Brasil nos games: veja games que tem cenários ou personagens brasileiros
O Brasil é um dos países que mais jogam videogame. E isso não é de hoje. Desde quando os games começaram a se popularizar no país, nos anos 80, muita gente por aqui, em consoles e arcades, nutriram um amor que faz com que os brasileiros sejam reconhecidos como um dos mais fanáticos no mundo. Comunidades e mais comunidades são geradas, desde então, entre vários games e consoles.
Assim, somos também muito bem representados nos videogames. Desde aquela visão “arcaica” de selva, até passando por representações dignas de novela das oito, vamos ver juntos alguns games nos quais o nosso Brasil é representado. Lembrando que não é um “top 10”, e falaremos de jogos que tem o Brasil como cenário, ou personagens brasileiros. Assim, não estamos falando de melhores ou piores, combinado? Então, vamos lá:
Max Payne 3
O último game da série de ação Max Payne tem sua história ambientada quase que totalmente no Brasil (salvo alguns flashbacks), mais precisamente em São Paulo. O game mostra uma representação interessante de São Paulo, com terminais de ônibus, viaturas policiais, estádios de futebol e até favelas com bailes funk. Todo paulistano se identifica bem com o game durante a ação.
Overwatch
Um dos games de maior repercussão dos últimos tempos, nós temos a honra de ter um brasileiro ente seus heróis. Estamos falando de Lúcio, um dos suportes do game. Lúcio cresceu em uma família pobre numa favela do Rio de Janeiro e usava sua música para alegrar todos aqueles ao seu redor. Mas quando a Corporação Vishkar domina o lugar sob a promessa de melhorar as vidas de todos, mas fazendo exatamente o contrário, ele rouba a mesma tecnologia sônica que a Vishkar usava para oprimir seu povo e usa contra ela própria.
Valorant
Já que falamos de Overwatch, nada mais justo que falar de Valorant e aqui estamos, vamos comentar da Raze, uma agente brasileira de sotaque baiano que conquistou a comunidade. Raze é uma especialista muito forte e contém explosivos, capaz de utilizar os mais diferentes tipos de bombas e lança-granadas para atacar seus inimigos.
Tekken 3
O famoso Tekken é um série de jogos de luta da Bandai Namco. E no terceiro game da série, lançado nos arcades em 1997, um certo “Gordo” conquistou de vez a comunidade brasileira. Trata-se do lutador de capoeira Eddie Gordo, que lutava com calças nas cores de nossa bandeira.
O personagem fez um imenso sucesso, e não só entre os brasileiros, por contar com um gameplay único e muito diferente dos lutadores de sua época. A desenvolvedora curtiu tanto a ideia, que, em 2001, introduziu outra capoeirista brasileira, Christie Monteiro.
Street Fighter
Se Tekken tem brasileiros no elenco, os World Warriors também contam com lutadores “verde e amarelos”. É impossível não falar de personagens brasileiros e esquecer do Blanka, de Street Fighter 2. O personagem, que sofreu mutações após sofrer um acidente e cair na selva amazônica, conquistou o público com seus ataques elétricos.
Anos depois, em Street Fighter V, foi a vez de Laura levar mais verde-amarelo para o game. Usando também verde e amarelo, a lutadora, que domina o Matsuda jiu-jitsu, também usa de ataques elétricos, e veio somar com a representação brasileira, com direito a um cenário com “a cara do Brasil”.
The King of Fighters
A série de luta da SNK sempre valorizou o Brasil. The King of Fighters ’94, por exemplo, colocou um time brasileiro, mas sem brasileiros. O “Team Brazil” era composto, na verdade, por personagens de Ikari Warriors. Na edição ’96, Leona, brasileira, entrou no mesmo Ikari Team.
Além disso, vale lembrar que os games sempre vinham com legendas em português. Não as mais perfeitas possíveis, mas aceitáveis. E que mostram um cuidado que o estúdio japonês sempre teve com o público brasileiro.
