Gran Turismo 5 (PS3) – Review: Nem uma Ferrari, nem um Ford T

6 de dezembro de 2010

Gran Turismo 5 (PS3) - Review: Nem uma Ferrari, nem um Ford T

Mas não entenda errado, não é por que Gran Turismo 5 possui tantos altos e baixos que ele é um jogo ruim. Muito pelo contrário. A jogabilidade de GT5 é uma das melhores já vistas no gênero, pois até mesmo jogadores inexperientes podem pegar um carro e se divertir. Uma opção boa colocada no jogo pela Polyphony Digital é a possibilidade de ativar ou desativar certas ajudas como controle de tração automática e trajeto de direção. Apesar de não serem novidade no gênero, a empresa tornou-os completamente customizáveis. Você usa apenas os que quiser. Enquanto é altamente satisfatório vencer uma corrida sem o uso destes auxiliadores, às vezes é bom manter um ou outro ligado, já que qualquer errinho ou acidente bobo pode prejudicar uma corrida até então perfeita.

Gran Turismo 5 ainda traz algumas boas novidades para incrementar o gameplay. O jogo traz pela primeira vez na série corridas de kart e os supercarros e disputas da NASCAR, principal categoria de automobilismo nos Estados Unidos. Além disso, o jogo conta com a presença do americano Jeff Gordon, tetracampeão da NASCAR, e do francês Sébastien Loeb, heptacampeão do WRC, maior campeonato mundial de rali. Outra novidade é a não-obrigatoriedade dos license tests, desafios um pouco chatos que eram necessários para completar Gran Turismo 4.

Gran Turismo 5 (PS3) - Review: Nem uma Ferrari, nem um Ford T

Quando a disputa vai para o mundo online, ela fica tão boa quanto no offline. As corridas podem reunir até 16 jogadores diferentes simultaneamente e sem nenhum lag notável, com a possibilidade de cada um utilizar um carro de sua própria garagem ou então importar um de Gran Turismo PSP. O jogo ainda lida habilmente com espertinhos que acham divertido ir de marcha ré ou atravessar a pista e parar o carro no meio do circuito ao torná-los translúcidos e permitir que outros corredores passem por eles. Como host de uma corrida, você pode até mesmo penalizar jogadores que batam de propósito ao diminuir temporariamente a força do motor deles.

É muito divertido jogar online, principalmente se o host da corrida permitir o uso dos auxiliadores, pois eles fazem com que jogadores de diferentes níveis façam uma corrida disputada. Se você quiser, é possível até mesmo participar de uma espécie de “treino livre”, onde jogadores ficam apenas disputando para ver quem faz a volta mais rápida. O grande problema do modo online de GT5 é que sua interface é muito antiquada: não existe matchmaking ou um filtro elaborado de corridas para selecionar qual realmente se encaixa ao seu estilo. Não é possível nem mesmo convidar diretamente seu amigo para se juntar a corrida em que você está.

Gran Turismo 5 foi sim um dos jogos mais aguardados dos últimos anos pelos fãs do PlayStation 3, o que torna o pacote final um tanto quanto decepcionante. A cisão nos veículos entre carros comuns e Premium e a irregularidade no áudio e nos gráficos prejudica, mas o game traz uma jogabilidade realista e uma extensa variedade de carros e pistas além de um multiplayer bastante divertido ainda que com uma interface ruim. GT5 não é a Ferrari que todos imaginavam, mas também não é nenhum Ford T.

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