Então quer dizer que o modelo pay-to-win realmente funciona?
Entre as 10 coisas mais odiadas no mundo gamer (quem sabe faremos um post sobre isto? – sugestões nos comentários) com certeza estão os jogos pay-to-win, aqueles jogos em que todos podem jogar de graça, mas só quem paga consegue ganhar. Mas, contrariando o senso comum, aparentemente eles fazem sucesso – e garantem uma boa grana para o bolso de seus desenvolvedores!
Para você leitor que ainda não sabe como funciona o modelo pay-to-win, imagine-se jogando um jogo grátis. Você pega sua espada e sai caçando monstros na floresta para ganhar experiência e ítens para combater outros jogadores. Após 3 semanas jogando, você consegue uma espada muito poderosa, mas um outro jogador, que começou fazem só dois dias, já tem uma espada muito melhor que a sua, e sem esforço nenhum, isto porque ele a comprou na “lojinha” dentro do jogo, com dinheiro de verdade.
Outro exemplo é quando você chega em uma certa área que só pode ser explorada por jogadores que pagaram por aquela área. Em muitos casos, a grana que você pode gastar em um jogo destes para tê-lo “completo” é maior do que você pagaria se fosse comprá-lo se fosse lançado em retail. Assim funcionam Age of Empires Online, Battlefield Heroes, Combat Arms e vários outros, incluindo a maioria de jogos para facebook.
Apesar de nosso ego orgulho gamer nos dizer que não vale a pena pagar por itens in-game que não demonstram a sua habilidade como jogador, e sim que você comprou aquela armadura mais forte e está ganhando porque investiu dinheiro em algo que teoricamente era “grátis”, o sistema pay-to-win funciona! Bom, pelo menos para os desenvolvedores (e para quem paga). Segundo NPD, um grupo norte-americano de pesquisas de mercado, 40% das pessoas que jogam estes jogos “freemium” – união das palavras free + premium – acabam comprando algo dentro jogo. A pesquisa também concluiu que 84% dos jogadores que experimentam o jogo continuam jogando, e que mulheres são as que têm menor chance de abandonar o game.
Então, caros desenvolvedores brasileiros buscando uma oportunidade nos mercados online, não se esqueçam que, apesar das estatísticas para o Brasil provavelmente serem um pouco diferentes, em média, de cada 5 pessoas seus que jogam games “grátis”, 2 deles pagam por conteúdo extra, ítens, flechas douradas que dão mais dano, munição explosiva, vaquinhas brilhantes e angry birds fantasiados de nyan cat.
Via Joystiq