CineReview – A Origem (Inception)
Um dos filmes mais aguardados do ano é A Origem (Inception, em inglês), filme do diretor Christopher Nolan que esteve em produção nos últimos 10 anos. Será que tanto tempo assim fez bem ou mal à super-produção? Confira nosso review!
A Origem traz a história de Cobb (Leonardo Di Caprio), um homem que fez sua vida roubando pensamentos dos sonhos de pessoas junto com seu parceiro Arthur (Joseph Gordon-Levitt). No entanto, algo muito grave impede Cobb de voltar para casa e rever seus filhos. É aí que surge Saito (Ken Watanabe), que oferece a Cobb a oportunidade de voltar para casa, mas com uma condição – que ele implante uma ideia na cabeça de Robert Fischer (Cillian Murphy), herdeiro de uma poderosa empresa no ramo de energia. Para evitarmos spoilers, vamos parar por aqui – mas deixamos claro: é um roteiro como poucos.
A primeira coisa que marca A Origem é a grandiosidade da coisa. Neste filme, tudo é exagerado e grandioso – como se fosse num sonho. Nolan constantemente brinca com os espectadores, criando e recriando mundos praticamente a torto e a direito. Muitas cenas farão o espectador ficar na beira da poltrona, pensando se o que ele vê é real ou não.
Tal atmosfera só foi conseguida graças às excelentes atuações de todos os atores. Di Caprio reprisa o papel de “atormentado-à-beira-da-loucura” que foi tão bem feito por ele em A Ilha do Medo. Gordon-Levitt é a frieza em pessoa, tentando sempre ser o mais eficiente possível. É Gordon-Levitt também que protagoniza a cena de luta mais animal do ano – só que não serei eu que lhe direi qual cena! As atuações de Ellen Page (Ariadne), Tom Hardy (Eames, o toque humorístico do filme) e Watanabe só colaboram com o filme. No entanto, quem rouba a cena é Marion Cotillard, que faz o papel de Mal, mulher de Cobb, sempre fazendo aparições inesperadas e de impacto. Nesta coroa de atuações repleta de joias raras, é Cotillard a mais preciosa de todas.
Os aspectos técnicos de A Origem também merecem destaque. Os efeitos visuais deixarão qualquer um sem fôlego. São mundos e mais mundos criados na frente de seus olhos – alguns deles, por sinal, irão lembrar os gamers mais atentos de cenários de Call of Duty: Modern Warfare 2. A trilha sonora é perfeita, cada música se encaixa perfeitamente, criando o clima certo para cada cena.
Um detalhe há de ser ressaltado: veja A Origem na maior tela possível em sua cidade. Se você mora em São Paulo ou Curitiba, gaste uma graninha a mais e vá ver no Imax. Este é um filme feito para ser apreciado em telas grandes, por isso não pirateie ou deixe para ver quando sair em DVD/Blu-ray.
Tá de bobeira neste fim de semana? Pois chame seu amigo, irmão, primo ou aquela gata (ou gato, no caso das meninas) que você tá de olho e leve para ver A Origem. Certamente você não se arrependerá e ainda mostrará o seu bom gosto fílmico. A Origem é o filme do ano, a obra prima de Christopher Nolan e algo que redefinirá o cinema como conhecemos.