Análise Arkade: Cat Quest III, uma pequena (grande) aventura pirata!

13 de agosto de 2024
Análise Arkade: Cat Quest III, uma pequena (grande) aventura pirata!

O RPG mais fofinho do mundo dos games está de volta, agora em “skin” de pirata! Esta é nossa análise de Cat Quest III, jogo que entrega boas horas de fofura, exploração e pirataria!

Agora em skin de pirata!

O primeiro Cat Quest foi lançado lá em 2017, era meio que uma paródia dos RPGs de fantasia medieval tradicionais, que ganhou muitos fãs por seu bom humor e sua abordagem amigável ao gênero.

Dois anos depois, em 2019, chegou Cat Quest II, jogo que perdia um pouco o tom de paródia, mas mantinha o bom humor. A inclusão dos cachorros à trama ampliou as possibilidades do jogo, e trouxe também sua principal novidade: a jogatina cooperativa (opcional).

Análise Arkade: Cat Quest III, uma pequena (grande) aventura pirata!

Eis que agora, em 2024, chega Cat Quest III. Sem mexer muito na fórmula que consagrou a franquia, o novo game nos leva para as águas de uma versão ficcional do Caribe (Pataribe), onde controlaremos um novo gatinho aventureiro que, por possuir a marca dos Xeretas, supostamente está apto a encontrar um tesouro lendário: a Estrela do Norte.

A história mantém a mesma pegada dos jogos anteriores, sendo leve e divertida, com muitos trocadilhos e referências. E, apesar do tom descompromissado, Cat Quest III apresenta uma preocupação muito tangível com o lore da franquia, conectando este jogo aos anteriores de forma bastante curiosa.

Análise Arkade: Cat Quest III, uma pequena (grande) aventura pirata!
Certos comentários enigmáticos conectam a trilogia

Não vou me aprofundar nisso para evitar spoilers, mas quem jogou os anteriores pode esperar algumas surpresas e segredos. E quem não jogou, também é bem-vindo, pois, o novo game também funciona muito bem de forma independente (as surpresas e segredos são bem pontuais).

Navegando pelo Pataribe

Lembra quando Assassin’s Creed “do nada” virou um jogo sobre piratas em Assassin’s Creed IV: Black Flag, introduzindo combates navais e toda uma temática bucaneira? Pois bem, Cat Quest III é o Black Flag de Cat Quest, com direito a batalhas navais e tudo!

Análise Arkade: Cat Quest III, uma pequena (grande) aventura pirata!

O jogo segue sendo um RPG de mundo aberto simplificado, com diferentes armas, equipamentos e magias. Porém, como agora estamos no Pataribe, o mundo em si é um arquipélago, pelo qual vamos navegar em nosso pequeno, mas valente, navio pirata.

A utilização do navio agiliza a exploração, e o fato do mundo manter o visual de “diorama cartográfico” dos jogos originais (uma estética que eu amo), faz com que navegar por ele seja rápido e agradável. É um “pequeno grande” mundo aberto rápido de cruzar, mas repleto de coisas interessantes para se ver, com muitas dungeons secretas, tesouros escondidos, puzzles e inimigos opcionais.

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O navio pirata acaba sendo uma extensão do próprio protagonista, uma vez que tem seus próprios upgrades, com diferentes tipos de tiros e outras melhorias. A parte “naval” é a maior novidade de Cat Quest III, e ela foi muito bem incorporada ao gameplay.

Mais do mesmo (refinado)

Quando estamos em terra, ou em dungeons, Cat Quest III meio que segue a mesma fórmula do original, mas agregando melhorias sutis. O hud do jogo, os ataques “telegrafados” dos inimigos, o funcionamento das magias, tudo isso segue sendo refinado do primeiro jogo para cá. A jogatina cooperativa ainda existe, mas jogando no modo solo, controlamos apenas um personagem, ao contrário do que rolou no segundo jogo.

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Com a temática pirata, chega também uma nova arma: a flintlock (e suas variações). Agora podemos equipar uma arma meele principal e uma arma de longo alcance secundária. Só é bizarra a configuração de botões: há um botão para alternar entre os dois tipos de armas (triângulo no PS5), quando poderia simplesmente haver um botão de ataque principal (quadrado no PS5) e outro de ataque secundário (triângulo). Me parece uma opção que faria mais sentido.

Um elemento típico de RPGs que se faz presente desta vez é o sistema de caçadas. Na cidade principal do game, há uma taberna com cartazes de “procurado” para diversos chefes opcionais, que podemos enfrentar para ganhar recompensas. É nesta mesma cidade onde temos um ferreiro e um mago, que podem melhorar nossos equipamentos e nossas magias, respectivamente.

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A principal cidade do mapa

No mais, o combate continua sendo ágil e divertido, sem ser desafiador demais, mas exigindo que o jogador se dedique subindo de nível e melhorando seus equipamentos e magias. Felizmente, os level ups são super constantes: ao terminar uma missão importante, é normal subirmos mais de um nível de uma tacada só.

Audiovisual

Eu já adorava toda a parte estética de Cat Quest, e achava que era impossível ir muito além do que eles já faziam. Mas olha, as vezes é bom estar enganado. Não sei se é pela mudança de geração (até porque o jogo saiu também para PS4, XOne e Switch), mas, no PS5, Cat Quest III está muito mais bonito (e fofinho) do que os anteriores, e roda liso.

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O vasto (porém compacto) mundo do jogo é belíssimo, com ótimos efeitos visuais e detalhes de iluminação impressionantes. A cara de diorama do mundo, segue sendo um dos aspectos mais charmosos do game, que tem um mapa mais variado e colorido do que nunca.

Charmosa também é a trilha sonora do game, que mantém um tom aventuresco que combina perfeitamente com a vibe do game. Ainda que não tenha vozes, Cat Quest III tem muitos diálogos, e a cereja do bolo, mais uma vez, são os trocadilhos e referências a outros jogos e universos.

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Miautallika \m/

De “Pi-Ratos” até “Miautallika“, passando por “Prrrscila” e “Conde Rátula“, o trabalho de localização desse jogo merece aplausos, pois adaptou as piadas e trocadilhos com maestria!

Conclusão

Sabe os jogos de Lego, que são todos meio parecidos, mas com temáticas/licenças diferentes? Cat Quest III é tipo isso: quem já jogou os anteriores meio que sabe o que esperar, mas vem para curtir uma nova ambientação, uma nova história, viver uma nova (ainda que familiar) aventura.

É um RPG de mundo aberto leve e descomplicado, que não dura dezenas de horas, nem tem centenas de objetivos pipocando por um mapa grande até demais. Tudo aqui é compactado, menos a diversão. Uma experiência cativante e divertida que funciona tanto em modo solo quanto no cooperativo de sofá.

Análise Arkade: Cat Quest III, uma pequena (grande) aventura pirata!

Se você já conhecia Cat Quest, pode vir sem medo, pois o novo jogo sobe mais um degrau em termos de qualidade. Para quem chegou agora, não se acanhe: o Pataribe também aceita novatos para viver esta pequena grande aventura.

Cat Quest III foi lançado em 8 de agosto de 2024, com versões para PC, Playstation 5 (versão analisada), Playstation 4, Xbox Series X|S, Xbox One e Nintendo Switch. O jogo possui menus e legendas muito bem localizados para o nosso idioma.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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