O futuro da Computação Gráfica no Brasil está nas mãos de jovens empreendedores

5 de setembro de 2018

O futuro da Computação Gráfica no Brasil está nas mãos de jovens empreendedores

Quando era adolescente, muito se falava de fazer um curso profissionalizante. Para aprender uma profissão, e assim, conseguir oportunidades em grandes empresas. É claro que este conceito ainda existe. Porém os novos tempos fazem com que, apesar de ainda sonharem com tais empresas, os jovens estudantes querem mais. Deixar a sua marca, empreendendo projetos e produzindo seu próprio conteúdo.

Visitei a SAGA, escola de games e artes. Fui lá para conferir de perto o que pensam os alunos do curso de Computação Gráfica neste sentido. Apesar do talento do brasileiro ser o mesmo há décadas (não se esqueça que somos o primeiro país a lançar uma animação 100% 3D, o Cassiopéia), os tempos fazem com que as necessidades e desejos, assim como os sonhos, se adaptem a uma nova realidade. Assim sendo, pude conferir o que passa na cabeça dos alunos. Com a oportunidade de construir seu próprio legado trabalhando em paralelo com o sonho de “trabalhar na grande empresa X”.

A Computação Gráfica para um novo tempo

O futuro da Computação Gráfica no Brasil está nas mãos de jovens empreendedores

Jonatas Freire, coordenador acadêmico na SAGA Tatuapé, nos explicou que, em termos de Computação Gráfica, o design e a publicidade fazem do Brasil uma potência no sertor. Com isso, a qualificação é, de fato, necessária. Além disso, o Youtube tem crescido muito. O que faz com que alunos se interessem por este universo, seja para trabalhar em uma produtora que produza conteúdo, ou para criar o seu próprio.

Jonatas também nos disse que os novos alunos querem andar com as próprias pernas. E o Youtube tem sido esta porta de entrada. Assim sendo, vale a pena profissionalizar este potencial. Até para enxergarem oportunidades melhores para estes projetos. Para ele, a SAGA observa este novo público como algo interessante. Afinal, este momento traz aos jovens maior autonomia, com vontades empreededoras.

O futuro da Computação Gráfica no Brasil está nas mãos de jovens empreendedores

O mesmo vale para os games. Assim sendo, desenvolvedores podem criar seus games indies, se inspirando em projetos que já deram certo. Por isso, a escola busca meios de ensinar, além das técnicas e conteúdo acadêmico, meios de administração de recursos para seus próprios projetos. Existem até canais no Youtube de alunos, que colocam em prática o que conversam.

Mas este mesmo público, que quer andar com as próprias pernas, sonham com grandes empresas. Assim, ao invés do sonho clássico de trabalhar em grandes empresas, eles querem usá-las para obter know-how e conhecer melhor este mercado. E, falando em games, a Computação Gráfica entra com força, uma vez que este campo oferece várias opções. Além de uma gama profissional forte, que envolve projetos pessoais, empresas brasileiras, ou mesmo oportunidades no exterior.

O futuro da Computação Gráfica

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Falei também com alguns alunos. Lucas Andrade Marino, de 23 anos, que faz o curso de Computação Gráfica e é monitor, comentou que a arte que abriu suas portas para este universo. Como desenhista, este curso te ajudou a enxergar melhor possibilidades. Além de diversificar seus desenhos, com técnicas de pintura. Lucas também contou que com horizontes ampliados, é possível observar referências e curtir novidades. E, para o seu futuro, ser professor é sua meta. E também assumir um posto na área em uma grande empresa.

Thiago Yukio Nakano Hirata, 18 anos, monitor na escola, contou que o curso lhe ajudou a desenvolver arte digital, especialmente no campo publicitário. Ele comentou que estas oportunidades abrem leques e ajudam a dar um norte na carreira. Uma coisa boa que ele fez questão de dizer foi o 3D. O trabalho tridimensional, criando outras realidades em caráter digital, é incrível, para ele. Ter contato com mundos, feitos a partir do zero, é incrível, e inspira. Para ele, é possível trabalhar em empresa, projetos e freelance. Seu sonho atual é entrar em uma grande empresa e se desenvolver. Mas também não consegue descartar oportunidades de trabalhos particulares.

Novos profissionais, com novas ideias

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E este público resume muito bem o jovem como um todo. Mais ativo e com maior capacidade de tomar iniciativa, o que falta a maioria deles é um norte. Assim sendo, com muito mais opções e oportunidades, o que inclui começar seu próprio projeto, o que parece um campo de certezas, acaba se transformando em um terreno com mais dúvidas do que gerações anteriores, conformadas com as poucas opções.

O próprio mercado de Computação Gráfica mudou. Antes relegado a cinema e televisão, foi ganhando mais espaço com games, peças publicitárias, e na arte como um todo. Isso sem falar no fenômeno do Youtube, com os milhares de canais novos abertos anualmente. Por isso, cabe a todos aqueles que querem entrar neste universo, estudar não só as técnicas, e sim o cenário e as possibilidades. Aprender a administrar, e lidar com dinheiro e papelada também é útil. E cursos como estes, ministrados na SAGA, são ótimas oportunidades para o desenvolvimento.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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