Preview Arkade: Acorde sozinho no escuro em P.A.M.E.L.A.
Cada vez mais, jogos de survival vão sendo lançados, cada um tentando conquistar seu espaço, sendo que isso está ficando cada vez mais difícil, afinal são muitas ideias que já foram usadas durante todos esses anos.
P.A.M.E.L.A é mais um desses games de sobrevivência que tenta ganhar o seu espaço apostando em uma mistura com sci-fi e horror, será que vai dá certo ?
Primeiramente, antes de partir para a prévia em si: O game ainda está em early access, então muito dos problemas que vamos citar estão relacionados a esse estágio de desenvolvimento, considere isso durante nossas impressões.
ACORDANDO SOZINHO
O jogo se passa no futuro, mais ao certo dentro da cidade utópica de Eden. No início você acorda de um sono profundo dentro de uma célula de criogenização e percebe que nada parece estar bem. Não são dadas muitas informações sobre o que aconteceu, (ou o que ainda está acontecendo) mas logo ao explorar a estação e achar alguns documentos ou trechos de áudio o game começa a esclarecer que algum tipo de infecção deixou as pessoas bem violentas. Mas não pense que você está totalmente sozinho, pois a inteligência artificial chamada P.A.M.E.L.A. acompanha o jogador desde o primeiro momento.
EXPLORANDO A CIDADE
O game apresenta o bom e velho conjunto básico de mecânicas de survival: É possível explorar, coletar items, construir novos items, ir atrás de textos e mensagens de áudio que ajudam a entender o que está acontecendo no universo do game, assim como um sistema de combate que permite usar ataques corpo-a-corpo e armas de fogo.
Mas existem também mecânicas especificas do game, como um sistema de hacking que é necessário para abrir algumas caixas contendo itens. Entretanto, o que mais se destaca é a gerência de energia da estação. Simplificando, funciona da seguinte forma: é possível escolher qual o setup de distribuição de energia de Eden, sendo que esse setup se subdivide em 3 níveis, que habilitam mais ou menos funções dentro da cidade, como iluminação e funcionamento de máquinas.
Mas não basta apenas ligar tudo e sair a explorar, a palavra gerência faz todo o sentido aqui, pois quanto mais energia estiver sendo gasta menos tempo a estação vai conseguir ficar ligada, então é bom estar atento para qual setup será usado antes de ter certeza que ainda possuirá energia para recarregar um pouco. Essa ideia se desdobra ainda na reconexão de cabos de força por toda a cidade, uma vez que a mesma está parcialmente destruída.
Falando em cidade, é importante salientar em como a ambientação é bem construida. Ela te deixa realmente nervoso em dar próximo passo, sempre com medo de ter um inimigo a espreita para te matar. Mas o que realmente te insere no game é em como o hud, a interface do usuário foi bem realizada no game.
Em nenhum momento que é necessário usar algum menu, ou interagir com o cenário, a hud do jogo te tira da imersão, isso é incrível, o jogo segue rodando enquanto você acessa menus. Essa junção da boa execução das mecânicas básicas de gameplay, somada à boa ambientação e esse Hud imersivo, faz valer a pena manter um olhar atento ao game.
UMA CIDADE QUEBRADA
Como dito bem no início desse texto o game ainda está em early access, então ele sofre bastante com vários problemas técnicos. O primeiro e mais evidente deles é o fato de que o game tem um dos loadings mais demorados que eu já vi, levando vários minutos para carregar, demora tanto que o próprio game avisa que pode parecer que o mesmo travou durante o loading.
Mas esse nem é o pior dos defeitos já que só carrega no início, mas a pessima otimização é um fator crucial para desestimular qualquer um a jogar nesse estágio de desenvolvimento. O jogo trava, demora para carregar as texturas, e não importa a configuração da qualidade gráfica. Tudo ainda está com bastante problemas técnicos.
Saindo um pouco do lado técnico, você ainda tem (na minha visão) um erro de design. Não faz muito tempo que passou por aqui no site uma prévia de Conan Exiles, game que também é um survival, e nele existe um trecho inicial que não é obrigatório, mas é tão intuitivo que o player acaba seguindo ele mesmo sem pensar direito, e esse trecho inicial te ensina o básico do game. Ao final desse percurso, o jogo te joga dentro do mundo aberto, preparado para não se sentir perdido. Aqui a história é outra, até existe uma tentativa de realizar algo parecido mas falha ao não ensinar todo o básico e ao te libertar no mundo ainda sem as ferramentas para construir seus objetivos.
CONCLUSÃO
P.A.M.E.L.A. apresenta uma boa proposta, que se mostra realmente imersiva, mas calma, o jogo ainda se está em um estágio de desenvolvimento muito inicial para investir o seu dinheiro. Mas, aqui está uma ideia que vale a pena ser acompanhada de perto.
P.A.M.E.L.A. já está disponível na steam em early access.