Preview Arkade: nossas impressões sobre o beta fechado de Valorant
A Riot Games conseguiu o que poucas empresas desenvolvedoras de games conseguiram fazer: gerou uma expectativa gigantesca e entregou um jogo muito refinado já no beta. Mas por que há tanta gente empolgada por Valorant? O jogo é bom? Vamos descobrir!
Gameplay
Valorant é bem semelhante a maioria dos FPS “pés no chão” da atualidade. A sua proximidade com CS:GO é enorme, mas isto não tira as suas características únicas. Estas, por sinal, são muito divertidas e competitivamente equilibradas.
A variedade de Agentes – dez no total – e habilidades exclusivas de cada um dão um toque especial a Valorant. Antes de começar a jogar, eu estava com receio de que o jogo fosse muito semelhante a Overwatch na questão de haver muitas habilidades pulsando na tela e, como consequência, uma gameplay muito agitada.
Me surpreendi pois é o oposto disto. As mecânicas dos campeões são simples e não é nada que impacte o resultado da partida de forma agressiva. Muitas delas precisam de certa habilidade para manuseio. No beta só estava disponível o conhecido modo de jogo de plantar/defusar a bomba, mas a esperança é que, com o lançamento oficial na próxima semana, mais modos sejam adicionados.
Estética
O visual do game não é realista: ele possui um estilo mais puxado para o cartunesco, com certo nível de detalhe. As armas, por sua vez, possuem sons e design mais próximos da realidade. É um contraste interessante. Ao mesmo tempo em que as armas o ritmo do jogo passa a sensação de algo realístico, a ambientação e as mecânicas dos Agentes remetem a um mundo fictício.
A equipe da Riot que desenvolve o Valorant fez um artigo na página oficial do jogo para explicar como foi o trabalho de criação do arsenal. Eles tiveram que lidar com conceitos como a familiaridade, letalidade, o estilo tático e a compreensividade para construir armas que realmente impactassem o jogo.
O resultado, pelo que pudemos ver até agora, convence: cada uma delas tem o seu estilo, e foi trabalhada nos detalhes para prover a melhor experiência ao jogador. Veja o artigo completo em inglês aqui.
Conclusão
Eu tive uma ótima experiência com Valorant e, apesar de saírem diversas notícias sobre ataques hackers e o sistema de segurança (Vanguard) ser um tanto quanto diferente de outros jogos, não tive nenhum problema em minhas partidas.
O principal ponto negativo — do qual a comunidade está reclamando muito –, é a questão do chat por voz, visto que há muita toxicidade, muitas ofensas e discussões durante as partidas. Isto é algo que a própria desenvolvedora vai ter que saber como lidar, tanto em relação ao jogo quanto à comunidade, para prover um melhor suporte.
Algo que me incomodou também foi a dificuldade para habilitar novos personagens. O progresso para isso é extremamente demorado e pode ser bastante desanimador. Até o momento, não existe a possibilidade de comprar outros Agentes. É somente jogando e ganhando experiência que eles são desbloqueados.
Quando iniciei o beta, 6 personagens já estavam liberados. O primeiro Agente extra pode ser liberado já depois das primeiras partidas. Mas, para liberar o segundo Agente, são muitas e muitas horas de gameplay, acumulando lentamente pontos de experiência suficientes para finalmente ser recompensado. Talvez se o usuário começasse com menos personagens e fosse liberando-os com mais facilidade, seria mais prazeroso passar horas e horas atirando nos adversários e cumprindo as missões diárias.
Apesar disso, a demora de acumular XP não é algo deixou o jogo cansativo para mim. Como eu disse anteriormente, minha experiência foi bastante positiva e creio que o jogo vai agradar a todos os jogadores de FPS, especialmente quem já está familiarizado com o estilo de CS.
Valorant será lançado oficialmente em 2 de junho.