Análise Arkade: Super Smash Bros Ultimate é o ápice da diversão e da pancadaria no Switch

19 de dezembro de 2018

Análise Arkade: Super Smash Bros Ultimate é o ápice da diversão e da pancadaria no Switch

Super Smash Bros está de volta, exclusivamente ao Nintendo Switch e acredite: ele está mais divertido, maluco e recheado do que nunca! Confira agora nossa análise de Super Smash Bros Ultimate!

Super Smash Bros Ultimate é aquele mesmo Super Smash Bros que a gente já conhece e adora: pancadaria frenética entre até 8 jogadores simultâneos — online ou offline –, que controlam alguns dos mascotes mais famosos não só da Nintendo, mas do mundo dos games como um todo.

O novo jogo chega com mais de 60 personagens selecionáveis, que vão desde os óbvios — Mario, Pikachu, Kirby, Samus, Donkey Kong, Link — até os cameos pitorescos — Ryu, Bayonetta, Solid Snake, Pac Man, Simon Belmont, Cloud — que transformam este jogo no que deve ser o maior crossover jamais feito em uma obra de entretenimento (chupa Vingadores!). A lista inicial de personagens é modesta, mas vamos destravando dezenas de outros enquanto jogamos.

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Richter Belmont batendo no Pac-Man: coisas que você só vê por aqui

Mas calma, que além da pancadaria “de sempre”, Super Smash Bros Ultimate traz um modo história relativamente denso, com um herói bastante improvável.

Só o Kirby salva!

O modo história de Super Smash Bros Ultimate se chama World of Light e descarrega nos ombros de Kirby (que nem tem ombros!) a missão de salvar o mundo. O que rola é que uma entidade cósmica chamada Galeem atacou todos os personagens do mundo simultaneamente, e o único que foi veloz o suficiente para escapar do ataque foi Kirby, graças à sua Warp Star.

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Quem disse que a Nintendo não consegue ser creepy?

Todos os personagens afetados tornam-se Spirits, entidades de malignos olhos vermelhos comandadas por Galeem. Nossa missão é liberá-los deste domínio, e a forma “certa” de se fazer isso, obviamente, é na base da porrada. Entre uma batalha e outra, você vai liberando Spirits secundários que podem ser “equipados” em seu personagem para aumentar seu poder e conceder-lhe perks e habilidades.

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Um pedacinho do “tabuleiro” do modo World of Light

Na prática, o modo história se apresenta como um enorme tabuleiro, pelo qual seguimos por caminhos pré-definidos, encontrando novas batalhas em cada nod destacado no mapa. Há batalhas contra chefes, e até alguns personagens que só conseguimos liberar para jogar depois de derrotá-los dentro do modo World of Light.

Pancadaria frenética e acessível

A última vez que eu joguei Super Smash Bros foi no Wii, há cerca de 10 anos. E, embora a série obviamente tenha evoluído um bocado de lá para cá, ela continua deliciosamente divertida, frenética e acessível.

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Temos basicamente dois botões de ataque, e nosso objetivo geralmente é jogar os inimigos para fora da arena de combate. Saem barras de vida, entram porcentagens — quanto maior o número, maior a chance do personagem ser “kickado” da batalha.

Apesar da jogabilidade simples, há uma profundidade implícita na fórmula: combinar os botões de ataque com direcionais rende diferentes golpes, e muitos deles podem ser carregados, aumentando seu poder. Jogando de Ryu, por exemplo, basta apertar ⬆ + X para aplicar um Shoryuken ou ➡ + X para o ataque das coruja Tatsumaki Senpuu Kyaku. Longe da complexidade de meias luas e ziguezagues (mas se tentar, verá que estes comandos também funcionam).

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Ryu dando um Shoryuken na fuça do Mario: coisa normal por aqui

Há diversos modos de jogo, e o foco em todos eles é a pancadaria honesta, sem firulas. Eu não faço ideia de como um pro player joga Super Smash Bros Ultimate, mas o fato de qualquer um conseguir jogá-lo — e, principalmente, se divertir enquanto joga — é sem dúvida um dos maiores acertos do jogo. Esse é o tipo de jogo de luta que consegue ser legal sempre, e você terá doses cavalares de diversão tanto jogando sozinho quanto no multiplayer online ou local.

Um passeio pela história dos videogames

Super Smash Bros Ultimate é um jogo de 2018, e oferece um visual limpo, bonito e condizente com sua proposta. Pode ser meio bizarro vermos um personagem humano relativamente realista como Ryu ou Solid Snake saindo no soco com uma criaturinha tipo Pikachu ou Isabelle (a cachorrinha de Animal Crossing) mas acho que este tipo de bizarrice acaba sendo parte do charme da série.

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Mais legal do que isso é como o jogo serve como um imenso museu dos videogames. Temos personagens de praticamente todas as gerações de games representados aqui, partindo desde Pac-Man, Mega Man e o cachorro do Duck Hunt (cada um com quase 30 anos de história) até personagens de jogos super recentes (tipo Mythra de Xenoblade Chronicles 2 e os Inklings de Splatoon) e figuras que são simplesmente atemporais — caso de Ryu, Mario, Sonic, Samus, Cloud, etc.

É um elenco incrível, variado e cheio de possibilidades. Os cenários também batem forte na nostalgia, revisitando áreas emblemáticas de diferentes plataformas: as lutas vão rolar em Midgar, no castelo do Drácula de Castlevania, numa arena Pokémon, ou mesmo na telinha de um mini-game saído diretamente dos anos 80. E, quase todos os cenários passam por transformações das mais malucas, com elementos interativos, criaturas enormes surgindo do nada, e muito mais.

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A arena de mini-game é uma das mais nostálgicas

A Nintendo valoriza ao máximo o legado de todo o material que tem em mãos, trazendo músicas, efeitos sonoros e diversos outros detalhes que enriquecem a experiência. E o mais legal é que, em certos ambientes 2D, o jogo realmente se torna 2D — quandro abrimos o Photo Mode, percebemos que os personagens ali tornam-se “finos”, sem a profundidade do visual 3D. São detalhes, muitos detalhes, que pegam o jogador pela mão e o levam por um túnel do tempo alucinante que torna a experiência ainda mais legal para os gamers “das antigas”.

Conclusão

Super Smash Bros Ultimate é revolucionário, inovador? De forma nenhuma. Porém, ele entrega exatamente aquilo que os fãs esperam, uma pancadaria acessível, frenética e, principalmente, divertida. É a Nintendo fazendo o que ela faz de melhor: dar aos fãs o que eles querem.

Análise Arkade: Super Smash Bros Ultimate é o ápice da diversão e da pancadaria no Switch

Eu passei uma década longe de Smash Bros, mas quando coloquei as mãos no novo jogo, tudo fluiu muito naturalmente, e eu estou realmente viciado neste jogo. O online é meio problemático por conta do lag, mas há toneladas de outros conteúdos aqui, e é possível se divertir muito em todos eles, tanto sozinho quanto com os amigos.

Não tem nem o que comentar: Super Smash Bros Ultimate é diversão para todas as idades, e faz isso com capricho e uma colossal dose de nostalgia, pois está sempre passeando pela história dos videogame. É um jogo obrigatório para quem tem Nintendo Switch, e um daqueles poucos jogos que a gente fica o tempo todo com um sorriso no rosto. Simplesmente imperdível.

Super Smash Bros Ultimate foi lançado em 7 de dezembro, exclusivamente para o Nintendo Switch. O game está 100% em inglês.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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