Preview Arkade: A diversão das derrapagens na versão alpha do estiloso Drift Stage (PC)
Drift Stage, o nostálgico jogo de corrida desenvolvido por três pessoas, ganhou uma versão alpha para que possamos experimentar um pouco deste mundo veloz e colorido – e você pode conferir as nossas primeiras impressões do game logo abaixo!
Já faz um tempo que estamos acompanhando o desenvolvimento de Drift Stage na Arkade, desde seu anuncio feito alguns meses atrás, sua confirmação no Steam Greenlight e agora ao experimentarmos o primeiro demo deste excitante jogo de corrida.
Como havia sido prometido, os três desenvolvedores por trás deste projeto disponibilizaram uma versão alpha de Drift Stage demonstrando a primeira pista no modo Time Trial para que o público saiba o que esperar dele. Assim, baixei o demo, peguei o primeiro controle que vi pela frente e comecei a derrapar com o meu carro pela noite cintilante em meio a uma verdadeira selva de prédios iluminados por luzes neon.
E o primeiro elemento que se destaca em Drift Stage é justamente o seu visual distinto graças aos diversos tons de cores utilizados para pintar o cenário. O roxo predominante dos prédios se acentua bem com o amarelo das janelas e de seu próprio veiculo. As cores não foram escolhidas ao acaso, sendo capazes de complementar o próprio visual retrô do final dos anos 80/começo dos anos 90 nos videogames – algo que remete aos saudosos jogos de corrida Daytona e Cruis’n USA.
Também temos a trilha sonora que serve como uma pancada dos anos 80 graças ao uso de sintetizadores e guitarras elétricas na composição. Todos os elementos visuais e sonoros complementam-se e por isso Drift Stage consegue ser um jogo extremamente bonito e estiloso mesmo nos estágios iniciais do desenvolvimento (o jogo ainda está na fase alpha).
O gráfico de Drift Stage faz parte de um pequeno nicho que foca em uma época que os videogames estavam desenvolvendo o conceito de jogos 3D com modelos poligonais, e por isso boa parte deles são “mal desenhados”, com as formas geométricas tendo mais arestas do que deveriam. Mas o que era para ser feio acaba ganhando um certo charme pelo próprio tema que os desenvolvedores decidiram seguir tão fielmente. É como se você estivesse jogando algo que saiu nos anos 90 porém com a jogabilidade responsiva e competente que vemos atualmente após tantos anos de evolução dos jogos eletrônicos.
E isso me leva a discutir sua jogabilidade, que é surpreendentemente responsiva e simples o bastante para qualquer um pegar e começar a derrapar o seu carro por aí. Boa parte das curvas na pista disponível no alpha são mais abertas, próprias para conversões e manobras mais contínuas, enquanto o ato de de fazer a curva derrapando é extremamente simples, usando dois botões (acelerador e freio) e o analógico para se regular o ângulo do carro.
Porém, a grande complexidade se situa em como você mantém o carro durante a derrapagem ao conseguir uma aceleração satisfatória no inicio, durante e no fim daquela curva. Somente assim você consegue aperfeiçoar seu desempenho no sinuoso trajeto com todos os seus obstáculos.
A modalidade disponível no alpha é a de Time Trial porém com algumas modificações do tradicional. Na primeira vez você corre sozinho até terminar a primeira volta, assim o seu “fantasma” da volta anterior aparece e o objetivo se torna em ganhar de si mesmo conseguindo ser mais rápido ainda. A grande mudança é a aparição de mais três fantasmas que correspondem um nível de desafio diferente, com Novice, Intermediate e Expert disponível, com o desafiante mais avançado aparecendo assim que o carro da dificuldade anterior perde para você.
Assim como os antigos jogos que serviram de inspiração para Drift Stage, seus controles são simples e responsivos ao ponto de nos lembrar a época dos fliperamas. Atualmente Drift Stage não tem as configurações que podem ser vistas em jogos de corrida que prezam por mecânicas mais técnicas. Pelo menos em sua fase alpha, o game lembra mais Dirt e Forza do que Gran Turismo e Grid.
A grande surpresa, na minha opinião, é o Photo Mode presente em Drift Stage. Com ele é possível mover a câmera livremente para tirar a “foto” perfeita que simbolize o que realmente é o jogo. O que torna uma grande surpresa é pelo fato dos desenvolvedores implementarem um modo que é tão minucioso em detalhes na versão alpha de um jogo, o que poderia ser um grande tiro no pé caso Drift Stage fosse disponibilizado com algum tipo de bug ou erro. As imagens desta matéria são exemplos de telas capturadas com o Photo Mode.
Esta confiança da pequena equipe formada por um programador, um músico e um artista é o que faz Drift Stage ser um jogo tão promissor, especialmente quando presenciamos um produto que já é tão competente em fase precoce de desenvolvimento.
2014 nos mostrou que é preciso torcer para que um jogo seja lançado sem nenhum erro, bug ou qualquer outro obstáculo que faça a experiência de jogar impossível e é muito bom perceber que a versão alpha de um jogo independente produzido por três pessoas consegue ser tão bem feita quanto os grandes jogos AAA publicados por imensas empresas de nossa indústria.
No fim e após muitas derrapadas, sai satisfeito ao terminar o demo de Drift Stage. Só o modo Time Trial bastou para me deixar viciado e com uma necessidade de correr cada vez mais rápido para combater os meus “fantasmas” e ainda ganhar dos oponentes e seus respectivos níveis de dificuldade; Sua estética traz algo de diferente à mesa e consegue ser um dos jogos mais bonitos neste ano que mal começou. Sem dúvida já é um dos mais estilosos.
Se tudo correr bem (trocadilho intencional), os desenvolvedores devem anunciar Drift Stage no Kickstarter para arrecadar verbas que serão usadas para intensificar o projeto e melhorá-lo ainda mais. Enquanto isso, você pode conferir a própria demonstração que joguei neste link, onde você pode fazer o dowload e ver que Drift Stage está prometendo ser um jogo de corrida bem divertido.