Análise Arkade: Skylar & Plux: Adventure on Clover Island é um retorno aos tempos do PS1

20 de maio de 2017

Análise Arkade: Skylar & Plux: Adventure on Clover Island é um retorno aos tempos do PS1Parece que estamos voltando no tempo! Depois de muitos jogos pixelados que faziam alusão aos jogos dos 8 e 16 bits, parece que os 32 e 64 bits agora são a nova onda! Poucas semanas após o lançamento do ótimo Yooka-Laylee, eis que uma novo game no estilo surge: conheça agora o carismático Skylar & Plux: Adventure on Clover Island!

Uma gata, um pássaro e uma manopla falante

A protagonista do game é a determinada (e muda) Skylar, uma gata humanoide que estava passando por maus bocados nas mãos do terrível computador do mal CRT, que planejava transformá-la em uma arma letal. Obviamente, ela consegue escapar antes que a experiência esteja completa, mas leva consigo Bob, uma manopla cibernética falante (?!) que acabará sendo de grande ajuda em suas aventuras.

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Ao escapar por pouco da estação espacial de CRT, ela embarca em uma cápsula de fuga que acaba caindo em Clover Island. Coincidentemente (ou não) o local estava sendo devastado pelo robô malvado, que planeja acabar com as belezas do local para construir uma fortaleza. Felizmente, o corajoso pássaro Plux cruza o caminho de Skylar, e seus conhecimentos sobre a região serão essenciais para guiar Skylar através das planícies, desertos e montanhas da ilha.

Assim, este trio improvável de heróis irá unir forças para combater os minions de CRT que estão tomando conta da ilha e aprisionando os simpáticos Loah, tudo isso enquanto reúnem as células de energia de uma enorme geringonça que pode ajudá-los. Confira abaixo os primeiros quase 18 minutos de gameplay que introduzem a trama, os heróis e o básico do gameplay:

Plataforma old school

Se é um jogo de plataforma 3D old school que você procura, Skylar & Plux: Adventure on Clover Island tem tudo para te agradar: sua jogabilidade é simples e intuitiva, e ele lembra muitos os primeiros jogos da série Crash Bandicoot. Temos até mesmo um ataque “redemoinho” para se livrar dos inimigos, e há muitas caixas de madeira para quebrar, plataformas móveis, lasers, elevadores… enfim, tudo o que um bom jogo “de antigamente” tinha.

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Clover Island se divide em uma área central que serve de hub, dando acesso às 3 regiões vizinhas que, na prática, são as fases do game: uma alta montanha gélida, um deserto com templos em ruínas e uma enorme fábrica cheia de esteiras rolantes e poços de lava — local já dominado por CRT.

O gameplay destas 3 áreas se resume ao básico — seguir em frente, pulando em plataformas, derrotando inimigos e tentando não cair em abismos e armadilhas. Também existem Loahs engaiolados que devem ser salvos, muitos escondidos em lugares bem mirabolantes (fique atento ao choro deles, é a melhor pista para saber se há um bichinho preso por perto).

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Além deste “básico”, porém, estão os upgrades que Skylar recebe. Cada área reserva uma nova habilidade para ela, de jetpacks e ímãs gigantes até uma orbe que permite controlar o tempo. O bacana é que cada acessório chega acompanhado de uma leva de puzzles e desafios específicos para testar as habilidades do jogador com as novidades.

Veja abaixo um exemplo de como a orbe de controle do tempo torna-se fundamental para prosseguir através de insanas plataformas giratórias:

No geral o gameplay é simples, mas responsivo e funcional. Este é aquele tipo de jogo que flui tranquilamente, com poucas chances de alguém acabar “travado” em algum ponto. Ao contrário de jogos como Yokaa-Laylee e Banjo-Kazooie, nosso sidekick Plux não é controlável nem possui qualquer tipo de habilidade útil: sua missão é basicamente ser o alívio cômico e “a voz” da dupla, uma vez que Skylar não fala. Também por isso, acho que o jogo é mais parecido com Crash Bandicoot do que com Banjo-Kazooie.

Audiovisual

Este é mais um ponto que remete direto aos jogos do final dos anos 90/início dos anos 2000: colorido e cartunesco, Skylar & Plux: Adventure on Clover Island não tenta ser um primor técnico, mas entrega um arroz com feijão bem feitinho.

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Seu mundinho é pequeno e coeso, mas cada um dos ambientes principais é bem distinto dos demais. A história é desenvolvida através de cenas parcialmente estáticas com cara de história em quadrinhos, e, durante o gameplay, detalhes como o sol refletido na água e a profundidade de campo que podemos ver de lugares altos enriquecem o visual. O que joga contra é a falta de variedade de inimigos: existem basicamente 3 tipos, e você vai encontrar só eles por todo o jogo.

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O jogo tem apenas 3 ou 4 vozes, mas todas são expressivas e condizentes com os personagens. Volta e meia estamos ouvindo os planos e lamentações do vilão junto a seu assistente, e algumas conversas que rolam entre os dois são bem engraçadas. A trilha sonora é daquele tipo que não se destaca, nem atrapalha, mas cumpre seu papel. Ah, e infelizmente, o jogo não foi localizado: menus e legendas, está tudo em inglês.

Conclusão

Skylar & Plux: Adventure on Clover Island é uma aventura nostálgica que sem dúvida vai deixar um sorriso no rosto de quem passou horas na frente da TV jogando Crash Bandicoot, Spyro the Dragon e outros jogos de plataforma 3D coloridos e simpáticos.

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Ele é bem menor e menos ambicioso — jogando sem pressa, levei pouco mais de 3 horas para terminá-lo –, e isso obviamente tem a ver com o fato de ser um jogo indie, produzido por uma equipe reduzida. Apesar disso, ele se mantém interessante do começo ao fim, incorporando novas mecânicas ao gameplay com muita competência. É aquele tipo de jogo que dá para terminar “de uma sentada”, e as poucas horas que ele dura sem dúvida são nostálgicas e divertidas.

Skylar & Plux: Adventure on Clover Island está sendo lançado hoje (19/05) para PC, Playstation 4 e Xbox One. Este review foi feito com base em uma cópia de PS4, que recebemos antecipadamente da publisher Grip Digital.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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