Análise Arkade – O “bom e divertido” pesadelo de Darq Complete Edition
Pesadelos são ruins, por várias questões. Podem trazer à nossa memória situações desagradáveis, nos fazer viver coisas ruins e trazer tudo o que de pior poderíamos ver ou sentir em um momento no qual deveríamos estar descansando. Entretanto, há um bom pesadelo para se conhecer, e seu nome é Darq.
Darq: Complete Edition nos coloca na pele de Lloyd, um garoto que a cada noite de sono, precisa enfrentar seus medos, em várias situações diferenciadas, usando de puzzles e atenção para conseguir acordar e viver novos pesadelos. O personagem sofre com esta maldição de ter pesadelos todas as noites, e vive conscientemente estas tormentas, precisando driblar as adversidades para conseguir acordar.
As fases contam com um tom bem sombrio, com fortes tons de cinza, e que lembram, facilmente, obras de Tim Burton. É como se estivesse jogando algo relacionado a Beetlejuice. Porém com uma pegada mais sombria, afinal, estamos falando de pesadelos vividos por um garoto. A escolha perfeita para representar as noites de pesadelo do protagonista.
Puzzles que não são pesadelos assim
Em meio a um visual mais dark, o game te coloca em pesadelos-fases que são recheadas de puzzles. São necessários, em um formato mais simplificado da fórmula de Resident Evil, encontrar um item pelo cenário, que ativa um outro elemento, que desbloqueia uma porta ou um outro item. Mas o grande destaque aqui, está em relação ao fato de que Lloyd pode manipular os cenários. Podendo, assim, inverter uma sala, e transformar paredes e teto em piso.
Tal mecânica faz com que os cenários ganhem uma interessante expansão. Pois é necessário, literalmente, “revirar” os cenários, em todas as suas posições, para alcançar locais específicos ou encontrar itens necessários. Isso faz com que o jogador tenha ciência de que é preciso explorar pra valer os cenários, enquanto encontra os itens necessários. Precisando, até, vez ou outra, “driblar” algum inimigo.
Não é possível enfrentá-los, sendo necessário se esconder ou usar as sombras a seu favor. Tudo isso soma positivamente em puzzles bem criativos que, embora sejam bem simples, são cativantes. E como disse, a fórmula emprestada de Resident Evil de resolução de puzzles, mesmo bem simplificada, agrada e muito. O fato de que um item está no teto, e é preciso virar a sala para encontrá-lo também é bem interessante. Que mostra toda a criatividade do título.
Uma boa noite de jogatina, menos para Lloyd
E não são puzzles dos mais complexos, o que pode atrair quem não queria lidar tanto assim com quebra-cabeças, mas pode afastar quem quer mais desafio. De qualquer forma, é um game que é terminado em poucas horas. Com os troféus e conquistas sendo o convite para o replay. Mas no final, é um jogo bom, que pode ser fechado em apenas um final de semana. Ou entre uma jogatina de um jogo maior que possa estar jogando.
Darq: Complete Edition tem este nome pois é a chegada do título aos consoles. O game foi lançado em 2019, primeiro para os PCs. E para Playstation 5, Xbox Series X|S e Nintendo Switch, o game traz o título original e dois níveis extra, que haviam sido lançado como DLC: A Torre e A Cripta. Que, no final, oferece a todos uma boa noite em um bom game, menos para Lloyd.
