentos, e assim segue. Esse modo demanda muita estratégia por parte do jogador, principalmente conforme você avança pelo mapa, pois precisa não apenas conquistar territórios, mas estar preparado para ser atacado. Assim, você precisa aprender na prática a prever as ações inimigas e como responder a elas.

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Além disso, a campanha dinâmica oferece uma história baseada em decisões. Os três comandantes que você terá de lidar possuem opiniões e visões diferentes da guerra, e a todo momento exigirão que você tome alguma decisão. Por exemplo, o comandante americano vai querer atacar o inimigo de frente conquistar territórios com máxima velocidade, enquanto o britânico sugerirá conquistar o litoral primeiro, para ter acesso a portos, o que permitirá o desembarque de novas tropas. E você deverá decidir o que fará primeiro.

No começo a tomada de decisões é simples, mas conforme você avança, vai ficando cada vez mais complicado, pois suas decisões agradarão um e desagradarão outros, o que altera um pouco o rumo da narrativa, mas principalmente afeta a evolução da relação com esses três comandantes. Quanto mais sua relação avança com cada um deles, você desbloqueia novos perks para usar no game, seja poder convocar novos tipos de tropas e veículos, desbloquear habilidades novas, e muitas outras vantagens.

Use bem a cabeça ao jogar, pois tanto dentro do campo de batalha, quanto fora, suas decisões importam, e batalhas perdidas não significam game over, mas sim a perda de tropas e recursos que diretamente afetarão a força de seu exército.

Indo para o campo de batalha

Como já comentamos bastante sobre o gameplay de Company of Heroes III em nosso preview, vou resumir um pouco essa parte, mas com foco nas melhorias vistas presente na versão completa do game.

O game é composto por batalhas em que você precisa cumprir certos tipos de missão, em geral sendo missões de conquista e destruição de alvos. Cada mapa é dividido em várias áreas com bandeiras, que ambas as equipes precisam conquistar tanto para expandir seus territórios quanto para acumular recursos usados na fabricação de novas tropas, veículos, upgrades, edificações e etc.

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Sendo assim, e como em qualquer RTS que se preze, a relação entre unidades e território é importantíssima. Cada bandeira conquistada produz algum tipo de recurso ao longo do tempo, e algumas dessas bandeiras podem ser convertidas em barracas médicas, permitindo que você cure suas unidades e estabeleça um novo ponto de recuo, caso suas tropas estejam sob fogo pesado e precisem se recompor.

A construção de tropas não é algo livre. Além do custo de recursos e da necessidade de você ter espaço em seu exército para a criação de novas tropas, certas construções demandam que você desbloqueie upgrades e, principalmente nas duas campanhas, atinja certo ponto na missão, em que novas tropas e construções tornam-se disponíveis para você.

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Sendo assim, esse não é um game em que você conseguirá substituir suas tropas derrotadas com total rapidez e facilidade, pois a demanda por recursos é alta. Ao jogar, tenha em mente que a durabilidade de suas tropas é importante. Perder soldados e veículos é genuinamente custoso.

Mas, para lhe dar uma vantagem nas batalhas, você pode ativar algumas habilidades especiais utilizando as teclas F, que permitem convocar algumas tropas especiais mais fortes, e outras habilidades, que usam pontos de comando, obtidos ao cumprir certos requisitos, que permitem que você convoque bombardeios aéreos, barragens de mísseis de navios de guerra e etc.

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Em relação ao preview, a versão completa de Company of Heroes III apresenta mais opções de quality of life para gerenciamento do campo de batalha, deixando tudo, mais acessível e fácil de aprender, apesar de não diminuir a complexidade de seu hud .

Inclusive, uma das principais adições deste game é a pausa tática. Apenas nos modos campanha, você pode apertar a barra de espaço e pausar toda a ação. Isso permite que você estude o campo de batalha com calma e dê ordens a suas tropas, que serão executadas em sequência imediatamente após a pausa ser desativada.

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Não há muito segredo em relação ao gameplay, talvez você leve um tempinho para aprender tudo (felizmente os tutoriais são bem completos), mas quando pegar o jeito, tudo fluirá naturalmente, desde execução de ordens básicas como atacar e recuar, até ações mais estratégicas, como posicionar snipers dentro de prédios, posicionar minas terrestres, capturar metralhadoras e canhões estacionários. Posicionar veículos para disparar barragens de mísseis e, é claro, a melhor forma de usar os muitos tipos de tanques de guerra disponíveis.

Audiovisual

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Company of Heroes III é um game bem bonito, com muitos detalhes em seus cenários e principalmente impressionando com seu nível de destruição. Seja ao abrir crateras no chão quando alguém passa por uma mina, derrubar muros e casas ao passar com um tanque de guerra diretamente por eles, ou até mesmo bombardear edificações inteiras até virarem poeira e entulho.

As partículas de fumaça, terra e fogo, geradas por explosões e disparos de armas de fogo são muito bem feitas, deixando as batalhas bem mais intensas e divertidas. Um exemplo disso é disparar bombas de fumaça para bloquear a visão inimiga, gerando fumaça e sombras nas áreas alvo.

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A parte sonora também é magnífica. Seus sons de tiros, veículos e explosões são muito bem feitos, criando uma atmosfera bem intensa para as muitas batalhas que você travará.

Todo o game é localizado em português brasileiro em seus menus e legendas, com um excelente trabalho de localização. Já nas vozes, temos a predominância do inglês, mesmo se estivermos controlados tropas alemãs ou italianas, as duas outras principais nações presentes no game.

Conclusão

Análise Arkade: Company of Heroes 3 e suas intensas batalhas em duas campanhas

Company of Heroes III é um game divertido, bastante estratégico e fácil de aprender, sendo um prato cheio para qualquer fã de RTS. Suas duas campanhas single player entregam horas de conteúdo, além de serem uma excelente forma de aprender a jogar.

E, a partir daí, há o multiplayer online com todo o caos de suas batalhas, com a possibilidade de jogar em diferentes modos cooperativos e competitivos. Por eu não ter muita experiência com a série, é difícil julgar suas particularidades e diferenças em relação a seus anteriores. Mas, como uma primeira experiência com Company of Heroes, este terceiro game é uma ótima porta de entrada.

Company of Heroes 3 está disponível para PC, Playstation 5 e Xbox Series X/S.

Renan do Prado

Amante de Metal Gear, platinador de Soulsborne e exímio jogador online (quando o lag não atrapalha).

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