Preview Arkade Jogamos o beta de Elden Ring: Nightreign. Confira o que achamos!

No último final de semana rolou o Network Test de Elden Ring: Nightreign, spin-off focado na jogatina cooperativa. Nós pudemos jogar e vamos contar o que achamos!
No princípio, o Caos

Se você acompanhou as notícias sobre o teste então certamente sabe o caos que foi sua primeira sessão, que aconteceu na manhã do dia 14 de fevereiro. Eu joguei o teste no Playstation 5, e foi simplesmente impossível entrar em uma partida para jogar.
Um teste de rede para um game serve exatamente para isso, para saber se os servidores vão dar conta do fluxo de jogadores que vai se conectar simultaneamente. E o teste inicial foi caótico. Eu consegui entrar no game e explorar o hub central, local em que estão os personagens que podemos controlar, a área de treino e o altar de relíquias (falarei de tudo isso mais adiante), porém, sempre que eu tentava buscar uma partida, o game exibia uma mensagem de erro de servidor e eu era jogado de volta para a tela de início do game.
A situação ficou tão ruim que a Bandai Namco reiniciou os servidores, que ficaram cerca de 1 hora fora do ar, e quando voltaram, a situação ainda não havia sido resolvida, pelo menos no Playstation 5. Com isso, a primeira sessão de testes foi infrutífera para mim. Felizmente nas sessões seguintes os servidores foram arrumados e enfim pude jogar! Então, vamos conversar sobre isso!
Elden Ring + “Rogue-like” + Battle Royale??

Elden Ring: Nightreign é um spin-off de Elden Ring focado inteiramente na jogatina cooperativa, com até 3 jogadores se unindo para derrotar o Lorde da Noite, um poderoso chefão que aparece ao final de 3 dias. Inicialmente, quando o game foi apresentado, sua funcionalidade me deixava confuso, o jogador tem 3 dias in-game para derrotar esse chefão? Ou o game progride automaticamente em um ciclo de dia e noite?
Todas essas dúvidas são explicadas com o recurso mais estranho adicionado ao game: As Safe Zones de Battle Royales. Vamos começar do começo: O game é ambientado em Limveld, uma versão alternativa de Limgrave, que possui cerca de talvez 1/4 do tamanho da Limgrave original. Esse local é gerado proceduralmente, mudando a cada visita e oferecendo diversos perigos diferentes.

No teste de rede, o mapa de Limveld era fixo, com todo o seu cenário e posicionamento de inimigos mantendo-se fixos. O trio de jogadores deve vencer o Lorde da Noite em uma caçada que dura 3 dias. Nos primeiros dois dias, os jogadores exploram Limveld livremente, podendo interagir com tudo o que encontrarem.
O mapa de Limveld vai sendo cercado pela noite, que vai diminuindo o tamanho das áreas seguras do mapa constantemente, assim como as Tempestades de Battle Royales como PUBG e Fortnite. Ou seja, se você ficar dentro dessa área, vai receber dano constante. A safe zone, a área ao centro, que permanece segura, vai diminuindo com o tempo, guiando os jogadores a um ponto específico do mapa. Quando os jogadores chegam nesse ponto e a noite engloba todo o mapa, o chefão da noite aparece.

Em minha jogatina, o chefão da primeira noite foi uma nostálgica surpresa: O Demônio Centopéia de Dark Souls foi o chefão, contando até mesmo com sua música tema! Em Dark Souls esse é um chefão bem fácil, mas em Nightreign ele é difícil, causando muito dano e sendo incrivelmente resistente a danos. Quando ele finalmente é derrotado, passamos para o segundo dia, em que o mapa volta novamente a ser totalmente liberado e vai diminuindo com o tempo, guiando os jogadores até outro ponto.
O chefão da segunda noite foi Morgott, o Agouro Caído, um dos mais poderosos chefões de Elden Ring. Seu moveset é o mesmo do game original, porém seus ataques são mais fortes e ele também tem muita resistência, o que torna a luta bem mais complicada do que no game original. Ao derrotá-lo, somos transportados para outro mapa.

Nesse outro mapa não há inimigos, apenas um local de graça pra os jogadores se curarem e subir de nível, e poderem comprar itens e melhorar suas armas. O local trata-se de um corredor que leva a uma porta de pedra, que quando aberta leva os jogadores a uma imensa área aberta, semelhante a arena de Radahn, o Flagelo das Estrelas e do Cavaleiro Escravo Gael de Dark Souls III. Aqui aparece o maior desafio, o lorde da noite, que para o teste foi escolhido o Tricéfalo, uma versão nova do Lobo Vermelho de Radagon, com 3 cabeças e que pode atacar com uma espada e uma corrente gigantes.
Derrotando esse monstro, a caçada, que é como são chamadas as partidas do game, está concluída, e os jogadores voltam para seus respectivos hubs com os espólios da luta, que no teste eram relíquias usadas para fortalecer os personagens com buffs passivos.

A parte do Rogue-like, ainda que não totalmente funcional no teste, engloba não só o mapa, mas os itens dropados de baús e ao derrotar chefões. Para poder se fortalecer, os jogadores precisam vencer inimigos e especialmente chefões espalhados pelo mapa, para ganhar runas e subir de nível dos locais de graça. Diferente do game original, em que você escolhe qual característica do personagem evoluir, aqui é automático, você só escolhe quantos níveis quer subir e os stats são evoluídos de acordo com o personagem escolhido (falarei deles mais adiante).
Ao derrotar chefões, uma espece de árvore com um orbe luminoso aparece, com cada jogador podendo escolher uma entre três recompensas, que podem ser armas ou buffs passivos. E ao abrir baús, você encontra armas aleatórias e itens de consumo, como bombas, facas de arremesso, e etc. A evolução do personagem, então, está na escolha da melhor arma (as armas possuem somente restrição de nível para serem usadas, por exemplo, “requer nível 9 para usar”) e na evolução do personagem. Tudo é feito de maneira bem simples, afinal o game roda numa espécie de “contagem regressiva” com a diminuição do mapa, então se um jogador passar muito tempo escolhendo se vai upar força ou destreza, as coisas seriam bem chatas.

