RetroArkade: Que tal os jogos e a animação de Batman dos anos 90?
Mais uma RetroArkade com “oferecimento” do Sábado Animado, pois hoje iremos juntos relembrar de um dos melhores momentos do Homem-Morcego: sua série animada e os jogos que vieram de carona!
Diga o que disser, “haja o que hajar”: O Batman, pelo menos pra mim, foi, é e será o melhor herói já criado nesta galáxia. A complexidade de seus temas, seus vilões geralmente malucos e a ambientação noturna são apenas uns dos motivos que me faz preferir o rabugento herói ao “simpático” Superman.
Se bem que o Superman sob efeito de Kryptonita feita em laboratório também fica maneiro, saca só:
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Mas enfim, voltando a falar do Homem-Morcego, ele foi assunto na década de 1990 por vários fatores, como por exemplo na sua “morte” em confronto com o Bane e também pela sua série animada, fruto da nossa RetroArkade de hoje e que gerou muitas coisas para o universo DC, como a animação da Liga da Justiça. E somado a isso, vamos relembrar também dos jogos que foram lançados baseados nesta produção. Vamos lá?
Existe vida além dos Looney Tunes
Batman já havia dado o que falar na década anterior. Consolidado como um grande ícone da cultura pop já há muitos anos e protagonista de diversas histórias que marcaram os anos 80, como o Cavaleiro das Trevas, Ano Um e A Piada Mortal (lembrando também dos filmes de Tim Burton), a Warner Bros decidiu sair da zona de conforto dos Looney Tunes e arriscar em novas animações, como os Tiny Toons, os Animaniacs e a tentativa de se fazer algo com um super-herói, no caso, o Batman.
Foi então que no dia 5 de setembro de 1992 estreou no canal FOX a série original Batman: The Animated Series e junto com as outras apostas da companhia, foi sucesso absoluto. Com arte de Bruce Timm, o seriado tinha um ar de filmes de gangster, mas ao mesmo tempo, altamente tecnológico graças aos bat-trecos e bat-veículos.
A ambientação foi claramente inspirada em O Retorno do Cavaleiro das Trevas e na ambientação atemporal dos filmes de Tim Burton, que também misturava passado com presente e futuro. Para deixar a animação mais sombria e adulta, armas foram adicionadas (embora quase ninguém levava tiro), a possibilidade de que alguém poderia morrer (mesmo sem nunca isso ter acontecido) era real e a pancadaria comia solta.
Até o tema título era menos “tã nã nã nã nã” e mais sério, relembre aí:
O que nasceu no seriado e faz parte do universo
Claro que o seriado foi bem aceito e sua popularidade foi tanta, que acabou contanto com elementos inseridos no universo “oficial” do Batman. Vilões já conhecidos como o Coringa, ganharam até uma “razão” para o crime, enquanto o Pinguim, inspirado no filme de Tim Burton, também definiu o vilão desta maneira.
Outros não muito populares na época foram redefinidos, como o Senhor Frio, o Charada e o Duas-Caras foram tão bem construídos e conduzidos, que hoje tem lugar marcado no ambiente da franquia, tendo presenças constantes em filmes e até na série Arkham. Robin também foi “refeito”, deixando de ser aquele ser tosco eternizado na Feira da Fruta série dos anos 60, e ganhando roupas mais sombrias e próprias para uma vigilância noturna.
E novos vilões, exclusivos para a série foram criados, como o Garra Vermelha, o ninja Kyodai Ken, Tygrus e o Rei dos Esgotos, mas estes ficaram no ostracismo. Melhor sorte tiveram Renee Montoya (que também está em Gotham)e o Carcereiro, que foram introduzidos ao universo mais tarde.
Porém, quem realmente chamou todos os holofotes para si, ganhando não só espaço no universo do Homem-Morcego, mas também conquistando espaço no coração de inúmeros fãs, foi a Arlequina. Muitos nem sabem que a personagem nasceu na animação de tão popular que é. E basta ir a um evento com cosplayers que poderemos entender um pouco sobre seu sucesso.
The Adventures of Batman and Robin – SNES
Agora, hora de falar dos jogos, não é mesmo? Pois todos sabemos que você, após assistir o desenho no SBT, ligava seu console ou ia na locadora mais próxima jogar algo do Batman. E no caso do Super Nintendo, temos um excelente game, que embora seja um side scrolling, contava com ideias interessantes para a época e seu sistema.
Sua premissa envolvia sair andando de um lado ao outro e espancar os bandidos, porém as inúmeras armadilhas, emboscadas, diamismo dos chefes e especialmente, a desgraça da fase do labirinto, fizeram muitos controles de Super Nintendo irem para a parede.
Porém, apesar da dificuldade, é um jogo querido pela galera. Exatamente por estes elementos que adicionaram dificuldade e personalidade ao game. A Konami, quem publicou o game para o sistema da Nintendo, colocou no cartucho um dos games que melhor representou o universo de Batman, antes do sucesso da série Arkham.
The Adventures of Batman and Robin – Mega Drive
E como era comum na época, estúdios diferentes produziam games diferentes de um mesmo tema. E isso era bom, afinal de contas, cada game usufruía do que cada sistema tinha de melhor. Como o Mega Drive, que embora inferior ao concorrente em cores, gráficos e som, tinha o trunfo da velocidade.
E é isso que a versão da Sega representa: um game frenético, assim como o clássico Gunstar Heroes. É tiro correndo solto para todo lado, um Batman mais acelerado e fases mais dinâmicas do que o outro game. E nem por isso, um jogo mais fácil.
A proposta era diferente, mas a dificuldade era a mesma, afinal de contas, você tinha que sobreviver nos cenários em meio a necessidade de bater nos inimigos, milhares de balas e fragmentos voando para todo lado e os mesmos vilões difíceis, que exigem estudo para a vitória.
Nasce uma nova “franquia”
E como todos já sabemos, Batman foi apenas o primeiro passo. Anos mais tarde, foi a vez de Superman ganhar seu seriado, que gerou um game histórico, mas pelos motivos errados. E a consagração do formato apareceu com A Liga da Justiça, que introduziu muitos personagens da DC, como o Flash e a Mulher Maravilha.
E depois colocou praticamente todos os heróis em Liga da Justiça: Sem Limites. E com isso, a Warner Bros. deixou de ser “apenas” a cada do Pernalonga e encontrou outra galinha dos ovos de ouro. Tanto é que vira e volta novas animações em longa metragem aparecem com os mesmos traços, logo…