O que a Capcom está querendo com este Resident Evil 7 via nuvem para o Switch?
Como você já sabe, a Capcom anunciou uma versão de Resident Evil 7 para o Nintendo Switch. Porém, diferente do que a companhia já fez várias vezes no passado, levando e/ou adaptando games para os consoles Nintendo apenas diminuindo as questões gráficas para que eles pudessem contar com bom desempenho, como acontecia na época do Wii, desta vez, o game chega de uma forma bem diferente.
Apenas no Japão, o Resident Evil 7 for Switch será um jogo acessível por nuvem. Você paga 2.000 ienes (cerca de 66 reais), e tem acesso ao game por três meses, além de jogar uma demo gratuita de 15 minutos. O game terá todas as DLCs disponíveis e, terá um visual acima da média do Switch, afinal, não será executado no próprio console.
Ok, a Capcom teve essa iniciativa e o game de fato chega aos consoles, mas, o que de fato a companhia japonesa quer com tudo isso? Podemos juntos pensar em algumas alternativas, e se por um acaso, este estilo de gameplay via nuvem poderá ser mais presente no dia a dia do gamer em um futuro próximo.
Aproveite e assista ao nosso vídeo especial na Arkade TV, que mostra os vários games cancelados de Resident Evil:
Poderia ser um novo serviço para o Switch?
Como já dizia um antigo sábio: “As coisas mais legais só ficam no Japão”. O Satellaview, por exemplo, oferecia por lá nos anos 90 um serviço via satélite que oferecia download de games para o Super Famicom, além de jogos exclusivos e versões melhoradas de games do Famicom. Hoje já é comum os serviços de games na nuvem, como o Playstation Now e o Gamefly, e não seria muito difícil ver a Capcom encontrando em forma de serviço uma maneira de adicionar seus lançamentos no atual console da Nintendo, sem precisar depender de downgrades: é só vincular na nuvem e pronto. O próprio Switch já tem jogos rodando pela nuvem, como o Phantasy Star Online 2.
Porém, como já bem sabemos, este serviço, apesar de prático, ainda é complicado para ser funcional, por exemplo, no Brasil, em que ainda não contamos com uma Internet acessível para jogar na nuvem, na maioria das casas interessadas. Por isso, se um serviço destes fosse de fato ser verdadeiro, certamente ficaria restrito ao Japão, e seria acessado em locais como os EUA, ou alguns países da Europa. A questão seria apenas saber se, em caso de assinatura, a Capcom decidiria cobrar um valor por todos os jogos, ou vendê-los separadamente, com acessos exclusivos.
Alugue e zere
Este modelo de negócios também pode ser bem interessante, se encararmos como um aluguel. Devido ao preço dos jogos, muitas vezes deixamos algum game pra lá, pois, embora tenhamos a curiosidade de jogá-lo, o valor ás vezes não compensaria. Com esta possibilidade, a Capcom permite que você tenha acesso ao game por três meses, o que já é um tempo considerável para explorá-lo bastante, e terminar para “nunca mais vê-lo novamente”.
Três meses é um tempo razoável para jogar o game, e pelo preço, pode acabar sendo uma boa alternativa, para quem quer conferir o game, mas sem a necessidade de ter em sua coleção, de maneira parecida a qual funcionava nas locadoras.
Que tal outros sistemas, Capcom?
A EA tem o Access, e a Valve “dominou o mundo” com a Steam. Poderia a Capcom tentar fazer sua parte levando seus games (incluindo os clássicos) através de sistemas de assinatura? Resident Evil 7 para o Switch seria um bom teste. Imagine só, poder conferir os grandes games da Capcom, como Monster Hunter World, sem precisar comprar o game de fato. Você paga uma quantia menor, curte o jogo pelo tempo determinado e, se achar que vale a pena, aí sim comprar o game.
O fato é que o mundo dos games mudou, e segue mudando. Os games físicos deram espaço para os games digitais, que dividem terreno com games gratuitos, e que também compartilham terreno com os games na nuvem. E, se isso significar que a Capcom tem interesse em levar games via nuvem para o Switch e, talvez, outros consoles, seria uma boa?