Campus Party 2018 – O legado de Phillip K. Dick e uma visão profunda sobre realidades alternativas

2 de fevereiro de 2018

Campus Party 2018 - O legado de Phillip K. Dick e uma visão profunda sobre realidades alternativas

O que teria acontecido caso os nazistas tivessem ganhado a Segunda Guerra Mundial? Esta pergunta, que tenta ser respondida por O Homem do Castelo Alto, da Amazon Prime Video, é só uma das muitas questões que temos sobre possíveis realidades alternativas, nas quais o curso da história poderia ter sido bem diferente a realidade a qual estamos.

Baseado no legado de Philip K. Dick, que conta com suas histórias sobre realidades alternativas fazendo parte da cultura pop, o que inclui filmes como Minority Report ou Bladerunner, além de séries como a excelente já mencionada O Homem do Castelo AltoSalvador Bayarri, PhD em Física e Mestrado em Filosofia., especialista em software de visualização 3D e empreendedor com uma longa experiência na criação de aplicações de Realidade Virtual, trouxe uma palestra na Campus Party expondo estas reflexões sobre o que é real e o que é humano, levando também em consideração o fato de que o mundo e seus fatos pode ser moldado em nossas mentes como uma alucinação compartilhada, o que abre possibilidades das mais variadas.

Campus Party 2018 - O legado de Phillip K. Dick e uma visão profunda sobre realidades alternativas

Além da realidade alternativa, O Homem do Castelo Alto também debate com o poder da criação de realidades para interesses específicos, através dos rolos de filme que aparecem no seriado.

Para Bayarri, as questões levantadas por Dick, ainda nos anos 50, hoje se fazem mais necessárias, pois com a tecnologia atual, estamos muito próximos da realidade virtual e da inteligência artificial, que, segundo ele, mudaram para sempre as nossas relações pessoais. A empatia foi levantada como uma necessidade atual para os seres humanos, pois é ela que nos diferencia de qualquer outra forma de inteligência e pode nos proporcionar uma melhor qualidade de vida.

Esta empatia pode ser disposta na tecnologia, pois uma inteligência artificial moldada na empatia, é essencial para que carros autônomos ou sistemas de saúde possam tratar as pessoas com mais cuidado, respeito e, de fato, oferecer a melhoria proposta, além do campo tecnológico. Porém, um perigo nos cerca, que são as bolhas sociais que podem moldar a nossa realidade, utilizando redes sociais ou alguma força específica para apresentar cenários e influenciar nossas mentes para vários interesses, tais quais acostumamos a assistir em várias produções no cinema e na TV, pelos últimos anos.

Junior Candido

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