Preview Arkade – A busca por realismo no beta de Ghost Recon: Breakpoint
A Ubisoft promoveu, no último final de semana, um beta para Breakpoint. No que foi disponibilizado, tivemos acesso às primeiras missões do game, além de algumas missões secundárias, e a exploração de parte do mapa do jogo. Suficientes para termos um pouco da ideia do que o game pode prometer.
O começo do game já mostra que a ambientação e a história será mais pesada do que em Wildlands. A temática de “invada um paraíso da cocaína e acabe com o cartel munido até os dentes” dá lugar a uma trama mais complexa, envolvendo Ghosts renegados, que se conhecem, e se confrontam.
Sutis mudanças que são bem vindas
Uma coisa bacana está logo no começo. A construção do personagem é básica demais. Entretanto, é apenas para começar o game. Depois, quem gosta disso, poderá passar mais tempo personalizando de maneira mais profunda. Pra mim, que não gosta de perder muito tempo escolhendo cor de cabelo de personagem, achei uma decisão muito feliz.
Isso muda, de cara, no gameplay. Sabe aqueles elementos táticos que você usou a exaustão em jogos anteriores? Agora também serão usados contra você. A condição de invisível da série dá lugar para a condição de perseguido. Eles sabem que você está ali, e farão de tudo pra te cercar, o que promete um gameplay mais dinâmico, e que tire o jogador da zona de conforto.
Também foi apresentado o sistema de loot e escolha/melhorias, semelhante a The Division 2, e a árvore de habilidades, bem parecido com o que vemos em outros games da Ubisoft, como Assassin’s Creed. Inclusive, aqueles elementos investigativos e de busca por locais dos games de assassinos também se fazem presentes. Se você não quiser a localização, poderá pesquisar.
“Senti falta” do GPS. Em uma busca por uma profundidade maior no conhecimento da ilha, o jogo até te mostra o local para se direcionar, mas sem o guia por linhas no mapa. Você é quem deve ir, por dedução e consulta ao mapa, se direcionar para o caminho certo. Muito bacana para quem quer ser um verdadeiro aventureiro, usando de um recurso positivo que tem sido introduzido nos últimos games.
Organizando suas aventuras
Há a conhecida caverna, que é o hub do game, tanto para busca por novas missões, quanto para o multiplayer. É o esconderijo dos soldados do game, e um espaço bem interessante para receber bastante conteúdo. Todos esses elementos mostram que, mais uma vez, a Ubisoft vai apostar no conteúdo para manter o jogador preso ao game, seguindo a mesma estratégia de seus games já lançados nos últimos tempos.
O gameplay também sofreu algumas mudanças. Aquele soldado que corre por todos os lugares deu lugar a um controle que tenta, na medida, ser mais realista. Você pode tropeçar em alguns locais, se locomover com dificuldade em locais pantanosos, e até mancar, caso for atingido na perna. Só resta saber se tal elemento será de fato funcional, ou se, como sempre, se transformaremos em um “super soldado” perto do fim do jogo.
O tiroteio, por sua vez, segue o mesmo padrão. Mais acessível nos níveis mais fáceis, e mais complexos nos níveis mais difíceis. Mas todos eles contam com o padrão da série: investigar os locais antes, planejar a investida e então, executá-la.
Por fim, as missões. Que tentam ser mais adequadas para o contexto do game, com emboscadas para lidar, e investigação sobre o local e quem esteve por lá antes. Foi divertido entrar no melhor estilo Solid Snake (sem muitos elementos stealth que o jogo não oferece) e buscar documentos em uma base bem vigiada.
Realista, mas até que ponto?
Ghost Recon: Breakpoint mostra, em seus primeiros passos, que buscará ser um game mais realista, contra a “festa” de Wildlands. Porém, esse realismo será parte do gameplay, e não ele como um todo. Você vai mancar se tomar um tiro, mas poderá se esconder em qualquer arbusto, por mais tosco que fique parecendo o personagem visível ali, mas “invisível” aos inimigos.
O próximo Ghost Recon chegará no dia 4 de outubro de 2019, para Playstation 4, Xbox One, e PC.
