Review do Leitor – Blur (PC, PS3, X360)
O que acontece se misturarmos a jogabilidade de Mario Kart com o realismo de Need for Speed? Acontece Blur, jogo de corrida da Bizarre Creations. Confira agora um review deste jogo feito pelo nosso leitor Marcelo Costa.
Dentre o grande filão de jogos de corrida explorados no mercado de games, há muito tempo dominado pela franquia da série Need For Speed, da Eletronic Arts, é de se chamar atenção quando alguma empresa coloca seu esforço e dinheiro para inovar este gênero.
É o caso de Blur, desenvolvido empresa Bizarre Creations – que nos trouxe Metropolis Street Racer e Project Gotham Racing –, coloca o jogador em um outro patamar totalmente experimentado para aqueles que gostam de acelerar no mundo virtual. Lançado quase simultaneamente com Split/Second, o jogo chegou a ter seu brilho um pouco ofuscado por competir com um título melhor propagandeado e mais bem avaliado pelos críticos.
Com gráficos que impressionam as exigências do mercado, Blur consiste em não só ganhar a corrida durante o jogo, mas também usar poderes especiais que o jogador possa vir a conquistar nas provas. Minas explosivas, raios laser, e mísseis teleguiados são alguns dos elementos que interagem durante as competições, que, dependendo do objetivo, fazem com que o jogador ganhe mais fãs – outro ponto primordial que o game trouxe.
A junção desses elementos cria um ambiente um tanto alucinante durante as partidas. As corridas muitas vezes parecem ter sido saídas de um filme com cenário pós-apocalípticos, como se a ficção científica se juntasse a Mario Kart.
Não se espante caso achar o jogo um tanto complicado de início, pois até se acostumar com todos os poderes disponíveis, e tentar conciliá-los com os objetivos pendentes, demora um pouco. Outro ponto interessante do título é que aqui não há narrações de personagens do jogo, tampouco tutoriais – como presentes na maioria dos outros títulos de corrida.
Este leva sua cara “futurista” mais longe, onde vídeos são demonstrados sem vozes o que deve ser feito. Assim como seu menu principal, onde a linguagem também inova com “Anteriormente em Blur”, exibindo o que você já conquistou ao longo da campanha.
Outro fator que não poderia deixar de faltar é a música pop durante as partidas, ponto forte e presente em quase todos os títulos do gênero no mercado. As canções aqui, porém, abraçam totalmente o gênero eletrônico, onde só é possível ouvir batidas sintetizadas.
Ou seja, de uma certa forma, todos esses fatores contribuem para a total ausência que o jogo deveria ter ao se comunicar com seus jogadores. Como é tudo “computadorizado”, este fator pesa para que nos relacionemos com um jogo, tenha ele carga emocional ou não. Assim como Blur, qualquer jogo pode de início agradar, mas cansa àquele que passar horas tentando zerá-lo, já que o game padece de qualquer elo de ligação.
Além do que, alguns elementos tornam-se extremamente repetitivos. Como a música presente na hora de carregar as partidas, ou as aberturas dos cenários onde se passam as disputas, sofrem de vícios no formato, que talvez pudessem ser evitados caso o desenvolvimento do jogo tivesse sido mais apurado na hora de testar suas versões beta.
Apesar desses erros, Blur é um título que agrada ao prestigiar a inovação. Modernizando os conceitos de batalhas durante as corridas, com um tom extremamente moderno combinado a seu visual chapado, certamente vai agradar jogadores sem idade para o Mario Kart.
Este review foi feito pelo leitor Marcelo Costa (@m_cello). Quer ver seu texto aqui no blog da Arkade também? Entre em contato através do nosso formulário e nós lhe daremos mais detalhes.