Brawlout para consoles tenta ser Super Smash Bros., com estrelas do mundo indie

2 de outubro de 2018

Brawlout para consoles tenta ser Super Smash Bros., com estrelas do mundo indie

Em 2017, tive a oportunidade de jogar Brawlout, em Early Access. Percebi, na época, que o game, que propõe pancadaria no melhor estilo Super Smash Bros. fora de um console Nintendo, merecia melhores cuidados, sem dúvida, especialmente nos cenários. Passado mais de um ano, estamos agora falando da versão para consoles.

Brawlout saiu primeiramente para PCs, no Early Access, depois fez presença no Nintendo Switch, e agora está com versões para Playstation 4 e Xbox One no ar. Agora, observando-o como um jogo completo, podemos conferir, assim, o quanto o game busca beber da fonte da série da Nintendo. Temos dois botões para atacar, um simples e outro especial. Um botão de pulo, com possibilidade de pulo duplo. Um botão de esquiva. E o clássico formato com dano em % que, conforme maior, aumenta as chances de ser jogado pra fora da arena.

Há um meio bem confuso para acionar os ataques, que exigirão um tempo nos tutoriais. E um outro problema que incomoda no game é o desbalanceamento dos golpes. Você não sabe, necessariamente, qual o melhor jeito de atacar seu adversário. Lembra de como era jogar Tekken, esmagando todos os botões pra ver o que acontece? Aqui ocorre algo semelhante, com o contra de que o formato do game exige mais do que isso.

Brawlout para consoles tenta ser Super Smash Bros., com estrelas do mundo indie

Assim, conforme mais você se familiariza com os comandos, melhor fica para jogar. Comum em jogos do gênero, o fator sorte não é a preferência aqui. No entanto, os golpes, conhecimento de cenário e habilidades com personagens específicos são fundamentais para os mais dedicados, que conseguirão maior sucesso no multiplayer.

Um “quase” clone de Smash Bros.

Visualmente falando, Brawlout também não é nenhuma maravilha. A arte, de uma forma geral, está bem caprichada, com cortes fortes e bons detalhes. Entretanto, a impressão que temos é de que apenas uma arte foi feita, e a partir dela, todo o resto foi desenvolvido. São muitas semelhanças, em cenários bonitos, mas parecidos. Falta personalidade, e não só nos cenários, nos personagens também.

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Com exceção, claro, de três conhecidos dos fãs dos games indies. Juan, de Guacamelee!, The Drifter, de Hyper Light Drifter e Yooka-Laylee fazem a diferença em meio aos genéricos. Eles são carismáticos o suficiente para serem sempre os mais escolhidos, exceto pelos mais dedicados, que escolhem seus personagens baseado em vários outros aspectos.

Brawlout é bem intencionado, entretanto não consegue deixar de ser apenas um “clone” de Super Smash Bros. O jogo tem gameplay interessante, e poucos modos para jogar. Há o modo arcade, o training, e as batalhas multiplayer: local entre amigos, ou online. Também existe um modo para apenas assistir as partidas.

Assim, mesmo com possibilidades online, o jogo não “decola”. Segue sendo uma proposta interessante, e segue funcional como um clone de Smash. Entretanto, não evoluiu o quanto era esperado em seus tempos de Early Access, a ponto de ser uma boa opção “não-Nintendo” para o gênero. O que nos resta, por fim, é ver a equipe responsável seguir seu trabalho de aperfeiçoamento, para termos boas novidades com um game que, repetindo, é bem intencionado.
Brawlout está disponível para Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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