Donkey Kong Country Returns (Wii) Review – O retorno do macacão

1 de dezembro de 2010

Donkey Kong Country Returns (Wii) Review - O retorno do macacão

A Nintendo parece ter criado um novo estilo que acerta em cheio os gamers que possuem mais de 20 anos: pegar seus personagens famosos e recolocá-los nos estilos que fizeram sucesso. Já são três sucessos nessa linha com New Super Mario Bros., Metroid: Other M e Kirby’s Epic Yarn. O quarto grande jogo nesta linhagem é Donkey Kong Country Returns, desenvolvido pela Retro Studios.

O nome do jogo já implica o que ele traz: é um game inspirado no sucesso de 1994 criado pela Rare para o Super Nintendo. Donkey Kong mais uma vez está em busca do seu precioso estoque de bananas, que desta vez foi roubado pelos animais da DK Island, os quais foram hipnotizados pela tribo Tiki Tak. Nesta jornada ele contará com o apoio de macacos já conhecidos pelos jogadores como seu sobrinho Diddy Kong e Cranky Kong, que também querem as bananas de volta. Além dos dois, outros antigos parceiros de DK, como Rambi o Rinoceronte, também dão as caras neste novo jogo para ajudar o macacão.

Donkey Kong Country Returns (Wii) Review - O retorno do macacão

O clima retrô não fica limitado apenas à história, uma vez que o jogo inteiro é claramente inspirado nos originais. As fases de DKCR, por exemplo, lembram bastante a do primeiro jogo, com florestas verdejantes, cavernas sombrias e um vulcão incandescente. Algumas fases novas, como a da praia, foram adicionadas para dar um fôlego extra. Para a sorte dos jogadores, todos estes cenários são muito bem desenhados e com algumas novidades, pois todos os locais por onde DK passa interagem com o gameplay. Mesmo assim, o Nintendo Wii já viu gráficos melhores, como em Super Mario Galaxy 2 e Metroid Prime.

Donkey Kong Country Returns (Wii) Review - O retorno do macacão

Aliás, o gameplay é outro ponto de destaque do jogo. Ao contrário de Kirby’s Epic Yarn, que era um game bastante acessível, Country Returns é difícil – mais difícil que a trilogia DKC original, por exemplo. Não serão poucas as vezes em que você morrerá com inimigos inesperados ou uma plataforma que desaba com você em cima. Para aliviar um pouco a dificuldade, o jogador contará com duas alternativas: o auto play, que faz com que o PC passe alguma fase mais difícil para você, e Diddy Kong, que apesar de não ser um personagem completamente jogável, colabora com Donkey Kong ao fazer uso de seu jetpack, que permite que DK pule mais alto e longe e seja mais preciso na queda. Aliás, não poder controlar Diddy no single-player é um dos maiores, senão o maior pecado, que DKCR comete. O macaquinho só é jogável no cooperativo.

A Retro Studios ainda adicionou duas novas habilidades para DK: escalar e assoprar. A primeira faz sentido, principalmente levando em conta os cenários – existem algumas fases muito interessantes que misturam escalada com plataforma. Já a segunda é utilizada para assoprar folhas e inimigos e revelar segredos. Apesar da intenção ser boa, ficar parando e procurando por objetos “assopráveis” quebra um pouco o ritmo do jogo no decorrer dos oito mundos.

Donkey Kong Country Returns (Wii) Review - O retorno do macacão

Outro elemento interessante adicionado pela empresa é a possibilidade de tanto poder jogar com a combinação Wii Remote e Nunchuk como também só com o Wiimote. Em ambas configurações, o jogador precisa chacoalhar os controllers para uma série de movimentos, como bater no chão ou fazer um rolamento. Por isso, jogar só com o Wiimote acaba sendo melhor, pois se você mexe um pouquinho que seja no direcional analógico do Nunchuk, o movimento é alterado – o que resulta em algumas mortes acidentais.

Donkey Kong Country Returns é daqueles jogos que fará você querer dar um murro na parede diversas vezes antes de soltar aquele suspiro de alívio. Mesmo assim, acredite, vale a pena passar por toda a eventual frustração que a nova cria da Nintendo e da Retro Studios traz, pois o jogo é um dos melhores do ano para o Wii e um verdadeiro retorno de Donkey Kong ao estilo que o fez famoso na década de 90.

Comente nas redes sociais