Uma empresa criou um sistema de ads dentro de games. E a EA gostou da ideia.

2 de julho de 2021
Uma empresa criou um sistema de ads dentro de games. E a EA gostou da ideia.

Em todos os meus anos de vida, desde a infância até hoje, percebi que propagandas são coisas que quase ninguém gosta. Principalmente quando são invasivas, o que imediatamente remete às propagandas em vídeo em games mobile. Pois bem, uma emprega criou um sistema de propagandas para games de PC e console, e a EA já entrou no barco.

A empresa Simulmedia criou o playerWON, um sistema para a transmissão de propagandas nesses games, no mesmo estilo dos jogos mobile: Assista a um vídeo de propaganda e ganhe alguma recompensa em troca. Parece uma ideia bem… controversa, para ser mais sutil, mas já foi aceita pela EA e pela Hi-Rez, estúdio criador do game Smite.

Segundo pesquisas da Simulmedia, jogadores se tornam mais propensos a gastar dinheiro real dentro de um game se ganharem alguns mimos assistindo ads. A empresa ainda essas pessoas também estariam propensas a assistir cerca de 10 vídeos por dia em troca de recompensas.

Obviamente esse sistema tem como alvo games free-to-play, mas não apenas isso. O público alvo da tecnologia são jogadores na faixa etária de 18 a 34 anos (a grande maioria dos gamers de atualmente, creio), pois esse é um grupo muito difícil de atingir através de marketing tradicional em vídeo.

Além disso, a empresa conclui que 90% dos jogadores de games free-to-play não gasta nenhum centavo com microtransações, um número que certamente parece realista, observando-o “de fora”. E não é segredo nenhum que os estúdios por trás desses games precisam encontrar alguma forma de capitalizar seu trabalho, normalmente com patrocínios e propagandas.

Essa é uma prática já antiga no cenário mobile, ao ponto que praticamente ninguém mais liga para isso. Mas quando falamos de games de console e PC, aí a coisa muda de forma considerável. Basta lembrar quando a Capcom inseriu propagandas nas telas de loading de Street Fighter V, ou NBA 2K21 que literalmente tinha comerciais rolando no meio do jogo. A rejeição por parte dos jogadores foi absoluta.

No fim, existe a balança da situação: De um lado, games free-to-play precisam faturar dinheiro de alguma forma e essa prática é antiga no cenário mobile. Do outro, inserir propagandas dentro de games de consoles e PC (que são aparelhos caros e no caso dos vídeo games, não são essenciais, como um celular) é algo que não é nem um pouco atrativo.

Ainda mais levando-se em conta que o sistema não será usado (pelo menos não no momento, que se saiba) por pequenos estúdios que estão tentando a sorte no cenário free-to-play (como os milhões de games independentes para Android e iOS, que são gratuitos e possuem propaganda), mas sim por grandes companhias que já possuem muito dinheiro e que já possuem um péssimo histórico quando o assunto é tirar um dinheiro a mais de um game.

(Via: PC Gamer)

Renan do Prado

Amante de Metal Gear, platinador de Soulsborne e exímio jogador online (quando o lag não atrapalha).

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