Ah, e só pra deixar bem claro, mencionei “contagem regressiva”, mas não há limite de tempo aqui. Os jogadores podem levar todo o tempo que precisarem para derrotar os chefões, a contagem regressiva que falo é puramente no avanço da noite, que vai diminuindo o mapa cada vez mais.
Há ainda eventos aleatórios que acontecem, como um exército de formigas gigantes aparecer fazendo uma emboscada, ou Margit aparecer para te atacar (em minha jogatina, não cheguei a ver Margit, possivelmente ele aparecia em um local específico que acabei visitando pouco).
Os 4 personagens jogáveis

O teste contava com 4 tipos de personagens para jogar, cada um com habilidades únicas, sendo eles: Wylder – um “guerreiro padrão”, equipado com escudo e espada longa, com stats balanceados. Suas duas habilidades são: Usar um grapling hook que puxa inimigos pequenos para perto e leva o jogador para perto de inimigos grandes. E a habilidade suprema, que é um tiro explosivo. O Wylder possui uma besta equipada em seu braço esquerdo, que quando ativada, faz o jogador se aproximar do inimigo e causar uma imensa explosão, jogando Wylder para trás.
Guardian – o “tanque”, equipado com escudo pesado e alabarda, com bastante força e capacidade defensiva. O Guardian é um pássaro humanoide focado em defesa. Ele pode esquivar-se com seu estudo levantado e suas habilidades são: Usar uma de suas asas para gerar um pequeno tornado que causa dano e atordoa inimigos. E sua habilidade suprema, que o faz pular para o alto e colidir com o chão gerando uma onda de choque que causa grande dano.

Countess – uma personagem rápida e com foco em esquiva, podendo esquivar-se duas vezes seguidas – quase uma caçadora de Bloodborne, equipada apenas com uma adaga. Suas habilidades são: Criar uma ilusão temporal que repete todo o dano que o inimigo sofreu nos últimos segundos. Basicamente, ataque o inimigos múltiplas vezes e ative essa habilidade para causar novamente os mesmos danos ao inimigo. Sua habilidade suprema cria um véu que torna a Countess e todos os jogadores próximos invisíveis, permitindo que ataquem inimigos por alguns segundos sem serem vistos.
Por fim, temos a Recluse, uma bruxa especializada em maldições, equipada somente com um cajado mágico. Suas habilidades são: Absorver energia – Por ser uma usuária de magia, ela gasta muitos pontos de mana para atacar, mas ela pode absorver magia de inimigos. Ao fazer isso, ela absorve a afinidade mágica do inimigo, que pode ser pedrilhante (magia padrão), fogo, e etc. Ao absorver 3 afinidades e ativar a habilidade, ela dispara uma poderosa magia no inimigo. E sua habilidade suprema é uma maldição que marca um inimigo por alguns segundos. Os jogadores que atacarem o inimigo marcado recuperarão vida e magia conforme atacam.

Possivelmente o game tenha mais personagens, ou a possibilidade de customizar as habilidades dos personagens disponíveis, quando for lançado, mas para o teste de rede, tivemos esses quatro personagens disponíveis. Todos os 4 são muito divertidos de se jogar, e como não há restrição de status, todos podem usar qualquer tipo de arma livremente. Mas é preciso levar em conta que algumas classes tem mais força física e vigor que outras, por exemplo.
Divertido e desafiador, com promessa de muito conteúdo

Elden Ring: Nightreign é um game bem diferente do Elden Ring original, mesmo usando todas as suas armas e gameplay. O teste de rede, ainda que inicialmente caótico, mostrou bem como o game funcionará, e pelo menos o quesito mais importante de um game da Fromsoftware, a dificuldade, está bem presente aqui.
É possível jogar o game sozinho, caso os outros dois jogadores deixem a partida. Isso chegou a acontecer comigo uma vez, e notei que os inimigos ficaram consideravelmente mais fáceis de derrotar, ou seja, com menos jogadores, as coisas ficam um pouquinho menos complicadas. Mas ainda assim o desafio é grande.

Não sei dizer ainda se Elden Ring: Nightreign será um game que prenderá os jogadores por muito tempo, pois live services hoje em dia ou atingem um sucesso estrondoso, ou morrem em menos de seis meses. E está bem difícil vermos casos no meio termo. Pelo menos, Nightreign oferece uma diversão envolvente para quem é fã de Elden Ring. E se você não gosta de Souls-like, não acho que esse game vá te atrair, mesmo sendo focado em multiplayer.
No fim, o balanço do teste de rede foi positivo, tanto em corrigir os problemas de servidor, quanto em ser divertido, ainda que os elementos procedurais estivessem desativados para o teste. O que é compreensivo. Talvez, se um novo teste acontecer no futuro, vejamos mais do game funcionando, o que contribuiria muito para formar uma opinião mais embasada sobre o game. Mas por entanto, ele diverte, e isso é o que importa.
Elden Ring: Nightreign será lançado no dia 30 de maio com versões para PC, Playstation e Xbox.
Confira todas as ofertas de games da Amazon!
E confira todas as promoções em games de PC na Nuuvem!