Resident Evil 3
Resident Evil também tem um brasileiro para chamar de seu. Carlos Oliveira, um mercenário contratado pela Umbrella, com bastante habilidade em armas de fogo. Chegou a aparecer nos filmes “Resident Evil: Exctinction” (2007) e “Resident Evil: Retribution” (2012), interpretado pelo ator Oded Fehr. Mas o personagem marcou mesmo foi em Resident Evil 3, em suas muitas aparições junto da protagonista Jill Valentine.
League Of Legends
A Neeko, além de primeira personagem brasileira do game da Riot, é também a primeira personagem LGBT+ do LoL. A Riot esclareceu que a personagem é totalmente inspirada no Brasil, e sua dubladora, em inglês e em português, também é brasileira. Trata-se de Flora Paulita, que tem em seu currículo a voz de Ariana Grande nas séries da Nickelodeon (Sam & Cat e Brilhante Vitória), Moeji em Naruto e Aria em Saint Seya.
Counter Strike 1.6
Esta aparição “brasileira” não foi oficial, e gerou muita confusão. Como todos sabem, o game permitia a construção de mapas pela comunidade. E, entre elas, tivemos a famosa cs_rio. Feito pela dupla dupla Joca Prado e Roger Sodré, o mod representava, de maneira bem fiel, uma favela carioca.
O mod agradou aos gamers, mas não os juízes. A 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais proibiu o jogo no Brasil em 2008. A alegação, na época, vinha sob a justificativa de que o game incitava a violência, além do ódio da polícia e o tráfico. A proibição foi derrubada em 2009. Mas, na prática, muito pouco foi feito e o jogo seguiu sendo jogado nas lan houses, mesmo sob proibição.
Call of Duty: Modern Warfare 2
Em um game com tensões globais, e uma Terceira Guerra Mundial comendo solta, as investigações da Task Force 141, na busca por Makarov, levaram os agentes para o Rio de Janeiro. O alvo era Alejandro Rojas, um traficante de armas.
A missão, que começa em Copacabana, leva os agentes para a ação, na favela que seria, na geografia real, a do Pavão-Pavãozinho, no Morro do Cantagalo. A representação é bem fiel, com campinhos, botecos e os espaços apertados, que exigem do jogador muita atenção, contra inimigos que aparecem dos locais menos esperados.
Far Cry 2
Marty Alencar foi criado nos Estados Unidos, porém ele nasceu na cidade de São Paulo. Ele atuou, já adulto, no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e no grupo consultivo do SOUTHCOM, na Colômbia e no Peru. Apesar de viver nos EUA, suas raízes são bem apresentadas. Em seu braço esquerdo, há a tatuagem “Morte”, no bom e velho português.
Rainbow Six: Siege
O game de ação tática da Ubisoft seguiu “os passos” de Counter Strike, e trouxe o mapa Favela. Mas, diferente do game da Valve, no qual o mapa nasceu por mod, e trouxe muita polêmica (o game chegou a ser proibido no Brasil), pelos lados de Rainbow Six Siege, o mapa não só trouxe um novo jeito de se jogar o game, como também somou dois operadores brasileiros:
Vicente ”Capitão” Souza: Ele sempre sonhou em fazer parte da polícia brasileira, principalmente após a morte de seu irmão mais velho. Vicente se juntou à Polícia Civil logo após terminar o Ensino Médio e, algum tempo depois, recebeu proposta para fazer parte do BOPE. Após alguns anos chamou atenção pela sua habilidade e entrou para a equipe Rainbow Six.
Tainá “Caveira” Pereira: Ela fugiu de casa, em São Paulo, aos 16 anos e foi encontrada um ano depois, no Rio de Janeiro. Tainá foi presa por roubo e impressionou o juiz que cuidou de seu caso com a sua personalidade. Isso fez com que ela fosse convidada a se juntar ao BOPE em vez de ir ao reformatório juvenil (FEBEM).
Ambos são do BOBE são dois personagens bem queridos pela comunidade.
Ainda tem mais Brasil nos games, sabemos disso!
Mas é claro que ainda há muitos brasileiros nos games. Seja com cenários, homenagens, ou personagens, o Brasil sempre teve seu lugar entre os games. Você sabe de algum que não está na lista? Destes mencionados, qual o seu preferido? Deixe o seu comentário, e vamos conversar sobre os “BR nos games”.