Enslaved: Odyssey to the West (PS3, X360) – Review: Bela odisseia

23 de novembro de 2010

Enslaved: Odyssey to the West (PS3, X360)  - Review: Bela odisseia

Desde que foram revelados os primeiros detalhes de Enslaved: Odyssey to the West, ficou aquela sensação que o game poderia ser uma agradável surpresa no segundo semestre de 2010. Os belos gráficos e a história (baseada em uma fábula chinesa) pareciam ser muito interessantes e ter a conceituada Ninja Theory encabeçando o projeto só fez o hype crescer. Mas será que as expectativas eram justificadas?

Enslaved se passa 150 anos no futuro, onde uma guerra entre homens e máquinas devastou o planeta Terra. O jogo acompanha Monkey, um brucutu descamisado que é libertado por acidente de uma nave enquanto outro prisioneiro escapava. Este outro fugitivo é Trip, uma moça inteligente que acaba “escravizando” Monkey por meio de uma espécie de bandana e obriga o rapaz a ajudá-la a voltar para casa. O rapaz é obrigado a cooperar com a moça, já que se Trip morrer, a bandana faz com que ele também morra. E é assim que a dupla forçadamente começa a atuar junto e enfrentar os robôs remanescentes.

Enslaved: Odyssey to the West (PS3, X360)  - Review: Bela odisseia

A primeira impressão que Enslaved passa é a melhor possível. A Ninja Theory usou e abusou da Unreal Engine, fazendo com que o jogo se tornasse um dos mais belos a serem lançados recentemente. As cores vivas são um deleite para os olhos e o design dos personagens é muito bem feito e interessante. Este é, sem dúvidas, o grande trunfo de Enslaved e ele faz uso disto de maneira brilhante, brindando o jogador com algumas das melhores animações e cenários do ano. Além disto, a história é muito envolvente, méritos do roteirista Alex Garland, que trabalhou em filmes como Extermínio, A Praia e Sunshine – Alerta Solar.

O problema é que o game traz excessivos glitches gráficos: não são raras as vezes em que Monkey ou Trip somem da cena e suas vozes continuam como se nada tivesse acontecido; existem algumas poucas quedas de framerate (principalmente na versão para PlayStation 3) e a câmera atrapalha de vez em quando – em algumas batalhas, ficava difícil encontrar os inimigos pois não há sistema de trava na câmera.

O gameplay de Enslaved, por sua vez, entretém, mas é bastante raso. Os botões se resumem a ataque forte, ataque fraco, pulo, bloqueio e outro para usar itens ou apertar botões. As partes de plataforma exigem um raciocínio rápido do jogador, mas fica um pouco óbvio quando a plataforma para qual você tem que ir fica brilhando. O combate é bastante simples, mas ganha variedade durante o jogo, pois o bastão retrátil de Monkey acaba recebendo upgrades periodicamente, podendo se tornar desde um disco gigante até mesmo um canhão.

Enslaved: Odyssey to the West (PS3, X360)  - Review: Bela odisseia

Uma curiosidade a respeito de Enslaved: inicialmente, a Ninja Theory e a Namco Bandai tentaram vender a ideia como um filme de computação gráfica feito inteiramente em cima da Unreal Engine. A ideia, no entanto, não foi aprovada por nenhum grande estúdio de Hollywood e fez com que Enslaved virasse então um jogo de videogame.

Num todo, Enslaved: Odyssey to the West é um bom jogo, mas que sofre com erros básicos que poderiam ter sido evitados. A falta de uma grande publisher talvez fizesse com que o jogo passasse despercebido, mas com gráficos como estes e uma história incrível, fica difícil não notar um game como Enslaved. Não é um jogo que vá mudar sua vida, mas vale a pena conferir este belíssimo trabalho.

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