Polêmica: soldado acha que comercial de Call of Duty banaliza guerra

3 de janeiro de 2012

Polêmica: soldado acha que comercial de Call of Duty banaliza guerra

Lembra daquele divertido vídeo de Call of Duty que colocava astros do cinema em uma intensa cena de guerra? Pois é, o que era divertido acabou se tornando polêmico: um soldado de verdade está criticando a forma como a Activision “vende o seu peixe”, e acha que o marketing de Call of Duty banaliza a guerra.

D.B. Grady, um para-quedista do Comando de Operações Especiais do Exército dos Estados Unidos que esteve na guerra do Afeganistão, escreveu um longo artigo ao site do jornal The Atlantic, onde expõe o seu ponto de vista sobre o marketing da série.

Embora reconheça que o marketing de Call of Duty funcione (afinal, o game quebrou novamente os recordes de venda), ele não acha que a maneira como isto está sendo feito é correta. Para ele, o comercial passa a ideia de que a guerra é uma coisa divertida, uma aventura.

O outro lado da moeda, segundo Grady, é bem menos divertido: “depois de dez anos de guerra constante, vendo milhares de membros amputados, caixões com bandeiras em cima e centenas de comunidades e vilarejos arrasados” a guerra definitivamente não deve soar como uma aventura, mas como um pesadelo.

Grady deixa claro que não é um destes radicais que são contra os jogos eletrônicos, nem acha que os games tornam as crianças psicóticas: sua bronca é especificamente com o comercial live action de Call of Duty, pois, para ele, tudo ali é muito ofensivo, e parece não haver nenhum respeito pelos soldados de verdade, que vão para a guerra de verdade e morrem de verdade.

Se você não lembra qual comercial é este, relembre abaixo:

http://youtu.be/zuzaxlddWbk

O artigo de Grady pode sr lido na íntegra (em inglês) neste link.

Mesmo que você não seja um veterano de guerra, deixe sua opinião nos comentários: você concorda que o vídeo banaliza a guerra, ou acha que o soldado forçou um pouco a barra e levou o comercial muito a sério?

(Via: VG247)

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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