The Lost Games: Kamen Rider V3 fez o PSOne viver os gloriosos episódios de tokusatsu
Continuando a desenterrar aqueles jogos interessantes — pro bem ou pro mal — que pouca gente jogou, vamos falar hoje do épico Kamen Rider V3, que levou a série dos anos 70 para o PSOne.
Geralmente o que a gente gosta, torce pra virar game. E isso vem com uma série de “como seria”, pensando na melhor maneira de se adaptar o tal jogo, não é mesmo? E o mesmo acontece com os tokustasus, com suas lutas coreografadas, explosões e tudo aquilo que fãs de Jaspion, Changeman e tantos outros esperam.
Como já falei em uma RetroArkade, os heróis japoneses desse gênero (pelo menos os que nós brasileiros conhecemos) nunca tiveram um jogo, pois geralmente são produções da década de 80, que mesmo contando com o NES fazendo um estardalhaço no mundo, não tinham espaço, já que o que mandava mesmo eram as séries originais e não as adaptações.
Mas em 2003, durante umas férias que passava no interior, fui apresentado por uns amigos por um clássico para todo fã do gênero: o jogo de 2000 sobre Kamen Rider V3 ou como a gente chamava, o “Wissuri”, devido ao seu grito.
A história gira em torno de Shiro Kazami, que após perder toda a sua família, mortos pelo Império Destron, deseja vingança e pede ajuda para os dois Kamen Riders originais, Takeshi Hongo e Hayato Ichimonji, querendo se tornar um rider também. Ouvindo não como resposta, pois o processo envolveria uma cirurgia perigosa além da condenação a vida de herói, o teimoso Kazami segue os heróis e os salva da morte certa, quase perdendo a própria vida por isso.
Vendo o ato heróico e também buscando salvá-lo da morte, ambos concordam em fazer a cirurgia e dar a Shiro os poderes de Kamen Rider, nascendo assim o V3, que além de ter a oportunidade de vingar sua família, também poderia ajudar a combater o Império Destron e trazer paz para o planeta Terra.
https://www.youtube.com/watch?v=GFOy90lnfvk
O jogo conseguiu trazer toda a aura dos clássicos episódios de seriados de heróis japoneses, da mesma maneira que Chroma Squad faz hoje, porém de maneira diferente. O jogo é de luta, da mesma forma que Tekken, porém tem um modo história bem feito, usando bem deste recurso por fazer de um jogo que poderia ser um Final Fight da vida ser executado como um fighting game, ao mesmo tempo que conta novamente os eventos do V3.
O “episódio” começa com o nosso herói enfrentando os clássicos e eternos “monstros” aleatórios, aqueles que servem de “preparação” para o vilão final (e também para gerar empregos para dublês). Após derrotá-los, uma animação com o herói e o vilão acontece e o jogo vai para os comerciais. Sim, comerciais, mas não espere anúncios do 011 1406 não, é só a vinheta de ida e volta do episódio, para manter a experiência Kamen Rider mais forte.
Mas já que estamos falando de comercial, vamos continuar no clima vendo o comercial das Facas Ginsu:
Voltando dos comerciais, é hora de encarar o “chefe” da fase, ou o vilão do episódio, que naturalmente ficava mais difícil com o passar das fases. E obviamente, o episódio termina com poses e explosões. Tudo para fazer qualquer fã de sentai e afins (eu!) felizes e contentes.
E com seu progresso durante a jogatina, ainda dava para desbloquear muita coisa bacana, como os outros Kamen Riders (com direito a episódios particulares) e até imagens e vídeos da produção, como este comercial do cinto Henshin, veja só:
E é isso, que junto comigo é fã de heróis japoneses: temos esta pérola que traz os bons momentos de Jaspion, Jiraya e companhia nos games. Tudo bem que não assistimos esse seriado nem sabemos direito do que se trata a história, mas e daí? Sabemos que é um herói tipicamente japonês lutando pela justiça em meio a pedregulhos e explosões e isso basta!