Análise Arkade – Call of Duty Modern Warfare II, a campanha

28 de outubro de 2022
Análise Arkade - Call of Duty Modern Warfare II, a campanha

A série Modern Warfare, da Infinity Ward, foi a grande responsável por transformar Call of Duty em uma das marcas mais fortes e rentáveis do mundo dos games. Após o lançamento do primeiro jogo da trilogia, em 2007, a franquia deu um salto, em todos os aspectos, e deixou de ser uma série “importante” para se transformar em fenômeno cultural.

O tempo passou, a franquia continuou em seus altos e baixos, mas segue firme e forte, continuando a vender muito bem, jogo após jogo. Neste contexto, no qual o mundo dos games também evoluiu muito, Call of Duty: Modern Warfare II busca, assim como seu antecessor de 2019, resgatar um pouco daqueles dias de glória, relembrando eventos, trazendo personagens queridos pelo público, mas somando coisas novas em seu gameplay.

O game foi lançado hoje, porém tivemos acesso ao modo campanha, graças a uma cópia do jogo o qual foi gentilmente cedida pela Activision, à quem agradecemos o envio. Vamos, assim, conferir o que espera o jogador de Call of Duty com esta nova aventura.

É a Infiny Ward, mas não é a Infinity Ward

Análise Arkade - Call of Duty Modern Warfare II, a campanha

A Infinity Ward foi quem trouxe ao mundo Modern Warfare, mas desde 2009 o estúdio não é o mesmo. Seus fundadores, Grant Collier, Jason West e Vince Zampella saíram e fundaram a Respawn, além da Neversoft ter sido incorporada ao estúdio posteriormente.

O que quero dizer com isso é que a reimaginação de Modern Warfare, tanto o primeiro quanto o segundo game, não passa nem perto de toda a aura cinematográfica da série do passado. Isso não é uma crítica, mas sim um aviso para quem pensa em jogar este novo game baseado em nostalgia. Desta vez, no lugar de um game “em trilhos” cinematográfico, temos missões variadas, que mesmo seguindo um “trilho”, espalha suas missões, propondo tarefas mais amplas do que o famoso “chegue em um local, atire em todo mundo, e vá para outro local”.

Análise Arkade - Call of Duty Modern Warfare II, a campanha

As missões por aqui são mais variadas, e mais longas. O jogo convida o jogador a bancar o sniper, a usar de estratégia para tomar uma casa, a lidar com civis e coisas do tipo. Aquela adrenalina comum dos já clássicos Modern Warfare até aparecem por aqui, mas em doses distribuídas pela campanha. Na maior parte do tempo, você terá missões mais variadas, usando até um pouco da ideia de Warzone. Digamos que o game é um pouco mais “silencioso” do que o que o fã de CoD está acostumado, sem tantas explosões e trilha sonora dramática.

Como o jogo é uma reimaginação, não espere nem o mesmo enredo. Personagens queridos estão presentes, mas contextos, personagens e missões são diferentes, o que não faz do game um mero remake. Justamente por isso, o jogo não traz aquela proposta dramática de 2009, dando lugar a um jogo com foco em operações especiais, com aquelas famosas missões de pequenos grupos letais, que cumprem as missões mais perigosas pelo mundo, seja na Holanda, no México ou na Alemanha.

Análise Arkade - Call of Duty Modern Warfare II, a campanha

A variedade de cenários também ajuda a apresentar uma parte visual muito bonita, com detalhes e boas animações. A parte visual de Call of Duty geralmente dá conta do recado, e por aqui não é diferente. Gostei muito, inclusive, da animação de morte, na qual o personagem até “salta” caindo pra trás com o tiro fatal. Era o esperado e foi cumprido com competência.

Boa parte da campanha será jogada com óculos de visão noturna, passos silenciosos, camuflagem e reflexos rápidos ao achar inimigos em quartos, enquanto investiga uma casa. Mas é claro que também teremos tiroteios em campo aberto, e os famosos momentos dramáticos, que dão um toque extra ao game. Mas, ainda assim, a guerra de Modern Warfare II acontece tanto em cozinhas e banheiros quanto em campos abertos.

Análise Arkade - Call of Duty Modern Warfare II, a campanha

Este equilíbrio entre o “micro e o macro” no combate faz mais sentido com o momento atual dos games, e da série. Entendo que Modern Warfare, enquanto série clássica, deve ser jogada sempre (eu mesmo estava jogando Modern Warfare 3 semana passada), mas são jogos que devem ser encarados como clássicos, não fazendo muito sentido repetir todo aquele conteúdo em um possível remake. Seja com as mesmas missões e contexto, ou com as mudanças que a Infinity Ward propôs neste reboot, o ideal seria mesmo, no fim, ampliar mais este formato “trilho” tão comum para CoD.

Assim, além de manter o jogador mais preso à campanha, mesmo os que não ligam muito pra ela, ajuda também a apresentar mais de sua proposta, incluindo no Warzone, para “ensinar” o jogador mais de suas mecânicas, que envolvem não apenas “bancar o Rambo“, mas também explorar os cenários, buscar oportunidades e saber como combater da melhor forma possível.

https://youtu.be/OeVapCrI1pY

A campanha de CoD Modern Warfare II já estava disponível desde 20 de outubro, para quem comprou o jogo na pré-venda, com o lançamento oficial do game acontecendo hoje, no dia 28 de outubro. O calendário completo dos primeiros dias do game está disponível aqui. O jogo está disponível para consoles Xbox, consoles PlayStation e PC.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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