Dez anos sem Roberto Gómez Bolaños, mas para sempre com a companhia do amigo Chaves
Dizem que uma boa amizade começa meio que do nada. Talvez num primeiro dia na escola, ao conhecer uma nova pessoa em um encontro de amigos ou ao iniciar um novo dia no trabalho. E foi assim, meio “sem querer querendo”, que os brasileiros ganharam um novo amigo em 1984. O seu nome? El Chavo. Era um garoto pobre, vindo do México, que foi rapidamente adotado em nosso país e até ganhou um nome mais “abrasileirado”: começava, assim, a nossa amizade com o Chaves.
Foram anos e anos acompanhando as aventuras, uma, duas, vinte, cem vezes, rindo sempre como se fosse a primeira vez. Além de Chaves e a sua turma da Vila, também ganhamos outros amigos: Chapolin, Chaveco (o Chompiras, no México), Dr. Chapatin e tantos outros. E, embora o seu criador já tenha nos deixado, há exatos dez anos atrás, os seus amigos… estes permanecem com a gente, todos os dias.
Eu não sei você, mas já aconteceu comigo de ter dias ruins ou difíceis, e ligar um episódio de Chaves para assistir e tudo ficar melhor. Como bons amigos, eles estão sempre ali, prontos para nos ajudar com uma risada, um conselho ou com a companhia de pessoas assim como nós. Não são pessoas perfeitas, vira e volta estão discutindo, mas que no fundo, compartilham de algo em comum: serem pessoas honradas.
Chespirito, em vida, sempre deixou claro que seus personagens nunca seriam perfeitos. Pelo contrário: seriam pobres, covardes, desastrados, desajeitados. Mas assim como Chaves vê um mundo melhor mesmo em suas faltas, e Chapolin vê coragem ao enfrentar seus medos, todos nós podemos, junto com nossos amigos mexicanos, saber que dá pra ser feliz, independente do que temos e de quem somos, e que, também, é possível encarar nossos medos e vence-los, mesmo se formos “tolos, inúteis, comuns e vulgares…”.
Chespirito nos deixou enquanto ser humano, ao falecer aos 85 anos. Mas nos deixou um legado impressionante. Mais do que Chaves e Chapolin, Chespirito fez cinema, fez teatro, escreveu livros, gravou músicas, e trouxe muitos personagens em mais de 25 anos de produção ininterrupta. Entre vilas humildes e heróis com anteninhas de vinil, também ns trouxe uma visão sua de Pinóquio, nos teatros mexicanos, viveu um sonhador em um clube de futebol, no famoso filme El Chanfle (o tal “filme do Pelé), foi o atrapalhado ator de cinema Charrito e viveu muita, mas muita coisa que vale muito a pena, você que o admira, conhecer.
Repito o que disse dez anos atrás: O que nos resta é continuar a sorrir. A melhor maneira de prestar alguma homenagem a Roberto Bolaños é fazer o que ele sempre buscou da nossa parte: se for pra chorar, que seja de rir. E, mais do que nunca, nós continuamos nossa promessa de nos despedirmos, mas sem dizer adeus jamais. Seguiremos aqui, junto com os muitississimos amigos que você nos deixou. Obrigado, Chespirito.
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